Onde investir durante o apocalipse? Conheça a nova reserva de valor da Faria Lima
Haja pandemia, haja guerra, haja eleições em outubro. A tendência é o bitcoin se comportar menos como um ativo de risco e mais como uma reserva de valor

A correlação entre a potência das impressoras dos bancos centrais e a perda do poder de compra da população é um dogma da economia.
Quanto maior o exagero de um banco central na quantidade de dinheiro em circulação, tanto pior será a inflação com a qual sua moeda sofre.
Esse dogma enfrentou um desafio que durou anos, principalmente no mundo desenvolvido.
Razões para o não-apocalipse
Depois da crise econômica de 2008, Fed e BCE (os bancos centrais americano e europeu) adotaram uma política expansionista, mas não se observou o apocalipse monetário correspondente.
Isso aconteceu por três razões que, em alguma medida, anularam alguns efeitos da impressora:
- Demográfica: o envelhecimento da população afeta força de trabalho e crescimento
- Tecnológica: a tecnologia nos torna mais produtivos
- Globalização: as cadeias produtivas ficaram mais eficientes
Pandemia e doutrina de caráter indiscutível
Então veio a pandemia e o dogma provou que faz jus a sua definição de “doutrina de caráter indiscutível”.
Com as cadeias produtivas abaladas pelos fechamentos impostos pelas autoridades, os equilíbrios entre ofertas e demandas mudaram.
Enquanto isso, os bancos centrais que haviam conseguido um improvável conforto expansionista, aumentaram o ritmo da impressora.
Impactos da guerra na economia
Como se uma pandemia fosse pouco, veio a invasão da Ucrânia pela Rússia, em um conflito que envolve dois dos maiores produtores de petróleo do mundo e uma potência energética.
De um lado, estímulos. De outro, várias e duradouras restrições de oferta. O resultado é que agora estamos todos encarando o dragão da inflação de novo (essa dinâmica foi magistralmente explicada pelo Rodrigo Azevedo, da Ibiuna, no episódio do Market Makers desta semana. Clique aqui e veja).
Bom, mas e meu bolso com isso?
Em um contexto como esse, o investidor tem três alternativas. A primeira delas é dar seu dinheiro a um gestor como o Rodrigo Azevedo, cujo fundo Ibiuna Hedge STH, que está aberto para captação.
A segunda é se proteger do Banco Central emprestando dinheiro para o governo, com um título indexado ao IPCA.
A terceira é um pouco mais disruptiva e exige mais estômago: bitcoin. Sim, eu sei que o bitcoin caiu de quase US$ 65 mil para US$ 19 mil em menos de um ano, mas essa proteção reside na lógica do bitcoin, que não permite mudança em sua política monetária.
A Faria Lima e o bitcoin como reserva de valor
O bitcoin foi construído de modo a ser minerado até a quantidade máxima de 21 milhões de moedas, em ritmo decrescente de geração.
Haja pandemia, haja guerra, haja eleições em outubro. Conforme o mercado financeiro for entendendo isso, como já está acontecendo, a tendência é o bitcoin se comportar menos como um ativo de risco e mais como uma reserva de valor justamente porque lá não existe um banqueiro central. É tudo no código.
Como o episódio dessa semana do Criptoverso mostra, a Faria Lima já está entendendo isso (clique aqui para assistir). Entendo que essa não é uma tese trivial e que está sujeita a riscos, principalmente regulatórios.
Não me resta dúvida, no entanto, de que completamente os criptoativos hoje é teimosia. Basta ver o que os bancos centrais estão fazendo.
Abraços,
Renato Santiago
Não deixe a próxima Amazon passar: Entenda por que não basta analisar apenas o lucro de uma empresa
O caso da Amazon é emblemático e mostra que aquele que apenas olhou para o lucro e o P/L como estimativa de valor certamente deixou a oportunidade passar
IRB Brasil (IRBR3): Será que Luiz Barsi perdeu a mão nos investimentos?
Quando investidores que não sabem o que estão fazendo copiam operações de um investidor de sucesso e veem seu patrimônio encolher, a tendência é ceder ao pânico e vender tudo
Não compre uma ação só porque ela está barata! Descubra 10 atributos de uma empresa de qualidade
Comprar uma ação simplesmente porque ela está barata é um argumento tão frágil quanto deixar de comprar uma empresa porque ela está “cara”; entenda
Precisamos falar sobre indicadores antecedentes: Saiba como analisar os índices antes de investir
Com o avanço da tecnologia, cada vez mais fundos de investimentos estão utilizando esses indicadores em seus modelos — e talvez a correlação esteja caindo
Entenda por que você não deve acompanhar só quem possui teses de investimento iguais às suas
Parte fundamental do estudo de uma ação é entender não só a cabeça de quem tem uma tese que vá em linha com a sua, mas também a de quem pensa o contrário
O efeito Dunning-Kruger no mercado financeiro
Quando comecei a investir no mercado financeiro, vivi o efeito Dunning-Kruger até entender que as coisas não eram tão simples e óbvias como pareciam
Chegou a hora de ser ganancioso: Saiba por que você deve aproveitar para comprar ações agora
O medo de perder dinheiro e a ganância são forças que guiam a maior parte das decisões de investimento, e é preciso disciplina para não cair na narrativa dos que ganham dinheiro vendendo o caos em tempos difíceis
Quer vender um fundo? Confira dicas e novidades úteis para investimentos nesta indústria
Testarei um formato de “Colunista dos Fundos”, trazendo algumas novidades úteis (para mim, pelo menos) sobre a indústria de fundos, só que contadas quase como pílulas
O dilema da empresa XYZ: Entenda como o Magazine Luiza e a Via competem com novos concorrentes no e-commerce
Barreiras de entrada são a força competitiva mais importante em um negócio. Na busca pela criação de barreiras, empresas como Magazine Luiza, Via Varejo, Americanas e Mercado Livre têm acirrado a disputa no setor
Mercado de DeFis caiu mais do que as criptomoedas, mas este especialista vê oportunidade de mais de US$ 15 trilhões daqui para frente; entenda
As DeFis chegaram para abalar o universo digital e chegaram a animar bancos centenários como o Société Générale
Os princípios: Conheça Ray Dalio, gestor do maior hedge fund do mundo, e seu manual para conseguir o que deseja na vida
O livro Princípios se propõe a ser um manual sobre vida e trabalho que Dalio resolveu escrever contendo seus critérios de tomada de decisão que colecionou ao longo da sua vida
Precisamos falar de múltiplo: Saiba como identificar se uma ação está barata na bolsa
Existem três formas de ganhar dinheiro com ações. Uma delas é com o crescimento do lucro por ação. Mas é preciso interpretar corretamente o múltiplo Preço/Lucro (P/L) de uma empresa
Como você monta a sua carteira de investimentos? Confira formas para escolher ações com bom retorno
O retorno de uma ação pode vir de três formas: recebimento de dividendos, crescimento do lucro por ação e expansão de múltiplos
Brasil vive situação esquizofrênica na economia e incerteza não vai se dissipar até eleições, diz Rodrigo Azevedo, da Ibiuna
Sócio da Ibiuna Investimentos e ex-diretor do Banco Central, Rodrigo Azevedo participou do episódio #05 do Market Makers
Vai investir em criptomoedas? Veja duas pílulas de criptoconhecimento antes de começar
Com passagens no no Fed de Nova York e no FMI, o economista brasileiro Ilan Solot é sócio da Tagus Capital e traz dicas para analisar o mercado de ativos digitais
Marshmallows e ações: vale a pena esperar
Não faltam frases ou lições sobre a importância da paciência para acumular patrimônio. Mas você realmente já parou para refletir sobre isso?
Tudo o que você e os “faria limers” querem saber sobre o bitcoin (BTC): por que o mercado de criptomoedas parece tão atraente?
O primeiro episódio de Criptoverso, a série especial do podcast Market Makers, conta com entrevistas de Alexandre Ludolf, da QR, e Felipe Sant’Anna, da Paradigma Education
Precisamos (e queremos) falar sobre cripto
O mercado cripto se tornou grande demais para ser ignorado por Wall Street, pela Faria Lima e também por nós