Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem à espera da nova rodada de negociações entre Rússia e Ucrânia; Ibovespa acompanha Caged hoje
Enquanto a covid-19 volta a assustar na Ásia, a troca de comando da Petrobras é destaque no panorama local
O primeiro dia da semana foi majoritariamente positivo para boa parte das bolsas pelo mundo. Nesta terça-feira (29), as atenções se voltam para a Turquia, que será sede da nova rodada de negociações entre Rússia e Ucrânia para acertar o fim da guerra.
A expectativa de uma saída para o conflito gerou otimismo entre os investidores, o que fez as bolsas asiáticas fecharem com viés de alta. Na contramão, a bolsa de Xangai fechou em queda, devido aos lockdowns em virtude da covid-19, que se espalha na China.
A retomada das conversas entre russos e ucranianos animou a abertura na Europa e o pré-mercado nos Estados Unidos, com as respectivas praças em viés de alta hoje e expectativas com as falas de dirigentes do Federal Reserve.
Já no campo local, o Ibovespa encerrou o dia em queda de 0,29%, aos 118.737 pontos, no pregão de ontem. O dólar à vista teve alta de 0,53%, a R$ 4,7726.
Confira o que é destaque antes da abertura do pregão de hoje:
Neutralidade ucraniana anima bolsas
O presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, afirmou em uma entrevista a jornalistas russos independentes que o país está discutindo a adoção de status neutro para a saída da Rússia de seu território.
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Uma das exigências do presidente russo, Vladimir Putin, é de que a Ucrânia não se alie ao Ocidente por meio da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Ao mesmo tempo, Zelenski entende que os países membros da Otan devem respaldar o acordo entre Moscou e Kiev.
Rússia e Ucrânia: um novo round se aproxima
Está marcada para hoje uma reunião entre as delegações russas e ucranianas na Turquia. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, conversou neste domingo com Putin sobre as conversações.
Dia de pregão na bolsa da Rússia
Os principais índices do mercado acionário russo voltaram a funcionar nesta terça-feira, depois de uma pausa com o início da guerra de 24 de fevereiro até 23 de março e depois um hiato nas negociações entre a última quinta-feira (24) e hoje, de acordo com o Investing.
Por volta das 7h, o RTSI, índice constituído pelas 50 maiores ações do país, avançava 4,62%, aos 861.25 pontos. No mesmo horário, o MOEX, principal índice da bolsa russa, recuava 2,22%, aos 2.375,64 pontos.
Ibovespa: de olho em Bolsonaro e Petrobras
O presidente da República, Jair Bolsonaro, passou a noite no hospital das Forças Armadas, em Brasília, após sentir um “desconforto abdominal”. Bolsonaro teria apresentado novos sintomas de obstrução intestinal e passou a noite no hospital.
Ele deixou o hospital no início da manhã de hoje e foi levado ao Palácio da Alvorada.
A dança das cadeiras de um gigante da bolsa
Em meio à crise da alta dos combustíveis, o comando da maior estatal brasileira foi trocado mais uma vez. O general Joaquim Silva e Luna será substituído pelo economista Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, na presidência da Petrobras (PETR4).
Bolsonaro já havia mostrado descontentamento em relação à política de preços com paridade internacional da estatal. A disparada do barril de petróleo fez até mesmo o Banco Central modelar um “cenário alternativo” para a inflação e juros daqui para frente.
No entanto, vale lembrar que a interferência na Petrobras e o controle artificial de preços não são bem vistos pelo mercado.
Crise no governo
Com menos influência na bolsa, mas ainda assim preocupante, a saída de Milton Ribeiro do ministério da Educação também movimentou a segunda-feira.
A saída dele acontece em meio a suspeitas de favorecimento a pastores na distribuição de verbas do MEC. Em uma gravação obtida pelo jornal Folha de S.Paulo, e com reportagens do jornal Estadão, Milton Ribeiro afirma que recebeu orientações do presidente Jair Bolsonaro para a liberação de verbas da pasta a dois pastores evangélicos, que não possuem cargos no governo: Gilmar Santos e Arilton Moura.
No campo dos indicadores: o que mexe com as bolsas e Ibovespa hoje
O dia conta com a divulgação de dados do Caged, a geração de postos de trabalho. De acordo com especialistas ouvidos pelo Broadcast, a mediana das projeções aponta para criação de 225.250 postos de trabalho, contra a geração de 155.178 novas vagas de emprego na leitura anterior.
A coletiva do ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, também deve entrar no foco do dia. A autoridade deve comentar não apenas o Caged, mas dar algum sustento para a troca de cadeiras dos ministérios.
Por fim, o relatório jolts de emprego dos Estados Unidos prepara o terreno para a publicação do payroll na próxima sexta-feira (1º).
Agenda do dia
- Caged: Geração de postos de trabalho (10h30)
- Ministério do Trabalho e Previdência: Ministro Onyx Lorenzoni, comenta dados do Caged (11h)
- Estados Unidos: Relatório Jolts de emprego de fevereiro (11h)
Balanços do dia
Você pode conferir o calendário completo aqui.
- Bradespar
- Cemig
- CESP
- Copasa
- Oi
- Méliuz
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