A bolsa de Nova York passou por uma verdadeira montanha-russa nesta quarta-feira (16), com os investidores avaliando os próximos passos do Federal Reserve (Fed), enquanto mantinham um olhar atento ao acúmulo militar da Rússia perto da Ucrânia.
Depois de cair mais de 300 pontos na mínima do dia, o Dow Jones fechou com baixa de 0,15%, aos 34.936,54 pontos. Já o S&P 500 subiu 0,09%, aos 4.475,10 pontos, enquanto o Nasdaq teve queda de 0,11%, aos 14.124,09 pontos.
A tão esperada - e anunciada - retirada das tropas russas da fronteira com a Ucrânia parece não ter ocorrido. Pelo contrário: de acordo com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a Rússia ampliou a presença militar na península da Crimeia, o que eleva os temores de um conflito armado na região.
O alerta foi confirmado pelo secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, pressionando as bolsas, que reduziram o ritmo de perdas após a divulgação da ata da reunião de janeiro do Fed.
Os temores do mercado não se refletiram no documento, ou seja, o banco central norte- americano não indicou o número de elevações na taxa de juros, apenas adiantou que talvez seja apropriado iniciar o movimento em breve.
Os dirigentes do Fed também concordaram que a redução de compra de ativos e o enxugamento do balanço da entidade poderá ocorrer de forma mais rápida do que o anteriormente previsto.
As bolsas na Europa
As bolsas europeias fecharam mistas nesta quarta-feira, com os investidores avaliando as perspectivas geopolíticas após a suposta retirada parcial da Rússia da fronteira ucraniana.
O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou o dia em alta de 0,05%, com a maioria dos setores apontando em direções opostas. As ações de petróleo e gás lideraram os ganhos, com alta de 1,5%, enquanto as de telecomunicações caíram 1,2%.
O comportamento das ações de petróleo e gás ilustram os riscos de uma guerra. Os preços da energia na Europa podem aumentar se os países ocidentais impuserem sanções à Rússia, com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, dizendo na terça-feira (15) que um pacote de sanções incluiria a redução do consumo europeu de gás russo.