Cade aprova sem restrições fusão entre Rede D’Or (RDOR3) e SulAmérica (SULA11) — e quem comemora é a Qualicorp (QUAL3)
Embora o parecer completo tenha sido divulgado, a decisão só terá caráter final daqui 15 dias — isso se nenhum ministro da corte pedir uma análise mais aprofundada sobre os riscos elencados pelos concorrentes.
A Rede D’Or (RDOR3) e a SulAmérica (SULA11) estão um passo mais perto da tão sonhada fusão que pode criar um concorrente forte para frear o crescimento acelerado da Hapvida Intermédica (HAPV3), criando mais uma gigante do segmento verticalizado.
Antes do prazo esperado pelo mercado, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a operação, anunciada em fevereiro, sem a necessidade de "remédios". Ou seja: as companhias não precisarão fazer ajustes em suas operações para que a transação seja concluída sem prejuízos ao cenário concorrencial.
Embora o parecer completo tenha sido divulgado, a decisão só terá caráter final daqui 15 dias — isso se nenhum ministro da corte pedir uma análise mais aprofundada sobre os riscos elencados pelos concorrentes.
Agora, a conclusão da operação só depende da aprovação por parte da Agência Nacional de Saúde (ANS), ainda sem data para acontecer, e do Banco Central. A Susep (Superintendência de Seguros Privados), órgão fiscalizador das operações de seguro, previdência complementar aberta e capitalização, já deu o seu aval.
E como fica a Qualicorp (QUALI3)?
A aprovação sem restrições por parte do Cade já era aguardada pelo mercado, mas ainda restam dúvidas sobre o que deve acontecer com a fatia da Qualicorp (QUALI3) detida pela Rede D’Or.
Desde que a operação entre a rede de hospitais e a SulAmérica foi anunciada, pesam sobre os papéis da Qualicorp as dúvidas dos investidores sobre o futuro da companhia. A Rede D'Or detém 29,98% das ações ordinárias da operadora, aumentando as dúvidas sobre um eventual conflito entre a participação na empresa e a fusão com a SulAmérica.
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O Cade analisou a integração entre as fatias de dois pontos: a integração entre os serviços terceirizados ofertados pelas duas operadoras de saúde e também os benefícios ofertados pela Qualicorp e pela SulAmérica.
Para o Conselho, Com relação ao primeiro ponto, o Cade entendeu que por conta das duas operadoras terem uma fatia inferior a 30% do mercado nacional de oferta terceirizada de produtos, não seria preciso continuar com a análise, já que não há riscos de fechamento de mercado “tanto de planos de saúde médico-hospitalares para administração de benefícios, quanto de administração de benefícios para planos de saúde médico-hospitalares.”
Quanto ao risco de compartilhamento de informações concorrenciais sensíveis, a corte não encontrou grandes problemas. Embora essa seja uma boa notícia, os investidores estão certos de que a Agência Nacional de Saúde (ANS) pode não ser tão generosa em sua análise e traga restrições relativas a essa fatia detida pela Rede D'Or ou ao braço de corretagem de seguros
De acordo com uma notícia veiculada ontem pela coluna Pipeline, do jornal Valor Econômico, a rede de hospitais estuda vender as suas corretoras de seguros, tendo conversado com potenciais interessados na operação, por algo em torno de R$ 1 bilhão, mas isso não incluiria a participação na Qualicorp, avaliada hoje em mais de R$ 600 milhões.
Sem necessidades de intervenção neste momento, as ações da Qualicorp reagem positivamente e sobem 3,62%, aos R$ 8,02. Nos últimos 12 meses a queda acumulada é de mais de 50%. Acompanhe a nossa cobertura completa de mercados.
A operação entre SulAmérica e Rede D’Or (RDOR3)
A operação se dará por meio da incorporação da base acionária da SulAmérica pela Rede D’Or. Ou seja, atuais detentores de SULA11 irão receber ações da rede de hospitais.
A troca leva em conta o preço de fechamento das ações da SulAmérica no dia 18 de fevereiro, quando fecharam em R$ 8,52, mais um prêmio de 49,3% sobre as units. Para isso, a Rede D'Or vai emitir 307 milhões de novos papéis, em uma proporção de 0,7683 nova ação RDOR3 para cada unit da SulAmérica.
No acordo, a operadora de planos de saúde foi avaliada em cerca de R$ 16 bilhões.
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