Depois do Nubank, Picpay também quer liberar a negociação de criptomoedas em sua plataforma
O PicPay ainda pretende lançar sua própria stablecoin em real para facilitar os pagamentos em criptomoedas
Na onda das plataformas que entraram de cabeça no universo das criptomoedas, como o Mercado Pago e o próprio banco digital Nubank (NUBR33), o Picpay não quer ficar para trás e acaba de sinalizar que pretende aderir os pagamentos em moedas digitais em um futuro próximo.
A fintech fez uma publicação em seu blog onde Anderson Chamon, cofundador do PicPay e vice-presidente de Tecnologia e Produtos do aplicativo, responde perguntas sobre o universo de criptoativos, o que gerou especulações na rede sobre uma possível entrada do app nesse universo.
PicPay e criptomoedas: o que podemos esperar
Não ficou claro na publicação a partir de quando a plataforma permitirá a negociação de criptomoedas. O que se sabe é que os investidores poderão comprar, vender e custodiar suas moedas na plataforma, da mesma maneira que acontece com outros aplicativos.
Se o PicPay seguir a cartilha de outras instituições de pagamento, os usuários não poderão negociar criptomoedas entre si num primeiro momento.
A corretora (exchange) que fará a ponte entre o cliente e o universo cripto por meio da plataforma do PicPay ainda não foi anunciada — mas especula-se que seja a Paxos, que auxilia outras empresas nesse setor como o próprio Mercado Pago, Paypal e até mesmo a Meta (antigo Facebook).
A vantagem, no entanto, é o fato de que o PicPay permitirá o pagamento de contas assim que a opção estiver disponível em seu aplicativo, de acordo com a publicação.
Uma stablecoin para chamar de sua
Outra novidade que deve ser anunciada pelo PicPay é a criação de uma stablecoin em real, chamada de Brazilian Real Coin (BRC). Essa criptomoeda terá paridade de um para um com a moeda brasileira, ou seja, cada token custará R$ 1.
A vantagem das stablecoins — as criptomoedas com lastro, geralmente em moedas fiduciárias (fiat) — é que elas ajudam a reduzir os custos de transação no universo das criptomoedas.
Entre as dez maiores criptomoedas do mundo hoje, três delas são stablecoins. A maior stable do mundo em valor de mercado é o Tether (USDT), seguida pelo USD Coin (USDC) e, por fim, a Binance USD (BUSD).
Picpay e um real digital?
O lançamento da BRC ameaça o real digital? A resposta é não. O projeto de uma criptomoeda emitida pelo Banco Central é diferente da emissão de uma stablecoin por uma empresa.
Confira aqui os detalhes sobre o real digital e a diferença dele para as criptomoedas.
Veja também: REAL DIGITAL SERÁ O NOVO PIX
O que sabemos até agora…
O anúncio dá muita margem para especulações grandiosas, mas traz poucas atualizações concretas de fato para o investidor que pretende ingressar no universo das criptomoedas.
As instituições de pagamento e fintechs correm contra o tempo para atualizar suas plataformas e conseguir dar suporte para criptomoedas enquanto a regulação desse mercado avança no Brasil.
Então, essas empresas acabam fazendo os anúncios mais como “testes na prática” do interesse dos investidores e capacidade de processamento de dados em suas plataformas.
No fim das contas, os usuários acabam recebendo uma alternativa limitada para ingressar no mercado de criptomoedas.
Uma stablecoin agora?
Além disso, as stablecoins entraram no foco dos investidores nos últimos meses e não por motivos agradáveis. Elas são consideradas a espinha dorsal do mercado cripto e, após o colapso do protocolo Terra, perderam seu caráter mais importante — a estabilidade.
O lançamento de uma stablecoin em real — uma moeda desvalorizada frente a outras no cenário internacional — pode ser benéfica para o mercado doméstico, mas sem maiores informações sobre seu uso dentro da plataforma do PicPay, é difícil até mesmo especular sobre suas vantagens.
De qualquer modo, a entrada de cada vez mais empresas no universo cripto é sempre positiva e fortalece o desenvolvimento local desse mercado.
A poucas horas do The Merge, bitcoin reage e passa a subir; confira cotações do BTC e do ethereum
Mais cedo, a maior criptomoeda do mundo não refletia o ânimo dos investidores com o The Merge, chegando a recuar mais de 9%
The Merge do Ethereum (ETH): confira lista de plataformas e exchanges que terão as atividades suspensas durante atualização
Por motivo de segurança, alguns aplicativos devem suspender as atividades durante a principal atualização do sistema
Sistema internacional de pagamentos Swift inicia projeto com tecnologia blockchain — mas isso é seguro?
O corte parcial do Swift foi um dos mecanismos utilizados pelos Estados Unidos para impor sanções à Rússia pela invasão da Ucrânia
‘Revolta’ de mineradores um dia antes do The Merge do ethereum (ETH), bitcoin (BTC) em queda de 9%: confira tudo que movimenta o dia das criptomoedas
Do outro lado do mercado, o token que registra a maior alta do dia é o Celsius (CEL), da plataforma que segue fora do ar e “travou” o dinheiro dos investidores há meses
Terça-feira 13: bitcoin é mais uma vítima da inflação dos EUA; confira como o BTC reagiu ao dado
A perspectiva de aperto monetário mais agressivo nos EUA derrubou o bitcoin e outros ativos considerados mais arriscados com as ações em Wall Street
Navegador Opera dá mais um passo em direção à Web 3.0 e integra wallet de criptomoedas Metamask ao seu sistema; entenda o que significa
Em janeiro deste ano, o Opera já havia anunciado que passaria a integrar as carteiras de criptomoedas ao seu navegador
Bitcoin (BTC) não sustenta sétimo dia seguido de alta e passa a cair com inflação dos EUA; Ravecoin (RNV) dispara 63% com proximidade do The Merge
O ethereum (ETH) passa por um período de consolidação de preços, mas o otimismo é limitado pelo cenário macroeconômico
Terra (LUNA), o retorno: por que você não deve investir na criptomoeda que disparou 120% em uma semana
Nos últimos sete dias, a “família Terra” registrou ganhos substanciais e gerou um grande fluxo de pesquisa sobre essa que foi uma das maiores criptomoedas do mundo
Você trocaria ações da sua empresa por bitcoin? Michael Saylor, ex-CEO da Microstrategy, pretende fazer isso com o valor de meio bilhão de dólares
Desde o começo do ano, o bitcoin registra queda de mais de 50% e as ações da Microstrategy também recuam 52%
Bitcoin (BTC) atinge os US$ 22 mil pela primeira vez em quase um mês; criptomoedas disparam até 20% no acumulado da semana
A mesma semana em que acontece o The Merge também é marcada por um elevado apetite de risco
Leia Também
-
Os ‘cigarrinhos’ de chocolate vão voltar: Pan é vendida em leilão por R$ 3,1 milhões
-
Como guardar meu bitcoin (BTC)? Saiba o que são e como usar as wallets, as carteiras digitais para manter criptomoedas “debaixo do colchão”
-
Nubank deixa PicPay e Inter comendo poeira e se torna o banco digital “queridinho” da América Latina — mas saturação está próxima, segundo o BofA
Mais lidas
-
1
O carro elétrico não é essa coisa toda — e os investidores já começam a desconfiar de uma bolha financeira e ambiental
-
2
Acordo bilionário da Vale (VALE3): por que a mineradora pagou US$ 2,7 bilhões por 45% da Cemig GT que ainda não tinha
-
3
Ações da Casas Bahia (BHIA3) disparam 10% e registram maior alta do Ibovespa; 'bancão' americano aumentou participação na varejista