Itaúsa (ITSA4) quer voltar a pagar dividendos históricos no médio prazo e usar dinheiro da venda da XP para quitar dívidas e investimentos
Prática de pagamento de dividendos, no momento, está atrelada aos valores repassados pelo Itaú Unibanco, mas empresa deve voltar a pagar proventos em patamares recordes nos próximos anos
Apesar das diversas incertezas políticas e econômicas de ordem doméstica e global, a Itaúsa (ITSA4), holding e controladora do Itaú Unibanco, está confiante de que pode voltar a pagar os seus níveis históricos de dividendos nos próximos anos.
Em evento para analistas e investidores nesta quinta-feira (01), o presidente e diretor de Relações com Investidores da Itaúsa, Alfredo Setubal, afirmou que a prática de pagamento de dividendos, no momento, está atrelada aos valores repassados pelo Itaú Unibanco.
O executivo lembrou que, ao contrário do que aconteceu entre 2017 e 2019, quando o banco distribuiu cerca de 90% do seu resultado, os últimos anos foram mais magros, acompanhando o crescimento do crédito.
Com o Itaú pagando os dividendos mínimos de 25%, os repasses para os acionistas da holding foram reduzidos, mas há expectativa de que, com a maturação das outras empresas investidas — como Alpargatas (ALPA4) e CCR (CCRO3) —, a empresa pode retomar uma redistribuição de 37% a 40% do seu resultado, no patamar histórico.
A grana da XP Investimentos
O processo de venda da fatia da companhia na XP Investimentos pode ser combustível para chegar mais rápido a esse objetivo.
Ao longo de 2022, a Itaúsa já vendeu 41 milhões de ações em quatro operações distintas, levantando mais de R$ 2,5 bilhões. Em março a companhia vendeu 12 milhões de ações da XP por aproximadamente R$ 1,8 bilhão. Em julho, foram vendidas 7 milhões de ações da XP, por cerca de R$ 665 milhões. Em outubro foram vendidas cerca de 6,5 milhões de ações por R$ 600 milhões.
Leia Também
Santander (SANB11), Raia Drogasil (RADL3), Iguatemi (IGTI11) e outras gigantes distribuem mais de R$ 2,3 bilhões em JCP e dividendos
Eztec (EZTC3) renova gestão e anuncia projeto milionário em São Paulo
No evento, Setubal lembrou que as ações foram herdadas da distribuição feita aos acionistas pelo Itaú e que não se trata de um investimento estratégico, já que a holding evita ampliar sua participação no mercado financeiro, uma vez que é a controladora do Itaú Unibanco e pode acabar se enquadrando como conflito de interesses.
O objetivo é que nos próximos anos a holding zere a sua participação na corretora, ainda que o CEO da Itaúsa enxergue a XP como uma boa empresa, e use os recursos com o mesmo direcionamento assumido até agora — pagamento de dívidas, recompra de ações, capitalização de empresas investidas, pagamento de dividendos e melhora do resultado líquido.
A última operação de venda havia sido feita em novembro, com a alienação de 5,5 milhões de papéis para a própria XP por meio de uma operação de block trade. Atualmente, a Itaúsa segue tendo direito a indicar membros ao Conselho de Administração e Comitê de Auditoria da XP — e ainda detém 6,39% do capital total e 2,27% do capital votante.
A reorganização societária da Suzano (SUZB3) que vai redesenhar o capital e estabelecer novas regras de governança
Companhia aposta em alinhamento de grupos familiares e voto em bloco para consolidar estratégia de longo prazo
Gafisa, Banco Master e mais: entenda a denúncia que levou Nelson Tanure à mira dos reguladores
Uma sequência de investigações e denúncias colocou o empresário sob escrutínio da Justiça. Entenda o que está em jogo
Bilionária brasileira que fez fortuna sem ser herdeira quer trazer empresa polêmica para o Brasil
Semanas após levantar US$ 1 bilhão em uma rodada de investimentos, a fundadora da Kalshi revelou planos para desembarcar no Brasil
Raízen (RAIZ4) precisa de quase uma “Cosan” para voltar a um nível de endividamento “aceitável”, dizem analistas
JP Morgan rebaixou a recomendação das ações de Raízen e manteve a Cosan em Neutra, enquanto aguarda próximos passos das empresas
Direito ao voto: Copel (CPLE3) migra para Novo Mercado da B3 e passa a ter apenas ações ordinárias
De acordo com a companhia, a reestruturação resulta em uma base societária mais simples, transparente e alinhada às melhores práticas do mercado
Então é Natal? Reveja comerciais natalinos que marcaram época na televisão brasileira
Publicidades natalinas se tornaram quase obrigatórias na cultura televisiva brasileira durante décadas, e permanecem na memória de muitos; relembre (ou conheça) algumas das mais marcantes
Com duas renúncias e pressão do BNDESPar, Tupy (TUPY3) pode eleger um novo conselho do zero; entenda
A saída de integrantes de conselhos da Tupy levou o BNDESPar a pedir a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária para indicar novos nomes. Como o atual conselho foi eleito por voto múltiplo, a eventual AGE pode resultar na eleição de todo o colegiado
Natal combina com chocolate? Veja quanto custa ter uma franquia da incensada Cacau Show e o que é preciso para ser um franqueado
A tradicional rede de lojas de chocolates opera atualmente com quatro modelos principais de franquia
Energisa (ENGI3) avança em reorganização societária com incorporações e aumento de capital na Rede Energia
A Energisa anunciou a aprovação de etapas adicionais da reorganização societária do grupo, com foco na simplificação da estrutura e no aumento da eficiência operacional
Sinal verde no conselho: Ambipar (AMBP3) aprova plano de recuperação judicial
Conselho de administração aprovou os termos do plano de recuperação do Grupo Ambipar, que já foi protocolado na Justiça, mas ainda pode sofrer ajustes antes da assembleia de credores
AZUL4 com os dias contados: Azul convoca assembleias para extinguir essas ações; entenda
Medida integra o plano de recuperação judicial nos EUA, prevê a conversão de ações preferenciais em ordinárias e não garante direito de retirada
Totvs (TOTS3) acerta aquisição da empresa de software TBDC, em estratégia para fortalecer presença no agro
Negócio de R$ 80 milhões fortalece atuação da companhia no agronegócio e amplia oferta de soluções especializadas para o setor
Entre dividendos e JCP: Suzano (SUZB3), Isa (ISAE4), Porto Seguro (PSSA3) e Marcopolo (POMO4) anunciam pacote bilionário aos acionistas
Dividendos, JCP e bonificações movimentam quase R$ 4 bilhões em operações aprovadas na última sexta-feira antes do Natal
‘Socorro’ de R$ 10 bilhões à Raízen (RAIZ4) está na mesa da Cosan (CSAN3) e da Shell, segundo agência
Estresse no mercado de crédito pressiona a Raízen, que avalia aporte bilionário, desinvestimentos e uma reestruturação financeira com apoio dos controladores
WEG (WEGE3) abre o cofre e paga R$ 5,2 bilhões em dividendos
Os proventos autorizados nesta sexta-feira (19) serão divididos em três parcelas anuais de R$ 1,732 bilhão cada; confira os detalhes
Embraer (EMBJ3) testa protótipo de “carro voador” elétrico e inicia fase de certificação; ações chegam a subir 3%
Aeronave eVTOL da Eve Air Mobility inicia campanha de certificação com quase 3 mil encomendas; ações da Embraer avançam após voo inaugural
Raízen (RAIZ4) acelera desinvestimentos e vende carteira de comercialização de energia para Tria Energia, da Patria Investimentos
O negócio envolve o portfólio de contratos de trading de energia mantido pela Raízen no mercado livre; entenda
Mais um presente aos acionistas: Axia Energia (AXIA6) vai distribuir R$ 30 bilhões em bonificação com nova classe de ações
A distribuição ocorrerá com a criação de uma nova classe de ações preferenciais, a classe C (PNC). Os papéis serão entregues a todos os acionistas da Axia, na proporção de sua participação no capital social
Do campo de batalha ao chão da sala: a empresa de robôs militares que virou aspirador de pó — e acabou pedindo falência
Criadora dos robôs Roomba entra em recuperação judicial e será comprada por sua principal fabricante após anos de prejuízos
É para esvaziar o carrinho: o que levou o JP Morgan rebaixar o Grupo Mateus (GMAT3); ações caem mais de 2%
Embora haja potencial para melhorias operacionais, o banco alerta que o ruído de governança deve manter a ação da varejista fora do radar de muitos investidores
