Fed aumenta dose do remédio, Natura (NTCO3) troca mais um executivo e e a nova queda do bitcoin; confira os destaques desta sexta-feira

Apesar do dia ter começado com a notícia de que o Banco Central Europeu (BCE) havia convocado uma reunião extraordinária, os eventos desta Super Quarta transcorreram como o projetado pela maior parte do mercado.
Há pouco, o Banco Central brasileiro anunciou uma elevação de 0,50 ponto porcentual (pp) na taxa básica de juros, colocando a Selic em 13,25% ao ano. Mais cedo, o Federal Reserve fez um movimento raro para o BC americano, com uma alta de 0,75 pp.
Para os padrões do Fed, o movimento pode ser considerado uma dose cavalar de remédio contra a inflação, mas, ao que tudo indica, a instituição preferiu causar um desconforto grande agora para evitar medidas mais drásticas no futuro. Digamos que foi apenas uma “picadinha”.
Mas não existe nada escrito em pedra. O Fed seguirá acompanhando os indicadores de inflação de perto e reagindo a eles — incluindo o CPI, que não é o dado preferido do banco central americano na condução da política monetária.
Aplicando um remédio mais forte diretamente na veia da inflação — estrangulando o consumo —, o Federal Reserve pretende ancorar as expectativas do mercado para a elevação dos preços na meta de 2%, mesmo sabendo que uma dose desse tamanho é incomum na terra do Tio Sam e pode provocar efeitos indesejados.
O mercado financeiro teme que a economia americana, que mostra sinais vacilantes, acabe entrando em recessão, já que a guerra na Ucrânia e o cenário de incerteza na China pesam sobre a atividade. Powell admite que pode ser que a taxa de juros caminhe para o campo restritivo.
Leia Também
Por ora, o temor dos efeitos colaterais ficou contido entre os investidores. O chefe do Fed indicou que o próximo ajuste deve ficar na faixa de 0,50 pp a 0,75 pp, o que elimina a chance de uma elevação de 1 pp e deixa em aberto um piso para a alta dos juros.
Depois de muitos dias difíceis, Wall Street celebrou. O Nasdaq subiu 2,50%, o S&P 500 avançou 1,46% e o Dow Jones registrou alta de 1%.
A bolsa brasileira também comprou o otimismo visto em Nova York e o Ibovespa terminou o dia em alta de 0,73%, aos 102.806 pontos, encerrando uma sequência de oito quedas consecutivas.
O dólar à vista devolveu boa parte dos ganhos da semana e fechou a sessão em queda de 2,11%, aos R$ 5,0260.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta quarta-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
Confira outras notícias que mexem com o seu dinheiro
RENDA FIXA EM CRIPTO?
O que é ‘staking’, o método que te paga para emprestar criptomoedas — e por que ele é o responsável pela queda do bitcoin (BTC) hoje. O modelo está ameaçado depois que a Celsius suspendeu as negociações na plataforma? A resposta, definitivamente, é não.
DANÇA DAS CADEIRAS
Natura (NTCO3) troca comando e anuncia Fábio Barbosa como CEO; ações reagem em alta na B3. O experiente executivo assume a liderança do grupo pouco mais de um mês após a revelação de que a empresa promoveu encontros privados com analistas de mercado às vésperas da divulgação do balanço.
TER OU NÃO TER
Iguatemi (IGTI11) tem aumento nas vendas e no aluguel dos shoppings, mas ações seguem com desconto na B3. Hora de comprar? BTG Pactual e Credit Suisse respondem a essa pergunta após analisarem os indicadores operacionais da empresa entre abril e maio.
PÓDIO DOS DOWNLOADS
Recuperação do Magazine Luiza (MGLU3)?Shopee lidera apps mais baixados, mas Magalu retoma fôlego . As boas notícias, no entanto, ficam restritas ao mundo digital, já que Luiza Trajano, presidente do conselho administrativo da varejista, saiu da lista de bilionários da Forbes sob efeito das perdas acumuladas das ações da empresa no ano.
A CULPA É DA INFLAÇÃO?
Brasil perde duas posições em ranking de competitividade, mas pode recuperar terreno com 5 medidas. O país voltou a ficar na zona de rebaixamento ao ocupar o 59º lugar entre 63 nações.
A temporada de balanços já começa quente: confira o calendário completo e tudo que mexe com os mercados hoje
Liberamos o cronograma completo dos balanços do terceiro trimestre, que começam a ser divulgados nesta semana
CNH sem autoescola, CDBs do Banco Master e loteria +Milionária: confira as mais lidas do Seu Dinheiro na semana
Matérias sobre o fechamento de capital da Gol e a opinião do ex-BC Arminio Fraga sobre os investimentos isentos de IR também integram a lista das mais lidas
Como nasceu a ideia de R$ 60 milhões que mudou a história do Seu Dinheiro — e quais as próximas apostas
Em 2016, quando o Seu Dinheiro ainda nem existia, vi um gráfico em uma palestra que mudou minha carreira e a história do SD
A Eletrobras se livrou de uma… os benefícios da venda da Eletronuclear, os temores de crise de crédito nos EUA e mais
O colunista Ruy Hungria está otimista com Eletrobras; mercados internacionais operam no vermelho após fraudes reveladas por bancos regionais dos EUA. Veja o que mexe com seu bolso hoje
Venda da Eletronuclear é motivo de alegria — e mais dividendos — para os acionistas da Eletrobras (ELET6)
Em um único movimento a companhia liberou bilhões para investir em outros segmentos que têm se mostrado bem mais rentáveis e menos problemáticos, além de melhorar o potencial de pagamento de dividendos neste e nos próximos anos
Projeto aprovado na Câmara permite divórcio após a morte de um dos cônjuges, com mudança na divisão da herança
Processos iniciados antes do falecimento poderão ter prosseguimento a pedido dos herdeiros, deixando cônjuge sobrevivente de fora da herança
A solidez de um tiozão de Olympikus: a estratégia vencedora da Vulcabras (VULC3) e o que mexe com os mercados hoje
Conversamos com o CFO da Vulcabras, dona das marcas Olympikus e Mizuno, que se tornou uma queridinha entre analistas e gestores e paga dividendos mensais
Rodolfo Amstalden: O que o Nobel nos ensina sobre decisões de capex?
Bebendo do alicerce teórico de Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt se destacaram por estudar o papel das inovações tecnológicas nas economias modernas
A fome de aquisições de um FII que superou a crise da Americanas e tudo que mexe com o seu bolso nesta quarta (15)
A história e a estratégia de expansão do GGRC11, prestes a se tornar um dos cinco maiores FIIs da bolsa, são os destaques do dia; nos mercados, atenção para a guerra comercial, o Livro Bege e balanços nos EUA
Um atalho para a bolsa: os riscos dos IPOs reversos, da imprevisibilidade de Trump e do que mexe com o seu bolso hoje
Reportagem especial explora o caminho encontrado por algumas empresas para chegarem à bolsa com a janela de IPOs fechada; colunista Matheus Spiess explora o que está em jogo com a nova tarifa à China anunciada por Trump
100% de tarifa, 0% de previsibilidade: Trump reacende risco global com novo round da guerra comercial com a China
O republicano voltou a impor tarifas de 100% aos produtos chineses. A decisão foi uma resposta direta ao endurecimento da postura de Pequim
Felipe Miranda: Perdidos no espaço-tempo
Toda a Ordem Mundial dos últimos anos dá lugar a uma nova orientação, ao menos, por enquanto, marcada pela Desordem
Abuse, use e invista: C&A queridinha dos analistas e Trump de volta ao morde-assopra com a China; o que mexe com o mercado hoje?
Reportagem especial do Seu Dinheiro aborda disparada da varejista na bolsa. Confira ainda a agenda da semana e a mais nova guerra tarifária do presidente norte-americano
ThIAgo e eu: uma conversa sobre IA, autenticidade e o futuro do trabalho
Uma colab entre mim e a inteligência artificial para refletir sobre três temas quentes de carreira — coffee badging, micro-shifting e as demissões por falta de produtividade no home office
A pequena notável que nos conecta, e o que mexe com os mercados nesta sexta-feira (10)
No Brasil, investidores avaliam embate após a queda da MP 1.303 e anúncio de novos recursos para a construção civil; nos EUA, todos de olho nos índices de inflação
Esta ação subiu mais de 50% em menos de um mês – e tem espaço para ir bem mais longe
Por que a aquisição da Desktop (DESK3) pela Claro faz sentido para a compradora e até onde pode ir a Microcap
Menos leão no IR e mais peru no Natal, e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (9)
No cenário local, investidores aguardam inflação de setembro e repercutem derrota do governo no Congresso; nos EUA, foco no discurso de Powell
Rodolfo Amstalden: No news is bad news
Apuração da Bloomberg diz que os financistas globais têm reclamado de outubro principalmente por sua ausência de notícias
Pão de queijo, doce de leite e… privatização, e o que mexe com os mercados nesta quarta-feira (8)
No Brasil, investidores de olho na votação da MP do IOF na Câmara e no Senado; no exterior, ata do Fomc e shutdown nos EUA
O declínio do império americano — e do dólar — vem aí? Saiba também o que mexe com os mercados hoje
No cenário nacional, investidores repercutem ligação entre Lula e Trump; no exterior, mudanças políticas na França e no Japão, além de discursos de dirigentes do Fed