J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, perde na Justiça o controle da Eldorado Brasil Celulose para a Paper Excellence
Holding da família Batista se disse surpresa com a publicação da sentença, porque a ação se encontrava suspensa pelo Tribunal de Justiça

Em mais um episódio da briga judicial entre o grupo J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, e a produtora de papel e celulose Paper Excellence, a juíza Renata Maciel, da 2ª Vara Empresarial e Conflitos de Arbitragem, manteve a decisão arbitral que obriga a J&F a transferir para a Paper Excellence o controle total do capital da Eldorado Brasil Celulose, com sede em Três Lagoas (MS).
Havia antes uma decisão, ganha pela J&F, que suspendia a decisão arbitral e dava o controle para a Paper Excellence. A Paper havia feito uma oferta de R$ 15 bilhões para comprar a totalidade das ações da Eldorado, mas ficou com apenas 49,4% do capital.
A Eldorado foi vendida em setembro de 2017 para o empresário Jackson Widjaya, da mesma família que controla a gigante asiática Asia Pulp and Paper (APP), dona da Paper. Desentendimentos entre comprador e vendedor levaram a negociação para a arbitragem judicial.
A Paper fez pagamentos de R$ 3,8 bilhões, equivalentes a 49,4% da Eldorado. O negócio não foi concluído porque os irmãos Batista alegaram que os asiáticos não liberaram as garantias prestadas pela holding em dívidas da Eldorado para pagar os credores.
O que dizem as empresas
A Paper, em nota, diz que após a decisão da juíza Renata Maciel, poderá dar continuidade à transferência do restante das ações da Eldorado e espera iniciar outro processo de arbitragem contra a J&F para avaliar perdas e danos a serem pagos em favor da Paper.
"Nosso foco agora será integrar e operar a nova unidade brasileira da Paper Excellence. Posteriormente, avaliaremos o momento adequado para a expansão da planta", disse Cláudio Cotrim, diretor presidente da Paper Excellence no Brasil, em nota.
Leia Também
Após fala de CEO, Magazine Luiza (MGLU3) faz esclarecimento sobre as projeções de faturamento para 2025
J&F se diz surpresa com a decisão
A J&F se disse surpresa com a publicação da sentença porque a ação encontra-se suspensa por decisão do Tribunal de Justiça. "Se não fosse nula, a sentença seria revertida em instância superior, uma vez que ignora provas produzidas nos próprios autos". O grupo não informou quais medidas tomará após o revés.
A decisão anterior ganha pela J&F considerava a quebra do dever de revelação do árbitro Anderson Scheiber. A J&F diz que houve espionagem das comunicações entre a J&F e seus advogados, confessada diante do juízo e das autoridades policiais e corroborada por provas.
"Além do malabarismo para desviar das provas, a sentença premia os advogados da parte adversária com R$ 600 milhões em honorários de sucumbência, valor superior até ao que eles mesmos requereram", informou a J&F.
Após a publicação do posicionamento da J&F, a Paper Excellence divulgou comunicado dizendo que as sentenças não estavam suspensas.
"A Paper Excellence tomou conhecimento de nota pública divulgada pela J&F em que a empresa volta a alegar nulidade, agora de decisão judicial. Lamentamos que a J&F, depois de violar maliciosamente o contrato de venda da Eldorado e de não cumprir a sentença arbitral, ataque a sentença proferida pela Justiça Brasileira. Fica evidente que a J&F muda seus alvos conforme suas derrotas. A afirmação de J&F sobre a nulidade da sentença é mais uma demonstração da absoluta falta de respeito da J&F, desta vez com as decisões da Justiça. As ações judiciais em trâmite na 2ª Vara Empresarial de São Paulo cujas sentenças foram proferidas ontem não estão nem nunca estiveram suspensas e este fato foi analisado pela juíza Renata Maciel em sua sentença", diz a nota da companhia.
Dados de clientes da Centauro são expostos, em mais um caso de falha em sistemas de cibersegurança
Nos últimos 10 meses, foram reportados ao menos 5 grandes vazamentos de dados de clientes de empresas de varejo e de instituições financeiras
Ataque hacker: Prisão de suspeito confirma o que se imaginava; entenda como foi orquestrado o maior roubo da história do Brasil
Apesar de em muito se assemelhar a uma história de filme, o ataque — potencialmente o maior roubo já visto no país — não teve nada de tão sofisticado ou excepcional
CVM facilita registro e ofertas públicas para PMEs; conheça o novo regime para empresas de menor porte
A iniciativa reduz entraves regulatórios e cria regras proporcionais para registro e ofertas públicas, especialmente para companhias com receita bruta anual de até R$ 500 milhões
Cinco ações empatam entre as mais recomendadas para o mês de julho; confira quais são
Os cinco papéis receberam duas recomendações cada entre as 12 corretoras consultadas pelo Seu Dinheiro
Abrasca defende revisão das regras do Novo Mercado e rebate críticas sobre retrocesso na governança
Executivos da associação explicam rejeição às propostas da B3 e apontam custos, conjuntura econômica e modelo de decisão como fatores centrais
Ação da Klabin (KLBN11) salta até 4% na bolsa; entenda o que está por trás dessa valorização e o que fazer com o papel
Pela manhã, a empresa chegou a liderar a ponta positiva do principal índice da bolsa brasileira
Megaprojeto da Petrobras (PETR4) prevê aporte de R$ 26 bilhões em refino com participação da Braskem (BRKM5). Mas esse é um bom investimento para a estatal?
Considerando todos os recursos, o investimento no Rio de Janeiro ultrapassa os R$ 33 bilhões; à Braskem caberá R$ 4,3 bilhões para a ampliação da produção de polietileno
Câmara chama Gabriel Galípolo para explicar possível aval do Banco Central à compra do Master pelo BRB
Operação já foi aprovada pela Superintendência-Geral do Cade e agora aguarda autorização da autoridade monetária
Oi (OIBR3) entra com pedido de recuperação judicial para duas subsidiárias
Segundo o fato relevante divulgado ao mercado, o movimento faz parte do processo de reestruturação global do grupo
Roubo do século: Banco Central autoriza C&M a religar os serviços após ataque hacker; investigações continuam
De acordo com o BC, a suspensão cautelar da C&M foi substituída por uma suspensão parcial e as operações do Pix da fintech voltam ao ar nesta quinta-feira
Embraer (EMBR3) ganha ritmo: entregas e ações da fabricante avançam no 2T25; Citi vê resultados promissores
A estimativa para 2025 é de que a fabricante brasileira de aeronaves entregue de 222 a 240 unidades, sem contar eventuais entregas dos modelos militares
Banco do Brasil (BBAS3) decepciona de novo: os bancos que devem se sair melhor no segundo trimestre, segundo o BofA
A análise foi feita com base em dados recentes do Banco Central, que revelam desafios para alguns gigantes financeiros, enquanto outros reforçam a posição de liderança
WEG (WEGE3) deve enfrentar um segundo trimestre complicado? Descubra os sinais que preocupam o Itaú BBA
O banco alerta que não há gatilhos claros de curto prazo para retomada da queridinha dos investidores — com risco de revisões negativas nos lucros
Oi (OIBR3) propõe alteração de plano de recuperação judicial em busca de fôlego financeiro para evitar colapso; ação cai 10%
Impacto bilionário no caixa, passivo trabalhista explodindo e a ameaça de insolvência à espreita; entenda o que está em jogo
Exclusivo: Fintech afetada pelo ‘roubo do século’ já recuperou R$ 150 milhões, mas a maior parte do dinheiro roubado ainda está no “limbo”
Fontes que acompanham de perto o caso informaram ao Seu Dinheiro que a BMP perdeu em torno de R$ 400 milhões com o ataque cibernético; dinheiro de clientes não foi afetado
Gol (GOLL54) encerra capítulo da recuperação judicial, mas processo deixa marca — um prejuízo de R$ 1,42 bilhão em maio; confira os detalhes
Apesar do encerramento do Chapter 11, a companhia aérea segue obrigada a enviar atualizações mensais ao tribunal norte-americano até concluir todas as etapas legais previstas no plano de recuperação
Vale (VALE3) mais pressionada: mineradora reduz projeção de produção de pelotas em 2025, mas ações disparam 2%; o que o mercado está vendo?
A mineradora também anunciou que vai paralisar a operação da usina de pelotas de São Luís durante todo o terceiro trimestre
Natura começa a operar com novo ticker hoje; veja o que esperar da companhia após mudança no visual
O movimento faz parte de um plano estratégico da Natura, que envolve simplificação da estrutura societária e redução de custos
Casas Bahia (BHIA3): uma luz no fim do túnel. Conversão da dívida ajuda a empresa, mas e os acionistas?
A Casas Bahia provavelmente vai ter um novo controlador depois de a Mapa Capital aceitar comprar a totalidade das debêntures conversíveis em ações. O que isso significa para a empresa e para o acionista?
Empresas do Novo Mercado rejeitam atualização de regras propostas pela B3
Maioria expressiva das companhias listadas barra propostas de mudanças e reacende debate sobre compromisso com boas práticas corporativas no mercado de capitais; entenda o que você, investidor, tem a ver com isso.