🔴 +30 RECOMENDAÇÕES DE ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – VEJA AQUI

Carolina Gama

Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.

A CONTA GOTAS

Fed carrega na tinta da ata e pinta um quadro que o mercado não gostou; entenda

Wall Street seguiu operando em queda depois da divulgação do documento, que deixou em aberto os próximos passos que o banco central norte-americano pode adotar

Carolina Gama
17 de agosto de 2022
16:27
Jerome Powell detonando uma bomba contra a inflação
Imagem: Montagem Andrei Morais / Divulgação Federal Reserve / Papa-Léguas

Se fosse uma exposição, certamente o quadro que a ata do Federal Reserve (Fed) desta quarta-feira (17) pintou não passaria pela curadoria do mercado financeiro. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A paisagem retratada pelo documento mostra que o aperto monetário nos EUA não está nem perto de acabar e, mais grave, há agora um temor entre os membros do comitê de que o banco central norte-americano possa ter carregado nas tintas. 

A divulgação da ata não ajudou a mudar as cores das bolsas, que seguem no vermelho. Por volta de 16h20, o índice Dow Jones caía 0,57%, o S&P 500 recuava 0,78% e o Nasdaq, 1,23%. Leia também nossa cobertura completa de mercados.

Desde o início do ano, o Fed vem sinalizando que não medirá esforços para conter a inflação — que chegou ao maior nível em pelo menos 40 anos nos EUA. 

Diante do quadro dos preços altos, o presidente do BC norte-americano, Jerome Powell, não pensou duas vezes e sacou o pincel do aperto monetário. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em março de 2022, o Fed começou a elevar o juro com uma alta de 0,25 ponto percentual (pp) até chegar em duas elevações seguidas — junho e julho — de 0,75 pp cada, colocando a taxa básica na faixa atual de 2,25% a 2,50% ao ano. 

Leia Também

O Fed pesou na mão?

Desde que começou a ser mais agressivo no ritmo de aperto monetário, o Fed despertou entre os investidores o temor de que a economia norte-americana não aguentasse o tranco e entrasse em recessão. 

Em março, as ações precificavam uma probabilidade de 75% de recessão nos EUA. Em junho, essa chance caiu para 36% e agora está em 20%, de acordo com o Bank of America. 

E não foi à toa que essa probabilidade baixou a menos da metade. Em julho, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos EUA ficou estável na comparação com junho. Em 12 meses, o CPI subiu 8,5%, uma desaceleração em relação aos 9,1% de junho.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Com um mercado de trabalho criando 528 mil vagas no mês passado e uma taxa de desemprego a 3,5% com uma inflação zero no mesmo período, não só a chance de recessão baixou como muitos membros do comitê de política monetária começaram a temer as tintas carregadas do aperto monetário. 

Segundo a ata desta quarta-feira (17), existe o risco de o Fed apertar mais a política monetário do que o necessário para conter a inflação. 

“Muitos membros observaram que, tendo em vista a natureza em constante mudança do ambiente econômico e a existência de defasagens longas e variáveis ​​no efeito da política monetária sobre a economia, há o risco de que o Comitê possa apertar a política por mais do que o necessário para restaurar a estabilidade de preços”, diz a ata. 

Esses membros do Fed destacaram esse risco ao ressaltar a importância da abordagem dependente de dados para julgar o ritmo e a magnitude da consolidação de políticas nos próximos trimestres.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Temo, não nego, mas vou seguir apertando

Apesar de reconhecer a possibilidade de ter carregado nas tintas, tudo indica que o Fed não está convencido de que o ciclo de aperto monetário está chegando ao fim — como  BC brasileiro já indicou

A ata de hoje mostrou que os membros do comitê estão dispostos a reduzir o ritmo da alta, mas não colocar um freio nesse movimento. 

“Os participantes julgaram que, à medida que a postura da política monetária se tornasse mais restritiva, provavelmente seria apropriado em algum momento desacelerar o ritmo dos aumentos da taxa de juro enquanto avaliavam os efeitos dos ajustes cumulativos de política monetária sobre a atividade econômica e a inflação”, diz a ata.

E mais: o documento mostrou que uma vez que a taxa básica atingir um nível suficientemente restritivo, seria apropriado manter esse patamar por algum tempo para garantir que a inflação se mantenha no caminho de volta à meta de 2%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Veja também: A Selic não deveria subir mais

Temos o quadro que o mercado não quer ver

E, com essas tintas, a ata do Fed pintou um quadro que o mercado não quer ver: o Fed não vai recuar no aumento do juro ainda que corra o risco de ter exagerado na mão. 

Por isso, as ações de Wall Street seguiram operando em queda depois da divulgação da ata — com o Dow Jones caminhando para a primeira baixa depois de seis pregões no azul. 

A precificação de mercado é para um aumento de 0,50 pp na reunião de setembro, embora o Fed não tenha sinalizado o calibre da elevação, observando que a decisão será tomada mais perto do encontro e com bases em novos dados econômicos. 

A ata do Fed em análise

Assim como os especialistas em avaliar quadros, os analistas financeiros também disseram o que pensam sobre a ata de hoje. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Débora Nogueira, economista-chefe da Tenax Capital, diz que a  mensagem do documento foi na direção de cautela, depois de um ajuste importante do juro básico. 

“Seguem falando do risco de desancoragem das expectativas e da importância de trazer a inflação para a meta, mas a questão da atividade e o risco de aperto além do necessário está no radar”, afirmou Nogueira. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
CAIXA PAGA HOJE

Bolsa Família libera pagamento para NIS final 4 nesta segunda-feira (15); veja calendário

15 de dezembro de 2025 - 5:32

NIS final 4 recebe hoje a parcela antecipada; programa movimenta R$ 12,74 bilhões em dezembro

SOB PRESSÃO

Governo sobe o tom com a Enel e afirma que não vai tolerar falhas reiteradas e prolongadas

14 de dezembro de 2025 - 16:30

A pasta afirmou que, desde 2023, vem alertando formalmente a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) sobre problemas recorrentes na atuação da empresa

ENTRE OS TUBARÕES

Ele vendeu a empresa por US$ 1 bilhão para a Amazon e tem um conselho para quem quer empreender

14 de dezembro de 2025 - 14:35

Em abril deste ano, ele retornou à Amazon como vice-presidente de Produto da empresa que fundou

O PESO DO IMPOSTO

Carga tributária do Brasil atinge o maior patamar em mais de 20 anos em 2024, segundo a Receita Federal

14 de dezembro de 2025 - 12:33

De acordo com o levantamento, os tributos atingiram 32,2% do Produto Interno Bruto, com alta de 1,98 ponto percentual em relação a 2023

LOTERIAS DO SÁBADO

Mega-Sena acumula, e prêmio sobe para R$ 52 milhões, mas outra loteria rouba a cena

14 de dezembro de 2025 - 10:05

A Lotofácil foi a única loteria a ter ganhadores na categoria principal, porém não fez nenhum novo milionário

A SEMANA DA BOLSA

São Martinho (SMTO3) lidera os ganhos do Ibovespa, e Vamos (VAMO3) fica na lanterna; confira o sobe e desce das ações

13 de dezembro de 2025 - 17:47

O principal índice da B3 acumulou valorização de 2,16% nos últimos cinco pregões, se recuperando das perdas da semana anterior

QUEM VAI LEVAR O ESTÚDIO?

Por que os shoppings brasileiros devem se preocupar com a disputa entre Netflix e Paramount pela Warner

13 de dezembro de 2025 - 14:25

Representantes das redes brasileiras de cinema chegaram a criticar a venda da Warner para gigantes do streaming

APAGÃO APÓS VENDAVAL

Enel tem até 12 horas para restabelecer energia em SP, e Ricardo Nunes pede ajuda ao presidente Lula

13 de dezembro de 2025 - 12:27

Em caso de não cumprimento da decisão, a empresa será penalizada com uma multa de R$ 200 mil por hora

SOB INVESTIGAÇÃO

Daniel Vorcaro na CPI do INSS: Toffoli impede colegiado de acessar dados bancários e fiscais do dono do Banco Master

13 de dezembro de 2025 - 11:23

A CPI do INSS havia aprovado a quebra de sigilos e a convocação de Vorcaro para esclarecer a atuação do Banco Master com produtos financeiros

LOTERIAS

Mega-Sena sorteia R$ 44 milhões hoje, e Lotofácil 3561 faz um novo milionário; confira as loterias deste fim de semana

13 de dezembro de 2025 - 9:33

Embora a Mega-Sena seja o carro-chefe das loterias da Caixa, um outro sorteio rouba a cena hoje

QUALIDADE DE VIDA

Cidade que fica a apenas 103km de São Paulo é uma das melhores do Brasil para morar

12 de dezembro de 2025 - 12:20

A 103 km da capital paulista, Indaiatuba se destaca no Índice de Progresso Social por segurança, infraestrutura, serviços públicos e qualidade de vida acima da média

CORRIDA MILIONÁRIA

Mega-Sena 2951 vai a R$ 44 milhões, mas Timemania assume a liderança com R$ 65 milhões; Lotofácil garante sete novos milionários

12 de dezembro de 2025 - 10:21

Mega-Sena e Timemania concentram as maiores boladas da semana, em meio a um cenário de acúmulos que atinge Quina, Lotomania, Dupla Sena, Dia de Sorte, Super Sete e +Milionária  

NIS FINAL 3

Bolsa Família mantém calendário adiantado e paga parcela de dezembro para NIS final 3 nesta sexta (12)

12 de dezembro de 2025 - 5:43

Com liberação antes do Natal, beneficiários com NIS terminado em 3 recebem nesta sexta; valor médio segue em R$ 691,37 com reforço dos adicionais

ANO NOVO, TAXA NOVA

Bruno Serra, da Itaú Asset, diz que Selic cai em janeiro e conta o que precisa acontecer para os juros chegarem a um dígito

11 de dezembro de 2025 - 19:50

O cenário traçado pelo time do Itaú Janeiro prevê um corte inicial de 25 pontos-base (pb), seguido por reduções mais agressivas — de 75 pb ou mais — a partir de março

PERDER O SONO

Tarifas, conflitos geopolíticos, inflação: quais são as principais preocupações dos bilionários para 2026

11 de dezembro de 2025 - 15:59

O receio das tarifas — exacerbado pela política tarifária dos Estados Unidos sob o presidente Donald Trump — é o maior entre os respondentes da pesquisa

O PÓS-COPOM

David Beker, do Bank of America, mantém projeção otimista para os juros: corte de 0,50 p.p. em janeiro e Selic a 11,25% em 2026

11 de dezembro de 2025 - 13:07

Economista-chefe do BofA acredita que o Copom não precisa sinalizar no comunicado antes de fazer qualquer ajuste e mantém olhar otimista para a política monetária

CAIU AÍ?

Ficou sem luz? Veja quanto custa um gerador para sua casa

11 de dezembro de 2025 - 13:01

Com a falta de luz atingindo milhões, veja quanto custa investir em um gerador para manter sua casa funcionando durante apagões prolongados

APOIO AO EMPREENDEDOR

Governo lança pacote “MEI em Ação” com novo app unificado, assistente virtual com IA e capacitações

11 de dezembro de 2025 - 11:32

O app Meu MEI Digital passa a reunir os serviços do Portal do Empreendedor com atalhos para formalização, alteração de dados e emissão de NF-e

DAQUI POUCO MAIS DE 6 MESES

Como comprar ingressos para Copa do Mundo 2026: nova fase abre hoje

11 de dezembro de 2025 - 10:35

Fifa abre nova fase de vendas da Copa do Mundo 2026; veja como se inscrever, participar do sorteio e garantir ingressos para acompanhar os jogos nos EUA, México e Canadá

ÚLTIMO DO ANO

Selic se mantém em 15% ao ano e Copom joga balde de água fria nos mercados ao não sinalizar corte nos juros

10 de dezembro de 2025 - 19:07

O Copom não entregou a sinalização que o mercado esperava e manteve o tom duro do comunicado, indicando que os cortes na Selic podem demorar ainda

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar