A divisão política entre Ocidente e Oriente está cada vez mais clara com a chegada do fator financeiro. De acordo com o ministro da Economia da Rússia, o país espera que a China atue como sua principal aliada após as sanções dos Estados Unidos.
“Nós temos nossas reservas internacionais de ouro além de outros estoques em yuan, a moeda chinesa. Ainda vemos uma pressão do Ocidente contra a China para limitar nossas negociações, visando a limitar o acesso a esses recursos”, disse o ministro Anton Siluanov.
A informação foi dada em primeira mão pela Reuters.
Rússia e China: cooperação contra o Ocidente
Entretanto, Siluanov continuou: “eu acredito que nossa parceria com a China está não apenas mantida, como continuaremos a ampliar esse ambiente enquanto os mercados do Ocidente se fecham para nós”.
Com o desligamento da Rússia do swift, o sistema de pagamentos internacional, alguns analistas levantaram a hipótese de que o gigante do leste europeu migraria para as criptomoedas.
Um cenário mais provável
Entretanto, fontes ouvidas pelo Seu Dinheiro informaram que a adoção de uma espécie de “swift chinês”, com uma maior participação do yuan ao invés do dólar, é uma alternativa mais provável.
Desde o início da guerra há pouco menos de um mês, China e Rússia passaram a estreitar laços de cooperação.
Desde 4 de fevereiro — portanto, antes da invasão à Ucrânia, que só viria a acontecer no dia 24 daquele mesmo mês — Xi Jinping, primeiro-ministro chinês, e Vladimir Putin, presidente da Rússia, começaram a se encontrar.
Apenas bons vizinhos?
Em um primeiro momento, os encontros serviriam para debater a influência norte-americana na região. Dias depois, países da Europa e os Estados Unidos limitaram o acesso da Rússia às reservas internacionais.
Em contrapartida, os EUA acusam tanto Rússia quanto China de violarem direitos humanos, acusações que se intensificaram durante o conflito.
*Com informações da Reuters