Magazine Luiza (MGLU3) dispara 9%, mas petróleo e minério de ferro em queda pressionam o Ibovespa; confira os destaques

A terça-feira (12) é de aversão ao risco para o mercado brasileiro, mesmo com as bolsas em Wall Street mostrando sinais de que o dia pode ser de leve recuperação e a forte alta dos papéis de MGLU3.

No Ibovespa, vemos dois comportamentos distintos. De um lado, as empresas produtoras de commodities operam em forte queda, acompanhando o temor com a economia global e o tombo do minério de ferro e do petróleo no mercado internacional. Do outro, empresas do setor de varejo, puxadas pelo Magazine Luiza (MGLU3) disparam, no que parece ser um movimento de 'caça à barganhas". 

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MGLU3 dispara e varejo acompanha

Em um cenário de inflação elevada, aperto monetário global e forte deterioração da renda das famílias, dias de alta generalizada no setor de varejo e consumo têm sido raros. 

Hoje, no entanto, as empresas do setor ignoram até mesmo a forte pressão na curva de juros e operam em forte alta. 

Para Victor Benndorf, sócio-diretor da Benndorf Consultoria, o movimento vem na esteira de uma espécie de "caça às barganhas", já que não existem grandes pontos de inflexão no cenário macroeconômico. "A inflação pode encontrar o topo em breve, mas nada garante que vai ceder tão rápido". 

Outro fator que entra no radar dos investidores é a votação da PEC dos benefícios na Câmara dos Deputados, marcada para esta tarde. O texto traz a ampliação de diversos programas sociais, aumentando a renda de milhões de famílias, mas ainda é incerto o quanto desse montante pode acabar retornando para a compra de itens não-essenciais. 

Confira as maiores altas da bolsa nesta terça-feira (12):

China sob pressão

Na ponta contrária, as empresas exportadoras de commodities patrocinam uma nova rodada de perdas para o Ibovespa. A preocupação dos investidores é mais uma vez a saúde da economia global em meio a um intenso processo de aperto monetário nos países desenvolvidos. 

Na China, o coronavírus segue sendo o maior ponto de pressão, com novas regiões adotando medidas restritivas como forma de conter o avanço da doença. Apesar dos esforços do governo local em tentar manter a economia aquecida por meio de pacotes de estímulos fiscais e monetários, os economistas temem que as medidas sejam insuficientes. 

No interior do gigante asiático, alguns bancos congelaram ativos, sinalizando uma crise ainda mais grave do que a projetada. 

Com as siderúrgicas chinesas em processo de redução de produção e as incertezas sobre o futuro, o minério de ferro despencou 7,64%, aos US$ 105 por tonelada, durante a madrugada. 

O petróleo também vem registrando um dia amargo enquanto aguarda o relatório de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). 

O medo de uma recessão pressiona e, por volta das 12h20, o barril do Brent — utilizado como referência global — recuava cerca de 6,58%, a US$ 100

Confira os piores desempenhos do dia:

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