Adeus, clientes inativos: Tim (TIMS3) vai desligar clientes recebidos da Oi que não geram receita ainda neste mês
O movimento é semelhante ao que foi feito pela Vivo na semana passada, com a baixa de 25% do total de clientes recebidos da Oi Móvel pela operadora

A partir deste mês, os clientes da Oi Móvel que passaram para a TIM (TIMS3) já podem dizer adeus: a empresa de telecomunicações anunciou que vai começar a desligar os clientes inativos recebidos da operação de telefonia da Oi (OIBR3) já em novembro. O serviço de “limpeza” deve acabar já no começo do ano que vem.
"Vamos cancelar os clientes inativos. O racional é simples: nossa política de cancelamento de clientes é diferente da Oi. Para nós, não faz o menor sentido manter na base quem não usa a linha, não faz recarga, nem gera valor", disse o presidente da TIM, Alberto Griselli, em entrevista ao Estadão.
Essa não será a primeira vez que algo do gênero acontece, porém.
O movimento da TIM é semelhante ao que já foi feito pela Vivo, que anunciou na semana passada o desligamento de 3 milhões de usuários — isto é, o equivalente a 25% do total de clientes recebidos da Oi Móvel.
No caso da TIM (TIMS3), o número exato de clientes a serem desligados ainda não foi revelado. Porém, de acordo com Alberto Griselli, a quantidade de desconexões será significativa. A operadora recebeu em torno de 17 milhões de acessos da rival.
Caso a porcentagem da limpa seja semelhante à da Vivo, estaremos falando da baixa de cerca de 4,2 milhões de linhas. "A Vivo já fez, e nós também vamos fazer. Esse cliente não gera receita, nem cobre os custos de manutenção na base", destacou Griselli.
Leia Também
Quais clientes da Oi Móvel a TIM (TIMS3) vai desligar?
Os desligamentos dos clientes não serão feitos de forma aleatória.
De acordo com o diretor institucional e regulatório, Mario Girasole, as baixas seguirão critérios estabelecidos pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) para cortes de usuários que não fazem ou recebem chamadas, não fazem recargas e nem pagam as faturas.
Os executivos da TIM (TIMS3) destacaram que, apesar das desconexões, não haverá mudanças no cálculo de sinergias previstas com a incorporação de ativos da rede móvel da Oi.
Com a aquisição da maior parte da operação da Oi Móvel, inclusive os cobiçados DDDs 11 (São Paulo), 21 (Rio de Janeiro) e 61 (Brasília), a TIM calcula que as sinergias derivadas da operação alcançarão pelo menos R$ 16 bilhões.
Entretanto, a telefônica acredita que os valores poderiam alcançar até R$ 19 bilhões no longo prazo.
A expectativa é de que 45% dos valores estimados sejam captados até 2030.
A explicação da TIM é que, embora haja menos receitas do que o esperado com os cortes de clientes inativos da Oi Móvel, também haverá queda de custos operacionais na mesma proporção.
Enquanto isso, os ganhos de eficiência pela integração de redes e frequências permaneceriam idênticos.
Disputa bilionária entre operadoras
Não bastasse a limpa nos clientes inativos, ainda existe uma disputa bilionária entre as operadoras telefônicas. A Oi vendeu as suas redes móveis para Vivo, TIM e Claro por cerca de R$ 16,5 bilhões.
Nos últimos meses, porém, as empresas estão discutindo uma indenização de R$ 3,2 bilhões nesse preço. O trio quer descontar esse valor com a justificativa de que a Oi teria descumprido certos compromissos operacionais e financeiros.
As operadoras acusam a Oi de inflar, artificialmente, a base com a manutenção de usuários que já não faziam recargas nas linhas pré-pagas, nem pagavam faturas das linhas pós-pagas há tempos — os mesmos usuários que agora a Vivo e a TIM pretendem eliminar.
A rival, entretanto, nega as afirmações. A Oi alega que não houve descumprimento do contrato firmado com as demais operadoras e que algo assim partiu, na verdade, das compradoras do ativo.
A operadora explica que as “distorções” citadas pelas rivais não existiriam e destaca que apenas que o parâmetro para manter ou dar baixa em usuários varia a cada operadora.
A rede móvel da TIM
Até agora, a base móvel total da TIM saltou 33,3% no terceiro trimestre de 2022 em relação ao mesmo período do ano anterior, para 68,796 milhões, com uma participação de mercado de 26,6%.
O presidente da TIM (TIMS3), Alberto Griselli, ressaltou que a prioridade é ter uma base geradora de receita, e não crescer por crescer. "Market share é indicador de volume, não de valor. O que importa para a TIM é valor."
O faturamento do serviço móvel da operadora subiu 25,8% na mesma base de comparação, para R$ 5,154 bilhões. Já a receita média por usuário (Arpu, na sigla em inglês) recuou 5,8%, para R$ 24,9, pelo efeito de diluição com a adição dos clientes recebidos da Oi.
Segundo Griselli, a tendência do Arpu será revertida com a desconexão de linhas inativas e com o trabalho de incentivo à migração dos clientes ativos para planos de maior valor agregado, como já vinha sendo feito com a base existente nos últimos anos.
A corrida do 5G
O presidente da TIM disse também ao Estadão que a direção da empresa está satisfeita com a estratégia de turbinar a cobertura do sinal 5G com a instalação de duas a três vezes mais antenas do que o exigido pela Anatel nesta largada.
À frente de Vivo e Claro, a telefônica colocou 3 mil antenas, quase metade do total de 5,9 mil unidades implantadas no mercado brasileiro.
As cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba já têm 100% dos bairros cobertos com a nova geração de internet. A mesma estratégia será anunciada para Recife nesta semana.
De acordo com Alberto Griselli, a adesão ao 5G onde há cobertura está evoluindo mais rápido do que o esperado.
Atualmente, cerca de 4 milhões de clientes da TIM (cerca de 6% da base) já contam com 5G. No portfólio de celulares das lojas da companhia, o 5G responde por 80% dos modelos e 50% das vendas.
Ainda não foi possível perceber a geração de receita com a chegada do novo modelo de internet. "Nesta fase estamos privilegiando a experiência do cliente. Se ele gostar, a monetização vai vir depois", explicou o executivo.
A operadora criou uma oferta especial para os clientes que quiserem usar o 5G para jogos online.
Os clientes pós-pagos terão um pacote para "turbinar" os planos com mais 50 GB de internet e navegação ilimitada na Twitch — serviço de streaming de vídeo ao vivo da Amazon focado no universo gamer.
Nos primeiros meses, a adesão será grátis, passando a ser cobrada após algum tempo.
*Com informações de Estadão Conteúdo
Novo dono, nova fase: Oi Fibra muda de nome e mira ‘crescimento orgânico ambicioso’
A terceira maior provedora de internet fixa do Brasil vai focar em estabilizar o negócio, afetado pela recuperação judicial da ex-controladora
Oi (OIBR3) transfere o controle da ClientCo para a V.tal e vai embolsar R$ 5,7 bilhões com a operação — mas não em dinheiro
Além da transferência de controle da unidade de fibra óptica, a Oi também concluiu a venda dos ativos de TV assinatura para a Mileto Tecnologia
Da ficção científica às IAs: Ibovespa busca recuperação depois de tropeçar na inflação ao consumidor norte-americano
Investidores monitoram ‘tarifas recíprocas’ de Trump, vendas no varejo brasileiro e inflação do produtor dos EUA
Boas novas para os acionistas? TIM Brasil (TIMS3) anuncia recompra de ações, após balanço robusto no 4T24
O programa vai contemplar até 67,2 milhões de ações ordinárias, o que equivale a 2,78% do total de papéis da companhia
Mais uma chance na vida: Ibovespa tenta manter bom momento em dia de inflação nos EUA e falas de Lula, Galípolo e Powell
Investidores também monitoram reação a tarifas de Trump sobre o aço e o alumínio; governo brasileiro mantém tom cauteloso
Ação da TIM (TIMS3) lidera altas do Ibovespa após balanço do 4T24 e dividendos polpudos. O que esperar da empresa de telecomunicações daqui para a frente?
A companhia teve um lucro líquido normalizado de R$ 1,06 bilhão no 4T24, avanço de 17,1% na comparação com o mesmo período de 2023; veja os destaques
Oi (OIBR3) bate o martelo e vende ativos de TV assinatura por R$ 30 milhões para a única oferta do leilão
Com uma única oferta, a Mileto Tecnologia venceu o processo competitivo em audiência de abertura das propostas para a venda da UPI TV
Oi (OIBR3) avança no processo de venda de ativos de TV por assinatura com audiência marcada para fevereiro
Transação será feita por meio de uma unidade produtiva isolada (UPI) e inclui a base de assinantes de TV, equipamentos
Oi (OIBR3) conclui negociações com Mileto para venda de ativos de TV por assinatura; a empresa vai seguir para o processo competitivo
A transação será feita por meio de uma unidade produtiva isolada (UPI), composta por 100% das ações de uma companhia criada especificamente para reunir esses ativos
Para fechar 2024 e abrir 2025: Ibovespa vai ao último pregão do ano de olho em liberação parcial de emendas de comissão
Ministro Flávio Dino, do STF, liberou execução de parte de emendas parlamentares sob suspeita, mas não sem duras críticas ao Congresso
Oi (OIBR3) segue rumo à reestruturação e fecha venda de torres e imóveis para IHS Brasil
Operação envolve a transferência de 100% das ações de emissão da SPE Imóveis e Torres Selecionados para a IHS
Oi (OIBR3) avança na recuperação judicial e recebe proposta para vender ativos de TV por assinatura
Proposta inclui ativos da base de assinantes de TV, equipamentos e outros direitos e obrigações da operação de TV por assinatura da companhia
Reestruturação, fim de concessões e credores no comando após crise financeira: qual o futuro da Oi (OIBR3) no mercado de telecomunicações?
De promessa da telefonia fixa brasileira à endividada, a Oi agora busca um novo rumo em meio à segunda recuperação judicial e a transformação do setor no país
Oi (OIBR3) mais próxima do fim da recuperação judicial: Anatel aprova a venda da ClientCo para a V.tal
Tratava-se da última etapa para que a transação fosse concluída. A autorização da Anatel chega poucas semanas após o Cade também aprovar, sem restrições, a operação
Nem tudo está perdido na bolsa: Ibovespa monitora andamento da pauta econômica em Brasília enquanto o resto do mercado aguarda o Fed
Depois de aprovar a reforma tributária, Congresso dá andamento ao trâmite do pacote fiscal apresentado pelo governo
Dividendos e JCP: Cemig (CMIG4), TIM (TIMS3) e WEG (WEGE3) anunciam juntas mais de R$ 1,5 bilhão em proventos; veja quem tem direito
Empresas aprovaram mais uma distribuição de juros sobre capital próprio (JCP) com data de corte em dezembro
Oi (OIBR3) confirma Marcelo Milliet, ex-presidente da Paranapanema (PMAM3), como novo CEO da operadora
A nomeação do novo CEO da empresa foi oficializada após a assembleia geral de acionistas realizada na quarta-feira (11), que elegeu a nova diretoria
Oi (OIBR3) mexe na diretoria em meio a processo de recuperação judicial; veja quem são os novos membros do conselho
O comunicado enviado à CVM também informa que os novos executivos devem nomear os novos presidente e vice-presidente do Conselho na primeira reunião do novo colegiado
Oi (OIBR3) disparou 19% na bolsa após mudanças no regime de telefonia, mas não é hora de comprar a ação; veja motivo
Casa de análise prefere ação de concorrente com potencial para se tornar uma das maiores pagadoras de dividendos da bolsa; conheça a recomendação
Oi (OIBR3) recebe aval do Cade para a venda da ClientCo para a V.tal. O que falta agora?
O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou sem restrições, a venda da empresa de banda larga para a companhia de internet V.tal