Restam pouco mais de três meses para o primeiro turno das eleições presidenciais e o cenário ainda é incerto. Afinal, um trimestre dura uma eternidade no calendário eleitoral. Mesmo assim, a pré-candidata da terceira via, Simone Tebet (MDB), já sinaliza a seus eleitores quem pretende apoiar se o segundo turno opuser o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao atual mandatário, Jair Bolsonaro (PL).
Com dificuldade para fazer sua campanha decolar, Simone Tebet afirmou que, caso a sua candidatura não chegue ao segundo turno das eleições, escolherá estar no "palanque que defende a democracia".
O comentário foi interpretado como uma indicação de que ela pretende apoiar o retorno de Lula ao Palácio do Planalto.
"Eu não estarei assistindo na sala, na frente de uma TV. Eu estarei em um palanque eleitoral defendendo a democracia e defendendo as propostas que possam efetivamente tirar o País dessa vergonhosa estatística de ser um dos países mais desiguais do mundo", disse a senadora durante sabatina promovida pelo portal G1.
O que sinaliza o apoio de Simone Tebet a Lula
A sinalização do eventual apoio a Lula fica clara diante do histórico de posicionamentos da senadora, que ganhou destaque nacional atuando na CPI da Covid.
No passado recente, Simone Tebet disse que Bolsonaro "namora com o autoritarismo".
Em entrevista ao Estadão em dezembro de 2021, quando questionada sobre suas opiniões sobre o petista e o atual presidente, a parlamentar afirmou que "a única coisa diferente é que um é democrata e o outro, não".
Pré-candidata da terceira via acredita que vai crescer nas pesquisas
Seja como for, Simone Tebet não tem planos de desistir da campanha, apesar da dificuldade para crescer nas pesquisas de intenção de voto.
A candidata da terceira via tem figurado em quarto lugar, atrás de Lula, Bolsonaro e Ciro Gomes (PDT).
Contudo, Tebet afirmou que acredita na possibilidade de crescer nas pesquisas até outubro e chegar ao segundo turno.
O plano de Simone Tebet para conquistar o eleitorado
Em participação no podcast Estadão Notícias de ontem, ela falou sobre seu plano para conquistar o eleitorado.
Ciente do desafio de tornar seu nome competitivo, a emedebista pretende abrir canais de diálogo com os demais nomes do centro político e vê espaço para uma aproximação com Ciro Gomes.
"Não quero palanque exclusivo. Quero espaço de fala", afirmou ao Estadão. "Essa é uma eleição de dois rejeitados e que tem uma franja muito grande de eleitores que buscam alternativa."
Terceira via ‘pacificadora’
Ao G1, a senadora reiterou que o projeto eleitoral da terceira via, que é representado pelo seu nome e vem da união do MDB, PSDB e Cidadania, tem o intuito de "pacificar" o País diante da polarização Lula-Bolsonaro.
"Essa polarização política não só está fazendo mal para o Brasil, mas está levando o País para o abismo", declarou. "Nós temos condições de nos apresentar ao Brasil como a única alternativa capaz de pacificar o Brasil", completou.
*Com informações do Estadão Conteúdo.
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