Putin mais fraco? A estratégia dos EUA para manter a Ucrânia viva na guerra — e a reação da Rússia
Para o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, Moscou já fracassou na invasão e Kiev pode ser considerada uma vencedora do conflito; será mesmo?

O terceiro mês da invasão da Ucrânia começou com EUA e Rússia elevando o tom da guerra de palavras. De um lado, Washington diz que Vladimir Putin sairá do conflito enfraquecido. Do outro, Moscou alerta sobre o envio de armas para Kiev.
Falando a repórteres desde um local não revelado na Polônia, perto da fronteira com a Ucrânia, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, disse que as capacidades militares da Rússia devem ser degradadas.
“Queremos ver a Rússia enfraquecida ao ponto de não poder fazer o tipo de coisa que fez ao invadir a Ucrânia”, disse ele.
“A Rússia já perdeu muita capacidade militar. Queremos que Moscou não tenha a capacidade de reproduzir muito rapidamente essa capacidade”, acrescentou.
As declarações vêm à tona depois que Austin e o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, reuniram-se com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e anunciaram mais ajuda militar dos EUA ao país.
Rússia fracassou?
Para o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, a Rússia já fracassou na guerra contra a Ucrânia — esta última, por sua vez, pode ser considerada uma vencedora do conflito.
Leia Também
Segundo ele, o principal objetivo de Putin era incorporar totalmente a Ucrânia à Rússia, acabar com a soberania e independência do país — algo que, segundo Blinken, “claramente não vai acontecer”.
- MUDANÇAS NO IR 2022: baixe o guia gratuito sobre o Imposto de Renda deste ano e evite problemas com a Receita Federal; basta clicar aqui
Quando Putin invadiu a Ucrânia, em 24 de fevereiro, seu objetivo era derrubar o governo e desmilitarizar o país. Moscou esperava que isso acontecesse em poucos dias, mas, até agora, não foi possível.
De acordo com dados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a Rússia perdeu pelo menos sete generais, 3.000 equipamentos de grande porte e até 20.000 soldados em nove semanas de guerra.
Apoio massivo, pressão total
Não é à toa que a Ucrânia, um país muito menor que a Rússia tanto em território como em capacidade militar, vem resistindo ao domínio de Moscou. Os EUA e seus aliados têm enviado não só dinheiro como armas para Kiev seguir lutando contra os homens de Putin.
Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, os EUA forneceram mais de US$ 3,7 bilhões em armas para Kiev, de mísseis antitanque Javelin e drones de combate Switchblade a 90 obuses (peça de artilharia destinada a lançar projéteis com trajetórias muito curvas) para ajudar a combater a artilharia russa.
Segundo Blinken, os envios de ajuda fazem parte de uma estratégia de “apoio massivo à Ucrânia e pressão total contra a Rússia.
Putin não gostou
Como era de se esperar, o presidente russo, Vladimir Putin, não gostou nada do envio de armas do Ocidente para a Ucrânia.
Falando na TV estatal, o embaixador russo em Washington, Anatoly Antonov, criticou a movimentação, exigindo o fim dessa prática.
O embaixador disse que uma mensagem diplomática oficial foi entregue a Washington expressando a oposição da Rússia logo após a visita de Blinken a Kiev.
Antonov afirmou ainda que tais entregas de armas estão, na verdade, agravando o conflito na Ucrânia e minando os esforços para chegar a algum tipo de acordo de paz.
Putin, por sua vez, afirmou que a "operação militar especial" na Ucrânia é necessária porque os EUA estavam usando a Ucrânia para ameaçar a Rússia e Moscou teve que se defender contra a perseguição à população étnica e culturalmente identificada com os russos.
O presidente russo, que diz que a Ucrânia e a Rússia são essencialmente um só povo, classifica a guerra como um confronto inevitável com os EUA, que ele acusa de ameaçar a Rússia ao se intrometer em seu quintal e ampliar a aliança militar da Otan.
*Com informações do The Guardian e da Reuters
Ninguém vai poder ficar em cima do muro na guerra comercial de Trump — e isso inclui o Brasil; entenda por quê
Condições impostas por Trump praticamente inviabilizam a busca por um meio-termo entre EUA e China
Starbase: o novo plano de Elon Musk para transformar casa da SpaceX na primeira cidade corporativa do mundo
Moradores de enclave dominado pela SpaceX votam neste sábado (03) a criação oficial de Starbase, cidade idealizada pelo bilionário no sul do Texas
Trump pressionou, Bezos recuou: Com um telefonema do presidente, Amazon deixa de expor tarifas na nota fiscal
Após conversa direta entre Donald Trump e Jeff Bezos e troca de farpas com a Casa Branca, Amazon desiste de exibir os custos de tarifas de importação dos EUA ao lado do preço total dos produtos
Conheça os 50 melhores bares da América do Norte
Seleção do The 50 Best Bars North America traz confirmações no pódio e reforço de tendências já apontadas na pré-lista divulgada há algumas semanas
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Nova Ordem Mundial à vista? Os possíveis desfechos da guerra comercial de Trump, do caos total à supremacia da China
Michael Every, estrategista global do Rabobank, falou ao Seu Dinheiro sobre as perspectivas em torno da guerra comercial de Donald Trump
Donald Trump: um breve balanço do caos
Donald Trump acaba de completar 100 dias desde seu retorno à Casa Branca, mas a impressão é de que foi bem mais que isso
Trump: “Em 100 dias, minha presidência foi a que mais gerou consequências”
O Diário dos 100 dias chega ao fim nesta terça-feira (29) no melhor estilo Trump: com farpas, críticas, tarifas, elogios e um convite aos leitores do Seu Dinheiro
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Trump quer brincar de heterodoxia com Powell — e o Fed que se cuide
Criticar o Fed não vai trazer parceiros à mesa de negociação nem restaurar a credibilidade que Trump, peça por peça, vem corroendo. Se há um plano em andamento, até agora, a execução tem sido tudo, menos coordenada.
Tony Volpon: EUA, novo mercado emergente
Não tenham dúvidas: chegamos todos na beira do abismo neste mês de abril. Por pouco não caímos.
Trump vai jogar a toalha?
Um novo temor começa a se espalhar pela Europa e a Casa Branca dá sinais de que a conversa de corredor pode ter fundamento
S&P 500 é oportunidade: dois motivos para investir em ações americanas de grande capitalização, segundo o BofA
Donald Trump adicionou riscos à tese de investimento nos EUA, porém, o Bank Of America considera que as grandes empresas americanas são fortes para resistir e crescer, enquanto os títulos públicos devem ficar cada vez mais voláteis
Acabou para a China? A previsão que coloca a segunda maior economia do mundo em alerta
Xi Jinping resolveu adotar uma postura de esperar para ver os efeitos das trocas de tarifas lideradas pelos EUA, mas o risco dessa abordagem é real, segundo Gavekal Dragonomics
Bitcoin (BTC) rompe os US$ 95 mil e fundos de criptomoedas têm a melhor semana do ano — mas a tempestade pode não ter passado
Dados da CoinShares mostram que produtos de investimento em criptoativos registraram entradas de US$ 3,4 bilhões na última semana, mas o mercado chega à esta segunda-feira (28) pressionado pela volatilidade e à espera de novos dados econômicos
Huawei planeja lançar novo processador de inteligência artificial para bater de frente com Nvidia (NVDC34)
Segundo o Wall Street Journal, a Huawei vai começar os testes do seu processador de inteligência artificial mais potente, o Ascend 910D, para substituir produtos de ponta da Nvidia no mercado chinês
Próximo de completar 100 dias de volta à Casa Branca, Trump tem um olho no conclave e outro na popularidade
Donald Trump se aproxima do centésimo dia de seu atual mandato como presidente com taxa de reprovação em alta e interesse na sucessão do papa Francisco
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Agenda econômica: Balanços, PIB, inflação e emprego estão no radar em semana cheia no Brasil e no exterior
Semana traz IGP-M, payroll, PIB norte-americano e Zona do Euro, além dos últimos balanços antes das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos de maio
Agenda intensa: semana tem balanços de gigantes, indicadores quentes e feriado
Agenda da semana tem Gerdau, Santander e outras gigantes abrindo temporada de balanços e dados do IGP-M no Brasil e do PIB nos EUA