Bitcoin (BTC) sobrevive à tempestade de alta de juros nos EUA, na Europa e no Brasil, à crise na Celsius e ao recorde de resgates
Diante de tanta apreensão, os investidores ainda esperam para ver por quanto tempo o bitcoin consegue se manter sob o guarda-chuva dos US$ 20 mil

O bitcoin (BTC) sobreviveu a uma tempestade que se abateu sobre o mercado de criptomoedas — e sobre os ativos de risco em geral.
Aumento de juros nos EUA, na Europa e no Brasil, crise na plataforma Celsius e a maior realização de prejuízo da história do BTC marcaram a semana dos ativos digitais.
Diante de tanta apreensão, os investidores ainda esperam para ver por quanto tempo o bitcoin consegue se manter sob o guarda-chuva dos US$ 20 mil.
Confira como o bitcoin e as demais criptomoedas caminham para fechar a semana. Vale lembrar que o mercado continua com as negociações durante o fim de semana, apesar da falta de liquidez:
Nome | Preço | 24h % | 7d % |
---|---|---|---|
Bitcoin (BTC) | US$ 20.667,07 | -2,96% | -28,77% |
Ethereum (ETH) | US$ 1.082,12 | -3,84% | -35,68% |
Tether (USDT) | US$ 0,9989 | -0,01% | -0,04% |
USD Coin (USDC) | US$ 1,00 | -0,03% | -0,01% |
BNB (BNB) | US$ 215,43 | -1,25% | -24,59% |
Binance USD (BUSD) | US$ 1,00 | -0,04% | +0,14% |
Cardano (ADA) | US$ 0,4872 | -2,84% | -15,59% |
XRP (XRP) | US$ 0,3199 | +0,41% | -16,18% |
Solana (SOL) | US$ 31,52 | -2,65% | -15,09% |
Dogecoin (DOGE) | US$ 0,05661 | -3,65% | -24,66% |
Chuvas e trovoadas na semana do bitcoin (BTC)
A primeira trovoada sobre mercado de criptomoedas veio na sexta-feira passada (10).
A divulgação do índice de preços ao consumidor norte-americano de maio — uma alta de 1% em base mensal e de 8,6% em termos anuais — já mostrava um céu ainda mais fechado para os ativos de risco, como o bitcoin (BTC).
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As nuvens carregadas pelo maior patamar de inflação nos EUA em 40 anos trouxeram a tempestade que a previsão do tempo dos investidores indicava.
Na quarta-feira (15), o Federal Reserve (Fed) elevou a taxa de juros em 0,75 ponto porcentual (pp) — o maior aumento desde 1994 — na tentativa de conter o furacão dos preços altos.
No dia da decisão, os mercados de ações e de cripto gostaram do que ouviram do presidente do Fed, Jerome Powell.
Em coletiva, ele fixou um teto para a próxima alta de juros — de 0,50 pp a 0,75 pp — afastando, pelo menos por enquanto, um aumento ainda maior, de 1 pp.
O sol sobre os ativos de risco durou pouco e, na quinta-feira (16), as ações e o bitcoin (BTC) tiveram forte queda, influenciados pela decisão do Fed do dia anterior.
E não foi só isso: as criptomoedas ainda tiveram que lidar com a reunião emergencial do Banco Central Europeu (BCE) e com a alta de juros no Brasil, no Reino Unido e na Suíça — um sinal de que as condições dos mercados ficarão mais apertadas, com pouca liquidez.
Bitcoin (BTC) ainda enfrentou a Celsius
Celsius não é o nome de uma tempestade tropical ou de um furacão, mas bem que poderia ser.
O bitcoin (BTC) e o mercado de criptomoedas em geral também teve que enfrentar nesta semana a crise na plataforma de staking — uma espécie de dividendos em criptomoedas.
A Celsius anunciou no domingo (12) a suspensão de saques e transferências por tempo indeterminado.
A plataforma Celsius funciona como uma rede que facilita as operações de DeFis. Além do staking, o aplicativo também permite o empréstimo (lending) de criptomoedas com garantia em outras moedas digitais.
A queda recente do mercado fez alguns protocolos menores desaparecerem — como foi o caso da Terra (LUNA), mas em uma escala reduzida.
A saída de investidores devido às perdas recentes das criptomoedas, somado a esses sumiços, contribuiu para uma perda de liquidez da plataforma Celsius. Assim, ela travou os saques e as negociações dos investidores.
Ainda teve o recorde de resgates
A maior alta de juros nos Estados Unidos em 28 anos e outras elevações de juros que vieram depois aumentaram ainda mais a aversão ao risco dos investidores e agravaram o mau tempo no mercado cripto — que vem sofrendo uma forte crise de confiança desde o fim do projeto Luna.
O pânico é tanto que o início da semana ficou marcado pela maior realização de prejuízo da história do bitcoin.
Segundo dados da plataforma Glassnode, foram US$ 4,2 bilhões resgatados em todo o mundo por investidores que preferiram perder dinheiro a ver os números no vermelho.
E como fica o tempo para o BTC na próxima semana?
A chance de sol sempre existe, embora seja pequena. O mais garantido no momento é sair com um guarda-chuva para se proteger do que pode vir por aí nos próximos dias.
Prova disso é que o popular analista Venturefounder já trabalha com o bitcoin (BTC) no piso de US$ 14.000 — uma baixa de 80% em relação à máxima histórica, de US$ 69.000.
Confira os destaques da agenda da próxima semana que podem mexer com as criptomoedas:
Na Brasil:
- Terça-feira (21): ata da última reunião do Banco Central, que poderá trazer novas informações sobre as próximas decisões e o ponto terminal da Selic.
- Sexta-feira (24): IPCA-15 de junho, que deve registrar alta de 0,73%, com núcleos ainda pressionados.
No exterior:
- Quarta-feira (22): presidente do Fed, Jerome Powel,l fala no Senado dos EUA
- Quinta-feira (23): leituras do índice de gerentes de compra (PMI, uma medida da saúde do setor) industrial de junho da zona do euro, do Reino Unido e dos EUA.
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