Putin deixa rastro de sangue na Ucrânia e avalanche de inflação no mundo — confira o balanço de seis meses de guerra
Data também marca os 31 anos da independência da Ucrânia, que viu mais de 5 mil mortos desde a invasão, segundo dados oficiais, e 6,6 milhões de refugiados

Quando as primeiras bombas estouraram na Ucrânia em 24 de fevereiro, não só a ordem geopolítica mundial poderia ir para o espaço — os mercados também corriam o risco de implodir com a guerra iniciada pelo presidente russo, Vladimir Putin.
Os investidores correram para entender as consequências do conflito que, com a interrupção das cadeias de suprimentos e sanções sem precedentes, colocou ainda mais pressão em uma economia global que mal havia se recuperado dos estragos da pandemia de covid-19.
Seis meses se passaram e a guerra continua a alimentar a inflação global, colocando em xeque a política monetária dos principais bancos centrais do mundo. As empresas seguem tendo que lidar com as consequências contínuas da invasão.
Nesse front, as companhias europeias — e suas ações — são as que sentem mais os efeitos colaterais do conflito entre Rússia e Ucrânia. Essas empresas apresentam uma exposição mais direta à guerra e à crise energética provocada por ela.
Cálculos da firma de investimentos Rathbones indicam que as ações dessas companhias europeias ainda acumulam uma baixa de pelo menos 5% desde que a invasão começou e que as perspectivas para elas ainda são sombrias diante da incerteza de uma saída pacífica para o conflito.
Como comparação, as ações das empresas norte-americanas mais expostas à guerra estão 2,3% mais baixas no mesmo período.
Leia Também
Rio Bravo: “Momento é de entrada em fundos imobiliários de tijolo, não de saída”
Preços da energia e a guerra
Se algo esteve o tempo todo na linha de frente da guerra entre Rússia e Ucrânia foi o preço da energia, com a disparada do petróleo e do gás natural.
As cotações globais do petróleo chegaram a US$ 139 por barril no início de março e só caíram devido aos temores de uma recessão que poderia afetar a demanda por combustível.
Desde o início de junho, o petróleo já perdeu cerca de 18% do valor — o mesmo, no entanto, não acontece com o gás natural.
Os preços do gás seguem subindo à medida que a Rússia usa o fornecimento para a Europa como resposta às sanções e também com as ondas de calor aumentando o consumo de eletricidade.
Para se ter uma ideia, os preços do gás bateram recorde na Europa nesta semana e atingiram o maior nível em 14 anos nos Estados Unidos.
O câmbio também sente
Se os preços da energia estão na linha de frente dos efeitos da guerra entre Rússia e Ucrânia, podemos dizer que o câmbio não achou uma trincheira para se proteger.
Prova disso é o euro, que atingiu o menor nível em duas décadas nesta semana por temores de que uma Europa sem energia possa cair em uma recessão.
Não bastasse isso, no mês passado, o euro registrou a paridade com um dólar em alta pela primeira vez desde 2002.
O dólar, por sua vez — que ganha força quando os investidores estão estressados e buscam abrigo em ativos considerados mais seguros —, pode colocar em risco mercados emergentes como o Brasil, que pagam por importações na moeda norte-americana.
Sem comida na guerra?
A guerra entre Rússia e Ucrânia provocou não apenas a disparada do dólar, do petróleo ou do gás natural. As commodities agrícolas também sentiram diretamente o impacto do conflito.
E não foi à toa. A Ucrânia é uma das principais fornecedoras de grãos do mundo. Em março, após a invasão russa, os preços do trigo dispararam no mercado internacional e só começaram a cair depois que as Nações Unidas (ONU) e a Turquia intermediaram a retomada das exportações nos principais portos ucranianos.
A alegria dos investidores, no entanto, pode durar pouco. Segundo o JP Morgan, a logística difícil continua limitando os embarques da Ucrânia, e o clima extremo pode elevar os preços das commodities agrícolas novamente nos próximos meses.
A inflação, um resultado da guerra
A combinação da guerra, da disparada dos preços da energia, do fortalecimento do dólar e do enfraquecimento de uma economia global que não havia se recuperado da pandemia de covid-19 levou a apenas um caminho possível: a inflação.
Os preços dispararam no mundo todo. Países como os Estados Unidos viram a inflação atingir o maior nível em mais de 40 anos — o que fez os bancos centrais entrarem em ação.
O Brasil foi um dos poucos países no mundo que se anteciparam ao movimento e cujo banco central começou a elevar a taxa de juro — principal ferramenta para conter o aumento de preço — bem antes das autoridades monetárias das economias avançadas.
Enquanto por aqui estamos nos aproximando do fim do ciclo de aperto monetário, nos Estados Unidos, por exemplo, o Federal Reserve mantém o pé no acelerador do aumento da taxa básica.
Por lá, o Fed vem elevando o juro desde março e já promoveu duas altas de 0,75 ponto percentual (pp) seguidas. O mesmo se viu no Reino Unido, no Canadá, na zona do euro e em outras grandes economias mundiais.
O banho de sangue da guerra
Nesses seis meses de guerra, o que se viu foi um banho de sangue na Ucrânia, com cidades completamente destruídas e muitos mortos.
De acordo com dados de segunda-feira (22) da ONU, 5.587 civis ucranianos morreram como consequência do conflito — mas acredita-se que o número real seja de dezenas de milhares.
Além disso, o número de refugiados ultrapassou 6,6 milhões e as perdas militares foram pesadas dos dois lados: cerca de 9.000 ucranianos e até 25.000 russos mortos.
Os números do Pentágono, no entanto, estimam que entre 70.000 e 80.000 russos foram mortos ou feridos, e colocam o número de mortos ucraniânos em 20.000. Autoridades dos EUA disseram que as estimativas foram baseadas em imagens de satélite, interceptações de comunicação, mídia social e relatórios da mídia local.
Bombardeios russos e ataques com mísseis na Ucrânia destruíram mais de 130.000 prédios desde fevereiro, segundo pesquisa da Escola de Economia de Kiev, com base em informações de ministérios do governo ucraniano.
Desde fevereiro, 311 pontes foram danificadas ou destruídas; 188.000 carros particulares foram danificados, destruídos ou apreendidos; e mais de 15.400 milhas de estradas danificadas ou destruídas.
Veja também: Lula ou Bolsonaro — quem a Faria Lima apoia nas eleições 2022?
TRBL11 recebe R$ 6 milhões em acordo por imóvel que é alvo de impasse com os Correios — agora o FII está de olho na disputa judicial contra a estatal
Segundo o gestor da Rio Bravo, o acordo “é apenas o começo” e, agora, o fundo imobiliário busca cobrar os Correios e voltar a ocupar o galpão com um novo inquilino
Banco do Brasil (BBAS3) supera a Vale (VALE3) em um quesito na bolsa; saiba qual
Os dados são de um levantamento mensal do DataWise+, parceria entre a B3 e a Neoway
Fundo imobiliário MFII11 mira novo projeto residencial na zona leste de São Paulo; veja os detalhes
O FII vem chamando atenção por sua estratégia focada em empreendimentos residenciais ligados ao Minha Casa, Minha Vida (MCMV)
Ibovespa renova máxima histórica e dólar vai ao menor nível desde julho de 2024 após dados de inflação nos EUA; Wall Street também festeja
Números de inflação e de emprego divulgados nesta quinta-feira (11) nos EUA consolidam a visão do mercado de que o Fed iniciará o ciclo de afrouxamento monetário na reunião da próxima semana; por aqui, há chances de queda da Selic
Fundo imobiliário do BTG quer vender cinco imóveis por mais de R$ 830 milhões — e já tem destino certo para o dinheiro
Criado especialmente para adquirir galpões da Log Commercial Properties (LOGG3), o BTLC11 comprou os ativos em 2023, e agora deseja gerar valor aos cotistas
GGRC11 ou Tellus: quem levou a melhor na disputa pelo galpão da Renault do FII VTLT11, que agora se despede da bolsa
Com a venda do único imóvel do portfólio, o fundo imobiliário será liquidado, mas cotistas vão manter a exposição ao mercado imobiliário
Fundo imobiliário (FII) aposta em projetos residenciais de alto padrão em São Paulo; veja os detalhes
Com as transações, o fundo imobiliário passa a ter, aproximadamente, 63% do capital comprometido em cinco empreendimentos na capital paulista
Fundo imobiliário Iridium Recebíveis (IRIM11) reduz dividendo ao menor nível em um ano; cotas caem
A queda no pagamento de proventos vem em meio a negociações para a fusão do FII ao Iridium Fundo de Investimento Imobiliário (IRIM11)
Ibovespa sobe 0,52% após renovar máxima intradia com IPCA e PPI no radar; dólar cai a R$ 5,4069
Deflação aqui e lá fora em agosto alimentaram a expectativa de juros menores ainda neste ano; confira os dados e o que mais mexeu com a bolsa e o câmbio nesta quarta-feira (10)
Ouro supera US$ 3.700 pela primeira vez e segue como o refúgio preferido em 2025
Ataque de Israel ao Catar e revisão dos dados de emprego nos EUA aumentaram a busca por proteção e levaram o metal precioso a renovar recorde histórico
Disputa judicial entre Rede D’Or e FIIs do BTG Pactual caminha para desfecho após mais de uma década
Além da renegociação das dívidas da empresa do setor de saúde, os acordos ainda propõem renovações de contratos — mas há algumas condições
Comprado em bolsa brasileira e vendido em dólar: a estratégia do fundo Verde também tem criptomoedas e ouro
Na carta de agosto, o fundo criado por Luis Stuhlberger chama atenção para o ciclo eleitoral no Brasil e para o corte de juros nos EUA — e conta como se posicionou diante desse cenário
Commodities e chance de juro menor dão suporte, mas julgamento de Bolsonaro limita ganhos e Ibovespa cai
O principal índice da bolsa brasileira chegou a renovar máximas intradia, mas perdeu força no início da tarde; dólar à vista subiu e ouro renovou recorde na esteira do ataque de Israel ao Catar
Fundo imobiliário GARE11 anuncia compra de dois imóveis por R$ 32,3 milhões; confira os detalhes da operação
O anúncio da compra dos imóveis vem na esteira da venda de outros dez ativos, reforçando a estratégia do fundo imobiliário
FII vs. FI-Infra: qual o melhor fundo para uma estratégia de renda com dividendos e isenção de imposto?
Apesar da popularidade dos FIIs, os fundos de infraestrutura oferecem incentivos fiscais extras e prometem disputar espaço nas carteiras de quem busca renda mensal isenta de IR
Rubens Ometto e Luiza Trajano bem na fita: Ações da Cosan (CSAN3), do Magalu (MGLU3) e da Raízen (RAIZ4) lideram altas da semana no Ibovespa
Se as ações da Cosan, do Magazine Luiz e da Raizen brilharam no Ibovespa, o mesmo não se pode dizer dos papéis da Brava, da Marfrig e da Azzas 2154
É recorde atrás de recorde: ouro sobe a US$ 3.653,30, renova máxima histórica e acumula ganho de 4% na semana e de 30% em 2025
O gatilho dos ganhos de hoje foi o dado mais fraco de emprego dos EUA, que impulsionou expectativas por cortes de juros pelo banco central norte-americano
Ibovespa renova máximas e dólar cai a R$ 5,4139 com perspectiva de juro menor nos EUA abrindo as portas para corte na Selic
O Departamento do Trabalho dos EUA divulgou, nesta sexta-feira (5), o principal relatório de empregos dos Estados Unidos, o payroll, que veio bem abaixo do esperado pelo mercado e dá a base que o Fed precisava para cortar a taxa, segundo analistas
Ibovespa volta a renovar máxima na esteira de Nova York e dólar acompanha; saiba o que mexe com os mercados
Por aqui, os investidores seguem de olho nas articulações do Congresso pela anistia, enquanto lá fora a chance de corte de juros pelo Fed é cada vez maior
Ouro bate recorde pelo segundo dia seguido e supera US$ 3.600. Hype ou porto seguro?
A prata segue a mesma trajetória de ganhos e renova o maior nível em 14 anos a US$ 42,29 a onça-troy; saiba se vale a pena entrar nessa ou ficar de fora