Dólar digital está a caminho? Banco Central americano lança documento chave para avaliar a emissão de uma criptomoeda estatal
Após documento muito aguardado com visões do tema, Federal Reserve se prepara para receber feedback do público sobre os possíveis custos e benefícios de uma CBDC
Terra à vista! A história nos conta que, antes dos navios à vapor, os portugueses se lançavam ao mar com barcos à vela e, entediados de viagens longas, quando viam terra ao longe, exclamavam a frase com empolgação.
E é assim que o Federal Reserve (Fed) enxerga as moedas digitais: como uma terra à vista. No entanto, diferente dos portugueses, o capitão do banco central dos Estados Unidos se mostra mais cauteloso do que animado em desbravar esse mundo.
O tão aguardado documento do Fed sobre o assunto foi divulgado ontem, porém, não faz recomendações e tampouco oferece um sinal claro da posição da autoridade monetária sobre a possibilidade de lançar uma moeda digital do banco central (CBDC, em inglês), uma forma digital de dinheiro no bolso.
O artigo anda na ponta dos pés em torno de um assunto que provocou debate dentro dos principais escalões do Fed, mesmo quando bancos centrais em todo o mundo estão explorando a adoção de moedas digitais.
No entanto, prepara o cenário para o banco central coletar feedback do público sobre os possíveis custos e benefícios de uma CBDC, o que poderia, em última análise, avançar na legislação a longo prazo.
O que diz o documento do Fed
No documento, o Fed afirma que a criação de uma versão digital oficial do dólar poderia dar aos norte-americanos mais - e mais rápidas - opções de pagamento, mas também apresentaria riscos de estabilidade financeira e geraria preocupações com a privacidade.
Leia Também
As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG
“Embora um CBDC possa fornecer uma opção de pagamento digital segura para famílias e empresas à medida que o sistema de pagamentos continua a evoluir e pode resultar em opções de pagamento mais rápidas entre países, também pode haver desvantagens”, diz o Fed.
Os desafios incluem manter a estabilidade financeira e garantir que o dólar digital “complemente os meios de pagamento existentes”, segundo o Fed.
O banco central também precisa lidar com questões políticas importantes, como garantir que sua CBDC não viole a privacidade dos cidadãos ao mesmo tempo que o governo mantém sua “capacidade de combater o financiamento ilícito”.
Por isso, o Fed indicou que não prosseguiria com a criação de uma moeda digital própria "sem apoio claro do poder executivo e do Congresso, idealmente na forma de uma lei autorizativa específica".
Nem tudo é desafio no caminho do Fed
Alguns dos benefícios mais notados de uma CBDC são a velocidade de um sistema controlado pelo Fed no caso de uma necessidade como uma pandemia para obter pagamentos de estímulo às pessoas rapidamente.
A prestação de serviços financeiros aos não bancarizados também foi citada como um ativo, tendo em vista que não há necessidade de conta no banco para negociação de criptomoedas, apenas acesso à internet..
No entanto, o Fed já está desenvolvendo o que apresenta como um “serviço de pagamento e liquidação 24 horas por dia” chamado Fed Now, uma espécie de PIX, que deve entrar em operação em 2023.
“A introdução de uma CBDC representaria uma inovação altamente significativa no dinheiro norte-americano”, diz o relatório. “Assim, é essencial uma ampla consulta ao público em geral e às principais partes interessadas. Este artigo é o primeiro passo nessa conversa”.
O banco central coletará comentários sobre a questão por meio de um formulário on-line por 120 dias.
CBDC, uma terra que está sendo explorada
Ao contrário das criptomoedas, que normalmente são administradas por atores privados, uma CBDC seria emitida e apoiada pelo banco central. Ela difere das transações eletrônicas que acontecem por meio de grandes bancos comerciais, pois poderia dar aos consumidores um acesso direto ao banco central, semelhante ao dinheiro físico.
De acordo com o Atlantic Council, cerca de 90 países estão explorando ou lançando suas próprias CBDCs. Um euro, yuan ou dólar digital amplamente usado ainda pode demorar anos, mas os projetos podem perturbar drasticamente o sistema financeiro global.
Os defensores do dólar digital temem que o atraso do Fed na implementação de uma moeda do banco central o coloque atrás de concorrentes globais, especificamente a China, que já avançou com sua própria CBDC.
Dólar digital divide membros do Fed
O documento divulgado ontem ecoou parcialmente as opiniões do presidente do Fed, Jerome Powell, que disse que tal projeto deve ter amplo apoio e, idealmente, ser mandatado pelo Congresso.
Enquanto isso, uma das diretoras do Fed, Lael Brainard, disse que não é sustentável que os Estados Unidos adiem a busca por um dólar digital no momento em que as economias concorrentes estão avançando.
Outros, incluindo o governador do Fed, Christopher Waller, são mais céticos e apontam que muitas transações em dólares já são digitais.
Ibovespa dispara 6% em novembro e se encaminha para fechar o ano com retorno 10% maior do que a melhor renda fixa
Novos recordes de preço foram registrados no mês, com as ações brasileiras na mira dos investidores estrangeiros
Ibovespa dispara para novo recorde e tem o melhor desempenho desde agosto de 2024; dólar cai a R$ 5,3348
Petrobras, Itaú, Vale e a política monetária ditaram o ritmo dos negócios por aqui; lá fora, as bolsas subiram na volta do feriado nos EUA
Ações de Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) saltam no Ibovespa com megaoperação contra fraudes em combustíveis
Analistas avaliam que distribuidoras de combustíveis podem se beneficiar com o fim da informalidade no setor
Brasil dispara na frente: Morgan Stanley vê só dois emergentes com fôlego em 2026 — saiba qual outro país conquistou os analistas
Entenda por que esses dois emergentes se destacam na corrida global e onde estão as maiores oportunidades de investimentos globais em 2026
FII Pátria Log (HGLG11) abocanha cinco galpões, com inquilinos como O Boticário e Track & Field, e engorda receita mensal
Segundo o fundo, os ativos adquiridos contam com características que podem favorecer a valorização futura
Bolsa nas alturas: Ibovespa fecha acima dos 158 mil pontos em novo recorde; dólar cai a R$ 5,3346
As bolsas nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia também encerraram a sessão desta quarta-feira (26) com ganhos; confira o que mexeu com os mercados
Hora de voltar para o Ibovespa? Estas ações estão ‘baratas’ e merecem sua atenção
No Touros e Ursos desta semana, a gestora da Fator Administração de Recursos, Isabel Lemos, apontou o caminho das pedras para quem quer dar uma chance para as empresas brasileiras listadas em bolsa
Vale (VALE3) patrocina alta do Ibovespa junto com expectativa de corte na Selic; dólar cai a R$ 5,3767
Os índices de Wall Street estenderam os ganhos da véspera, com os investidores atentos às declarações de dirigentes do Fed, em busca de pistas sobre a trajetória dos juros
Ibovespa avança e Nasdaq tem o melhor desempenho diário desde maio; saiba o que mexeu com a bolsa hoje
Entre as companhias listadas no Ibovespa, as ações cíclicas puxaram o tom positivo, em meio a forte queda da curva de juros brasileira
Maiores altas e maiores quedas do Ibovespa: mesmo com tombo de mais de 7% na sexta, CVC (CVCB3) teve um dos maiores ganhos da semana
Cogna liderou as maiores altas do índice, enquanto MBRF liderou as maiores quedas; veja o ranking completo e o balanço da bolsa na semana
JBS (JBSS3), Carrefour (CRFB3), dona do BK (ZAMP3): As empresas que já deixaram a bolsa de valores brasileira neste ano, e quais podem seguir o mesmo caminho
Além das compras feitas por empresas fechadas, recompras de ações e idas para o exterior também tiraram papéis da B3 nos últimos anos
A nova empresa de US$ 1 trilhão não tem nada a ver com IA: o segredo é um “Ozempic turbinado”
Com vendas explosivas de Mounjaro e Zepbound, Eli Lilly se torna a primeira empresa de saúde a valer US$ 1 trilhão
Maior queda do Ibovespa: por que as ações da CVC (CVCB3) caem mais de 7% na B3 — e como um dado dos EUA desencadeou isso
A combinação de dólar forte, dúvida sobre o corte de juros nos EUA e avanço dos juros futuros intensifica a pressão sobre companhia no pregão
Nem retirada das tarifas salva: Ibovespa recua e volta aos 154 mil pontos nesta sexta (21), com temor sobre juros nos EUA
Índice se ajusta à baixa dos índices de ações dos EUA durante o feriado e responde também à queda do petróleo no mercado internacional; entenda o que afeta a bolsa brasileira hoje
O erro de R$ 1,1 bilhão do Grupo Mateus (GMAT3) que custou o dobro para a varejista na bolsa de valores
A correção de mais de R$ 1,1 bilhão nos estoques expôs fragilidades antigas nos controles do Grupo Mateus, derrubou o valor de mercado da companhia e reacendeu dúvidas sobre a qualidade das informações contábeis da varejista
Debandada da B3: quando a onda de saída de empresas da bolsa de valores brasileira vai acabar?
Com OPAs e programas de recompras de ações, o número de empresas e papéis disponíveis na B3 diminuiu muito no último ano. Veja o que leva as empresas a saírem da bolsa, quando esse movimento deve acabar e quais os riscos para o investidor
Medo se espalha por Wall Street depois do relatório de emprego dos EUA e nem a “toda-poderosa” Nvidia conseguiu impedir
A criação de postos de trabalho nos EUA veio bem acima do esperado pelo mercado, o que reduz chances de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro; bolsas saem de alta generalizada para queda em uníssono
Depois do hiato causado pelo shutdown, Payroll de setembro vem acima das expectativas e reduz chances de corte de juros em dezembro
Os Estados Unidos (EUA) criaram 119 mil vagas de emprego em setembro, segundo o relatório de payroll divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Departamento do Trabalho
Sem medo de bolha? Nvidia (NVDC34) avança 5% e puxa Wall Street junto após resultados fortes — mas ainda há o que temer
Em pleno feriado da Consciência Negra, as bolsas lá fora vão de vento em poupa após a divulgação dos resultados da Nvidia no terceiro trimestre de 2025
Com R$ 480 milhões em CDBs do Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai 24% na semana, apesar do aumento de capital bilionário
A companhia vive dias agitados na bolsa de valores, com reação ao balanço do terceiro trimestre, liquidação do Banco Master e aprovação da homologação do aumento de capital