Se você faz parte dos mais de 28 milhões de brasileiros que descobriu possuir algum dinheiro ‘esquecido’ em bancos, chegou a hora de saber quanto somam os valores e, finalmente, resgatá-los.
Como foram identificados R$ 4 bilhões a serem pagos para aproximadamente a 26 milhões de CPFs e 2 milhões de CNPJs, as datas para consulta e saque do dinheiro foram divididas em três fases.
Os períodos dependem única e exclusivamente do ano em que você nasceu, no caso da pessoa física, ou criou a sua empresa, para a pessoa jurídica.
As três fases do calendário
Para aqueles nascidos antes de 1968, o dinheiro já pode ser resgatado a partir da próxima segunda-feira (07) — e terá quatro dias para ser sacado, podendo ser retirado até a sexta-feira (11).
O pessoal (e as empresas) mais jovem, porém, ainda vai ter que esperar um pouco mais para receber os valores esquecidos.
Os nascidos entre 1968 e 1983 poderão consultar e resgatar o dinheiro entre os dias 14 e 18 de março.
Já aqueles que nasceram depois de 1983 terão a penúltima semana deste mês para checar quanto têm a receber e enfim sacar o dinheiro, com intervalo estabelecido entre 21 e 25 de março para realizar as operações.
“E se eu perder o prazo?”
Calma que não é somente uma chance para retirar o dinheiro esquecido. Caso você perca os prazos iniciais de resgate, ainda terá chance de entrar para a repescagem e sacar os valores.
Para os nascidos antes de 1968, a repescagem ocorre em 12 de março, enquanto para os que nasceram entre 1968 e 1983 e depois de 1983, nos dias 19 e 26 do mesmo mês, respectivamente.
Mas, se você também perder seu sábado de repescagem, poderá consultar e/ou solicitar o resgate do saldo existente a partir de 28 de março.
E, se mesmo assim o usuário não solicitar a retirada do dinheiro durante todo esse período, os valores continuarão guardados.
Como conferir se existe ‘dinheiro esquecido’
Para descobrir se você tem algum dinheiro esquecido a receber, basta consultar a plataforma do banco central Sistema Valores a Receber (SVR) no endereço valoresareceber.bcb.gov.br.
Ou seja, para dar andamento no processo, é preciso que o usuário esteja cadastrado na plataforma gov.br, do governo federal.
Caso esteja tudo certo, para realizar o login no SVR, é necessário informar o CPF ou o CNPJ e a data de nascimento da pessoa ou a de abertura da empresa.
Mas, se não estiver apto agora, o usuário poderá tentar novamente a partir de 2 de maio, quando uma nova fase será aberta na plataforma, incluindo mais "saldos esquecidos".
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Como resgatar o dinheiro
Agora que você já sabe se possui algum valor para receber, chegou a hora de resgatar esse dinheiro. Para isso, você deve acessar o Sistema Valores a Receber (SVR) e fazer o login com sua conta gov.br, do mesmo modo que fez para consultar se tinha dinheiro esquecido antes.
Em seguida, é preciso ler e aceitar o Termo de Responsabilidade para chegar à etapa de consulta. Agora, você pode checar:
- o valor a receber;
- a instituição que deve devolver o valor;
- a origem do valor a receber; e
- as informações adicionais.
Agora, o sistema do Banco Central possui duas opções para a retirada dos valores.
A primeira é " Solicitar por aqui ", em que a instituição oferece a devolução do valor através de Pix em um prazo de até 12 dias úteis.
Para isso, basta escolher qual chaves Pix você deseja utilizar, informar os dados pessoais e guardar o número de protocolo fornecido na operação, para o caso de precisar entrar em contato com a instituição.
Caso apareça “Solicitar via instituição", significa que a instituição não oferece a opção de devolução via Pix em até 12 dias úteis.
Por isso, você deve entrar em contato pelo telefone ou e-mail informados para definir com a própria instituição como será devolvido esse valor.
Cuidado com golpes
Assim que lançado, o sistema do Banco Central para consulta do dinheiro esquecido, o SVR, já se viu envolto por golpes.
Os golpistas estão aproveitando o momento para conseguir dinheiro e, agora que os saques vão começar, as fraudes podem aumentar ainda mais. Por isso, é importante que você saiba como desviar das farsas. Confira todas as dicas do Banco Central para evitar golpes financeiros.
Fraudes no WhatsApp
Além de sites falsos, os cibercriminosos também utilizam o WhatsApp para enganar as pessoas que estão em busca do dinheiro esquecido nos bancos.
Uma forma de fraude pede que a vítima repasse uma mensagem a 10 contatos de sua rede no aplicativo.
No momento em que compartilha a mensagem, o usuário é encaminhado para sites falsos que sempre indicam que existe um valor entre R$ 1 mil e R$ 4 mil "esquecido" em seu nome.
O site também solicita que a vítima registre o nome completo, CPF e sua chave Pix com a promessa de saque instantâneo do dinheiro.
O que diz o Banco Central
O Banco Central avisa: a instituição não pode solicitar que o cidadão informe seus dados pessoais ou sua senha de acesso para resgate dos valores no SVR.
Além disso, o BC não envia links nem entra em contato com o cidadão para tratar sobre valores a receber ou para confirmar seus dados pessoais.