Tesla (TSLA34) e Vale (VALE3) fecham acordo secreto, diz agência; saiba o que Elon Musk quer com a empresa brasileira
Fabricante de veículos elétricos escapou dos efeitos da pandemia de covid-19, mas vai precisar de uma forcinha da mineradora para atravessar o mar das pressões inflacionárias
Guardar um segredo não é para qualquer um e, ao que tudo indica, Tesla (TSLA34) e Vale (VALE3) não conseguiram manter um acordo recente às escondidas. Segundo a agência de notícias Bloomberg, as duas empresas fecharam um contrato para fornecimento de níquel, em um acerto que deve durar alguns anos.
Nem a Vale e nem a Tesla se manifestaram diretamente sobre a notícia até o momento, mas a empresa de Elon Musk estaria interessada em um item específico da mineradora brasileira: o níquel que vem do Canadá.
Procurada, a Vale disse que já declarou anteriormente que vende 5% de sua produção no mercado de veículos elétricos e planeja aumentar esse percentual para a faixa entre 30% e 40%.
"Como líder mundial na produção e fornecimento de níquel classe 1, estamos em conversas com partes interessadas em todos os pontos da cadeia de fornecimento de veículos elétricos, incluindo grandes fabricantes de automóveis, produtores de cátodos e de baterias para explorar possibilidade de parcerias", diz a Vale em nota.
Por que a Tesla (TSLA34) quer o níquel da Vale (VALE3)
O níquel explorado por mineradoras como a Vale é essencial para a fabricação de baterias para veículos elétricos — o principal ramo de atuação da Tesla (TSLA34).
A empresa de Elon Musk tem uma meta ambiciosa de aumentar sua produção em 50% este ano e, para isso, vai precisar cada vez mais de níquel.
Confira a produção da Tesla no quarto trimestre de 2021:
Modelo | Produção | Entrega |
S/X | 13.109 | 11.750 |
3/Y | 292.731 | 269.850 |
Total | 305.840 | 308.600 |
Confira a produção da Tesla em 2021:
Modelo | Produção | Entrega |
S/X | 24.390 | 24.964 |
3/Y | 906.032 | 911.208 |
Total | 930.422 | 936.172 |
Para atingir essa meta, é provável que a Tesla terá que pagar mais pelo níquel. O preço da commodity — que já vinha em alta — disparou com a guerra entre Rússia e Ucrânia.
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No início do mês, a matéria-prima de moedas e bijuterias teve uma disparada no preço de 73%, renovando as máximas históricas, aos US$ 86.692 por tonelada — beneficiando empresas como a Vale.
O gráfico abaixo do Investig.com mostra os preços do níquel no mês:
Não foi só o valor do níquel que disparou com a guerra entre russos e ucranianos. Os preços de outros metais usados em carros, incluindo alumínio, paládio e lítio, também registraram forte aumento recentemente.
Disparada de preços afeta a Tesla (TSLA34)
A Tesla (TSLA34) esteve entre as fabricantes de veículos que menos sentiram os efeitos dos problemas na cadeia de suprimentos.
A pandemia de covid-19 levou ao fechamento de economias em todo o mundo em 2020, afetando a produção de vários componentes vitais para a indústria automotiva, incluindo chips e metais para baterias.
Embora tenha escapado dos efeitos do novo coronavírus, a empresa de Elon Musk vem sentindo com mais força as pressões inflacionárias derivadas das commodities e também da logística.
As ações das duas companhias operam em alta hoje. Por volta de 12h20, os papéis da Vale subiam 1,49%, cotados a R$ 95,91 na B3, enquanto os Tesla avançavam 0,20% em Nova York, cotados a US$ 1.102,33.
*Com informações da Reuters
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