Dieta dos carboidratos: XP inicia cobertura de Camil (CAML3) e M. Dias Branco (MDIA3) — saiba qual a preferida
Com a baixa nos preços das commodities, a XP inicia a cobertura de empresas no segmento de carboidratos; com recomendação diferentes para Camil e M. Dias Branco
Os preços mais baixos das commodities agrícolas fizeram com que a XP voltasse os olhos para o setor de alimentos — e, com o inverno já batendo à porta, nada melhor que um carboidrato. Nesse sentido, a corretora iniciou a cobertura de duas empresas: a Camil (CAML3) e a M. Dias Branco (MDIA3).
E, entre as duas, a Camil é a preferida da XP: os papéis CAML3 têm recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 14 por ação para o fim de 2023 — uma valorização de 41% do preço atual da ação; Já para MDIA3, a indicação é neutra, com preço-alvo de R$ 30,30, uma alta implícita de 14%.
“Ambas as empresas devem desfrutar de melhora nos resultados, mas devido às diferentes estratégias de preços e poder de marca, vemos mais vantagens para a CAML”, diz o relatório.
Por outro lado, os papéis da M. Dias Branco podem surpreender “se os preços das commodities caírem mais do que o esperado, especialmente trigo e óleos vegetais”, afirmam os analistas Leonardo Alencar e Pedro Fonseca, que assinam o relatório.
Para eles, a empresa ainda tem dois desafios: diminuir a capacidade ociosa e melhorar as margens.
Camil (CAML3): expandindo o leque
A Camil, que também é dona da marca União, tem feito movimentos significativos na expansão do negócio.
Além do arroz e feijão, a empresa entrou no segmento de massas com a aquisição da Santa Amália. E para acompanhar o cardápio e dar uma “acordada” no pós-almoço, o mercado de café também entrou no portfólio da empresa com a compra da marca Seleto.
Esse foi um dos fatores avaliados pela XP para iniciar a cobertura dos papéis CAML3. Na opinião dos analistas, os segmentos de massas e café “são importantes vias de crescimento para a empresa”.
Além disso, o relatório destaca que a Camil tem “marcas resilientes, mantendo marcas icônicas e top-of-mind” e “diversidade de produtos complementares”.
As ações CAML3 têm tido um desempenho positivo no último mês, quando também obteve recomendação de compra pelo JP Morgan.
Em junho, os papéis acumulam alta de 3,13% e no ano, apresentam crescimento de 7,07%, com máxima de R$ 11,29.
No pregão de hoje, os papéis recuaram 0,81%, negociados a R$ 9,84.
M. Dias Branco (MDIA3): Por que a recomendação é neutra?
A recomendação neutra dos papéis MDIA3 leva em consideração a volatilidade dos preços das commodities, ainda que as cotações dos produtos estejam em queda.
“A perspectiva de preços mais baixos de commodities deveria ser a principal razão para otimismo, mas o aumento na volatilidade à medida que o mercado digerir uma possível recessão no médio prazo, juntamente com o clima sendo um problema para a maioria das commodities, sugere que devemos esperar para ver”, diz o relatório.
Os analistas destacam que, apesar da recomendação neutra, há uma visão positiva para a MDIA3, por três fatores:
- Ainda que tenha forte atuação nas regiões Norte e Nordeste, a empresa tem uma “avenida de crescimento sólido, especialmente a região Sudeste”;
- Processo produtivo verticalizado que permite preços mais competitivos;
- Aquisições recentes, com “sucesso na integração e no aumento de marcas adquiridas”.
A M. Dias Branco, dona das marcas Piraquê e Adria, tem apostado no mercado de healthy foods. A empresa adquiriu a Latinex, em setembro de 2021, que é uma marca de lanches, temperos, molhos e condimentos saudáveis.
Recentemente, a companhia comprou a marca Jasmine Alimentos, então líder no mercado de produtos orgânicos, zero açúcar, integrais, cereais, snacks e sem glúten.
Vale ressaltar que o relatório aponta uma valorização de 14% dos papéis, com preço-alvo de R$ 30,30, porém, abaixo da máxima histórica anual de R$ 31,64.
Em junho, os papéis MDIA3 acumularam alta de 1,72%. Veja a seguir:
No pregão desta quinta-feira (30), as ações MDIA3 fecharam a R$ 26,10, em queda de 1,62%.
Ações da Usiminas (USIM5) despencam 23% após balanço; é hora de fugir dos papéis ou aproveitar o desconto?
A performance reflete números abaixo do previsto pelo mercado para o segundo trimestre de 2024
Alívio para a BRF (BRFS3) e a JBS (JBSS3)? Brasil vai declarar fim do foco da doença de Newcastle no RS — mas há obstáculos no caminho
Apesar do fim do foco da doença no Rio Grande do Sul, as exportações não devem ser imediatamente retomadas; entenda o que está em jogo para o Brasil agora
Fundo imobiliário TRXF11 entra para o setor de saúde com acordo de R$ 621 milhões para construir novo hospital para o Einstein
O FII comprou um imóvel localizado no Morumbi, bairro nobre da cidade de São Paulo, que deve ser locado para o Einstein por 20 anos
PIB americano alimenta apetite do mercado por risco; confira o que o dado provocou na cotação do ouro em Nova York
Valorização do iene e do franco suíço contribuíram para o desempenho do metal precioso
Retorno de até 200% e dividendos isentos de IR: cinco fundos imobiliários que renderam mais do que imóveis residenciais nos últimos anos
Os FIIs se consolidaram como uma alternativa para lucrar com imóveis com mais liquidez e menos burocracia
R$ 570 milhões por uma fatia de um prédio: por que o fundo imobiliário KNRI11 aceitou desembolsar milhões por pouco mais da metade de um edifício corporativo em SP
O FII anunciou na última quarta-feira (24) a compra de 57% da Torre Crystal por R$ 570,8 milhões
Não vejo excesso de otimismo no mercado americano hoje, diz Howard Marks, o ‘guru’ de Warren Buffett
Em evento em São Paulo, gestor da Oaktree disse que euforia se concentra em um punhado de ações de tecnologia e que ações estão um pouco caras, mas nada preocupante
S&P 500 e Nasdaq têm o pior desempenho em dois anos e arrastam a Nvidia (NVDC34) — quem é o culpado por esse tombo?
Os vilões das baixas foram duas gigantes norte-americanas, que causaram um efeito dominó e pressionaram todo um setor; por aqui, dólar renovou máxima e Ibovespa terminou o dia em baixa
O mercado de ações dos EUA está caro, mas há oportunidades: veja as principais apostas da gestora do JP Morgan para o 2º semestre
Para Mariana Valentini, da JP Morgan Asset Management, é necessário diversificar a carteira de investimentos — e outros países além dos EUA podem ser uma boa pedida agora
Fiagro salta mais de 30% e registra o maior retorno do ano; confira o ranking dos fundos agro mais rentáveis de 2024 até agora
De acordo com um levantamento da Quantum FInance, oito fundos da classe acumulam um retorno positivo neste ano