“Fusão” nos ares: Gol (GOLL4) se juntará à Avianca para formar a holding Abra — e bater de frente com a LATAM
Juntas, as duas companhias têm cerca de 250 aeronaves em sua frota; a transação deve ser concluída na segunda metade de 2022

A América Latina já tem um gigante no setor aéreo: a chilena LATAM, que apesar de todas as dificuldades financeiras, permanece como uma companhia de escala global. Pois um novo competidor regional de grande porte está a caminho — há pouco, a Gol (GOLL4) anunciou um acordo com a colombiana Avianca para criar uma holding que concentra as duas empresas.
Não há muitos detalhes sobre a operação; por ora, sabe-se apenas que o novo grupo foi batizado de Abra, uma sociedade de capital fechado. A holding vai concentrar as ações da Gol e da Avianca — as partes envolvidas dividirão o controle da empresa, mas a participação de cada uma no empreendimento não foi revelada.
Em termos de cronograma, a estimativa é a de que a transação seja fechada no segundo semestre de 2022; em comunicado enviado à CVM, a Gol ressalta que as suas operações e as da Avianca continuarão existindo de forma independente.
Mas, mesmo com a ausência de informações mais concretas, a notícia foi bem recebida pelo mercado. Na B3, as ações GOLL4 operam em alta de 2,8% nesta manhã de quarta-feira (11), a R$ 13,54, despontando entre os maiores avanços do Ibovespa — o índice sobe cerca de 1%.
"Juntas, Avianca e Gol vão ancorar uma rede lationamericana de companhias aéreas que terão o menor custo unitário em seus respectivos mercados e os programas de fidelidade líderes na região, além de outros ganhos de sinergia entre os negócios", dizem as empresas, em comunicado conjunto.
A holding Abra também contará com a Viva Airlines, empresa controlada pela Avianca com operações na Colômbia e no Peru. O grupo ainda possui uma participação minoritária na chilena Sky Airline.
Leia Também

Gol (GOLL4) e Avianca: dividindo o controle
Algumas posições estratégicas dentro do grupo Abra já foram definidas: Constantino Junior, fundador da Gol, será o CEO da holding, enquanto Roberto Kriete, principal acionista da Avianca e outro veterano da indústria aérea da América Latina, será o presidente do conselho de administração.
Adrian Neuhauser, atual CEO da Avianca, e Richard Lark, diretor-financeiro da Gol, serão co-presidentes da Abra; Paulo Kakinoff, CEO da Gol, continuará a frente das operações da companhia brasileira.
"Como um todo, as companhias sob gestão do Grupo Abra vão oferecer aos consumidores a maior rede de rotas complementares, com a menor sobreposição, nos mercados de atuação", diz o comunicado. "A força financeira da holding vai providenciar agilidade e estabilidade às empresas no longo prazo".
O Grupo Abra em números
Juntas, Gol e Avianca têm cerca de 250 aeronaves em sua frota — a maior parte da malha da brasileira atua no território nacional, com alguns voos para países da América Latina e EUA. A colombiana, por sua vez, é líder no seu país natal, no Equador e na América Central, operando quase 150 rotas na região.
E como esses números se compara à LATAM? Em recuperação judicial desde 2020, o gigante chileno conta com uma frota de 299 aeronaves e uma malha aérea que engloba a América Latina, EUA, Europa e África.
Vale lembrar que, num passado não muito distante, o setor aéreo brasileiro contava com um quarto player relevante, a Avianca Brasil — a companhia entrou com pedido de recuperação judicial em 2018, tendo a falência decretada pela Justiça em 2020. Essa empresa, no entanto, não tinha maiores ligações com o grupo colombiano.
A Avianca Brasil, na verdade, equivale à antiga OceanAir — a empresa tinha apenas uma autorização para o uso da marca Avianca, sendo independente da holding colombiana e suas demais subsidiárias.
*Correção: o título da matéria foi modificado, de modo a colocar o termo "fusão" entre aspas — trata-se de uma união para a constituição de uma holding, sem caracterizar uma fusão de fato. Os dois últimos parágrafos também foram alterados, explicitando a ausência de maiores conexões entre a Avianca Brasil e a holding Avianca. A versão atual do texto já contempla as modificações; pedimos desculpas pelas informações imprecisas ou que possam ter levado à conclusões errôneas.
Dividendos e JCP: saiba quanto a Multiplan (MULT3) vai pagar dessa vez aos acionistas e quem pode receber
A administradora de shopping center vai pagar proventos aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio; confira os detalhes
Compra do Banco Master: BRB entrega documentação ao BC e exclui R$ 33 bi em ativos para diminuir risco da operação
O Banco Central tem um prazo de 360 dias para analisar a proposta e deliberar pela aprovação ou recusa
Prio (PRIO3): Santander eleva o preço-alvo e vê potencial de valorização de quase 30%, mas recomendação não é tão otimista assim
Analistas incorporaram às ações da petroleira a compra da totalidade do campo Peregrino, mas problemas em outro campo de perfuração acende alerta
Estreia na Nyse pode transformar a JBS (JBSS32) de peso-pesado brasileiro a líder mundial
Os papéis começaram a ser negociados nesta sexta-feira (13); Citi avalia catalisadores para os ativos e diz se é hora de comprar ou de esperar
Minerva (BEEF3) entra como terceira interessada na incorporação da BRF (BRFS3) pela Marfrig (MRFG3); saiba quais são os argumentos contrários
Empresa conseguiu autorização do Cade para contribuir com dados e pareceres técnicos
“Com Trump de volta, o greenwashing perde força”, diz o gestor Fabio Alperowitch sobre nova era climática
Para o gestor da fama re.capital, retorno do republicano à Casa Branca acelera reação dos ativistas legítimos e expõe as empresas oportunistas
Dividendos e JCP: Telefônica (VIVT3), Copasa (CSMG3) e Neoenergia (NEOE3) pagam R$ 1 bilhão em proventos; veja quem tem direito a receber
A maior fatia é da B3, a operadora da bolsa brasileira, que anunciou na noite desta quinta-feira (11) R$ 378,5 milhões em juros sobre capital próprio
Radar ligado: Embraer (EMBR3) prevê demanda global de 10,5 mil aviões em 20 anos; saiba qual região é a líder
A fabricante brasileira de aviões projeta o valor de mercado de todas as novas aeronaves em US$ 680 bilhões, avanço de 6,25% em relação ao ano anterior
Até o Nubank (ROXO34) vai pagar a conta: as empresas financeiras mais afetadas pelas mudanças tributárias do governo
Segundo analistas, os players não bancários, como Nubank, XP e B3, devem ser os principais afetados pelos novos impostos; entenda os efeitos para os balanços dos gigantes do setor
Dividendo de R$ 1,5 bilhão da Rumo (RAIL3) é motivo para ficar com o pé atrás? Os bancos respondem
O provento representa 70% do lucro líquido do último ano e é bem maior do que os R$ 350 milhões distribuídos na última década. Mas como fica a alavancagem?
O sinal de Brasília que faz as ações da Petrobras (PETR4) operarem na contramão do petróleo e subirem mais de 1%
A Prio e a PetroReconcavo operam em queda nesta quinta-feira (12), acompanhando os preços mais baixos do Brent no mercado internacional
Dia dos Namorados: por que nem a solteirice salva apps de relacionamento como Tinder e Bumble da crise de engajamento
Após a pandemia, dating apps tiveram uma queda grande no número de “pretendentes”, que voltaram antigo método de conhecer pessoas no mundo real
Bradesco (BBDC4) surpreende, mas o pior ficou para trás na Cidade de Deus? Mercado aumenta apostas nas ações e diretor revela o que esperar
Ações disparam após balanço e, dentro da recuperação “step by step”, banco mira retomar níveis de rentabilidade (ROE) acima do custo de capital
Despedida da Wilson Sons (PORT3) da bolsa: controladora registra OPA; veja valor por ação
Os acionistas que detém pelo menos 10% das ações em circulação têm 15 dias para requerer a realização de nova avaliação sobre o preço da OPA
A Vamos (VAMO3) está barata demais? Por que Itaú BBA ignora o pessimismo do mercado e prevê 50% de valorização nas ações
Após um evento com os executivos, os analistas do banco reviram suas premissas e projetam crescimento de lucro para 2025 e 2026
A notícia que derruba a Braskem (BRKM5) hoje e coloca as ações da petroquímica entre as maiores baixas do Ibovespa
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, e o empresário Nelson Tanure falaram sobre o futuro da companhia e preocuparam os investidores
T4F (SHOW3) propõe pagar R$ 1,5 milhão para encerrar processo sobre trabalho análogo à escravidão no Lollapalooza, mas CVM rejeita
Em 2023, uma fiscalização identificou que cinco funcionários da Yellow Stripe, contratada da T4F para o festival, estavam dormindo no local em colchonetes de papelão
Em meio ao ânimo com o Minha Casa Minha Vida, CEO da Direcional (DIRR3) fala o que falta para apostar mais pesado na Faixa 4
O Seu Dinheiro conversou com o CEO Ricardo Gontijo sobre a Faixa 4 do Minha Casa Minha Vida, expectativas para a empresa, a Riva, os principais desafios para a companhia e o cenário macro
Petrobras (PETR4) respira: ações resistem à queda do petróleo e seguem entre as maiores altas do Ibovespa hoje
No dia anterior, a estatal foi rebaixada por grandes bancos, que estão de olho das perspectivas para os preços das commodity
AgroGalaxy (AGXY3) reduz prejuízo no 1T25, mas receita despenca 80% em meio à recuperação judicial
Tombo no faturamento decorre do cancelamento da carteira de pedidos da safrinha de milho, tradicionalmente o principal negócio do período para distribuidoras de insumos agrícolas