As 7 ações na bolsa que os gestores de fundos apostam para atravessar a maré dos juros altos
Perspectiva de redução da inflação no médio prazo deve propiciar cenário mais benéfico para ações na bolsa

Passado o tornado no Ibovespa na segunda metade de 2021, a recuperação observada no início deste ano tem possibilitado aos gestores de fundos de ações limpar o rastro de destruição de portfólio deixado pelo vendaval. E alguns se colocam até cautelosamente otimistas com o futuro das ações brasileiras.
“Tenho uma opinião forte de que é um momento em que a assimetria de juros longos está a nosso favor”, afirmou Maurício Bittencourt, fundador da VELT Partners, durante painel na CEO Conference 2022, evento promovido pelo BTG Pactual.
No ano passado, a sucessiva revisão da Selic para patamares hoje contracionistas penalizou o mercado de ações, levando o Ibovespa a fechar 2021 em queda de quase 12%. Hoje, Bittencourt aposta que a perspectiva de redução da inflação cria um cenário mais benéfico para a renda variável.
Para Florian Bartunek, da Constellation Asset Management, há ainda uma situação interessante acontecendo nos resultados das empresas no quarto trimestre de 2021, que estão sendo divulgados agora.
“Mesmo nesse cenário de inflação mais alta, maior custo de commodities e de mão de obra, as empresas estão tendo uma dinâmica tão positiva, que estamos revendo o lucro estimado para cima”, afirmou Bartunek.
Guilherme Aché, da Squadra Investimentos, apresentou uma visão um pouco mais cautelosa e está estudando as ações que caíram muito, de empresas mais sensíveis a uma política monetária restritiva, como as ligadas a consumo.
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“Para ter retornos bem acima da média do mercado no longo prazo, em algum momento você tem que fazer investimentos que, a priori, vêm com muita dor de barriga junto”, disse Aché. “Minha intuição, entendendo a esquizofrenia que é o mercado brasileiro, é a de explorar essas oportunidades”.
Nome aos bois
Segundo Bittencourt, da VELT, um papel que vem assumindo posição crescente no portfólio da gestora é BTG Pactual (BPAC11) por ser uma empresa incumbente com perspectiva de geração de valor em outros negócios. Ele também citou as ações de Eneva (ENEV3), Hapvida (HAPV3) e Equatorial (EQTL3) como casos interessantes.
“Se os juros de longo prazo, de fato, caminharem no fim do ano para um nível mais baixo do que estão agora, estar investido em ações é uma forma muito boa de explorar esse cenário”, afirmou.
Bartunek, da Constellation, cita Warren Buffet como guia para escolher as ações que investe, dizendo que o melhor hedge (proteção) contra a inflação é uma empresa capaz de ditar preços.
Um exemplo disso, na avaliação do gestor, é a Totvs (TOTS3), que está inserida no mercado de tal forma que o custo de trocar seus serviços por outro é muito alto. Assim, ela consegue reajustar preços.
O CIO da Constellation também menciona Lojas Renner (LREN3) como um papel que merece atenção. “A Renner cresceu a receita em 20% no quarto trimestre, enquanto o setor cresceu zero”, disse.
Para Aché, da Squadra, além das empresas ligadas a consumo merecerem um estudo mais aprofundado, é preciso ficar atento às empresas de commodities. Aché revelou ter “um pouquinho” de ações da Petrobras (PETR4) na carteira.
“Gostaria de ter mais, mas a esquizofrenia na política brasileira não deixa”, disse.
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