Por que os combustíveis precisam seguir os preços de mercado? Com a palavra, o presidente da Petrobras
De acordo com Silva e Luna, os recursos que a Petrobras paga em tributos e dividendos são capazes de gerar empregos, e essa é a melhor forma de dar retorno à sociedade

O presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, afirmou nesta quarta-feira, em evento do Credit Suisse, que a estatal precisa praticar preços de mercado e se comportar como uma empresa privada.
Isso porque não consegue atender todo o mercado de combustíveis brasileiro com suas refinarias, que operam com ociosidade de cerca de 20%.
Segundo ele, apesar de evitar passar imediatamente a volatilidade dos preços dos derivados de petróleo no mercado internacional, é necessário fazer reajustes quando observada uma mudança estrutural nos preços, não apenas para evitar prejuízos, mas para dar oportunidade a outros agentes do setor.
"Não conseguimos atender ao mercado todo, temos que ter paridade com a importação. O abastecimento do mercado tem que ser uma oportunidade para todos", disse Luna em evento do Credit Suisse.
Segundo a Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), a defasagem da gasolina e do diesel já atinge 10% em alguns portos brasileiros.
O preço dos combustíveis, com inúmeras críticas à Petrobras, têm sido uma bandeira do presidente da República, Jair Bolsonaro, que pretende zerar os impostos federais do diesel para amenizar o valor nos postos para os caminhoneiros, seus apoiadores na última eleição presidencial.
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"A Petrobras tem responsabilidade social, mas não pode fazer política pública", afirmou Luna ao ser perguntado sobre os elevados preços dos combustíveis.
O diretor Financeiro e de Relações com o Mercado da Petrobras, Rodrigo Alves, afirmou que nos últimos cinco anos a estatal pagou mais de R$ 1 trilhão em tributos e que esta seria a melhor forma de retorno para a sociedade.
Segundo ele, todo o retorno da empresa vai para tributos, dividendos e investimentos. "Não temos interesse em reter recursos", disse Alves, também durante evento do Credit Suisse.
De acordo com Silva e Luna, os recursos que a Petrobras paga em tributos e dividendos são capazes de gerar empregos, e essa é a melhor forma de dar retorno à sociedade.
Ele ainda afirmou que, apesar de estatal, a companhia não pode simplesmente reduzir o preço dos combustíveis e ter prejuízo, como já ocorreu no passado.
Silva e Luna destacou que em 2021 a Petrobras pagou R$ 220 bilhões em tributos e R$ 27 bilhões em dividendos só para a União. "Uma Petrobras saudável e forte para a sociedade gera um valor muito grande", ressaltou.
Refinarias
Já vencido o prazo para a venda das oito refinarias da Petrobras (dezembro de 2021), a estatal tem mantido negociações com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para prosseguir com os planos de venda, informaram os principais executivos da companhia no evento do Credit Suisse.
A única unidade vendida foi a refinaria da Bahia, ex-Rlam e hoje Refinaria de Mataripe, controlada pela Acelen, empresa do fundo de investimento Mubadala.
Segundo Silva e Luna, algumas refinarias deixaram de ser vendidas porque não receberam propostas adequadas, inferiores ao valor de referência, sendo que a de Pernambuco (Rnest) nem proposta recebeu.
De acordo com Rodrigo Alves, a empresa "está caminhando para o closing da Reman e da Six também", referindo-se às refinarias Isaac Sabbá (Reman), no Amazonas, e SIX no Paraná.
"O nosso interesse é relançar o processo (de venda) das que não foram bem sucedidas, temos duas negociações em andamento que são a Lubnor (CE) e a Regap (MG), e relançar Repar (PR) e Refap (RS), e na Rnest teve feedback importante que era o risco de conclusão da obra", disse Alves, ressaltando que a Petrobras vai iniciar as obras da Rnest enquanto negocia a venda.
Fontes alternativas
O petróleo é uma fonte energética que ainda vai durar bastante tempo no mundo, mas a Petrobras está se preparando para a transição energética e estuda nove fontes alternativas, entre elas a energia nuclear, mas de olho também em solar, nuclear e hidrogênio, disse o presidente da Petrobras no evento do Credit Suisse.
A empresa criou um comitê de pesquisa para descobrir quais seriam as melhores sinergias para a Petrobras no futuro.
Segundo Silva e Luna, na área de energia nuclear, poderiam ser analisadas a construção de pequenos reatores (Small Modular Reactor), uma nova tecnologia que vem despertando o interesse do mundo inteiro, pela redução de custos e possibilidade de instalação perto do centro de consumo.
Mas, segundo ele, no momento o foco é reduzir os custos e as emissões do petróleo, o que vai garantir o prolongamento do consumo do combustível fóssil.
"Precisamos ter capacidade de produzir petróleo com o menor índice de carbono possível a um preço bastante resiliente, de modo que ele possa, com a redução dos incentivos, ser competitivo nessa área", explicou o executivo.
Segundo Rodrigo Alves, a empresa tem uma estratégia robusta e um portfólio competitivo para enfrentar a transição energética.
"O fato de a gente ter conseguido adequar a nossa estrutura de capital nos dá conforto de trabalhar na transição energética com decisões mais conscientes, mais racionais e obviamente que gerem valor, que gerem retorno", afirmou Alves, considerando que a Petrobras está muito bem posicionada no cenário da transição.
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