Esquenta dos mercados: Bolsas no exterior operam mistas com a visita de Joe Biden à Europa, enquanto Ibovespa acompanha relatório trimestral da inflação do Banco Central
A guerra entre Rússia e Ucrânia completa um mês hoje e o presidente americano deve anunciar novas sanções ao gigante do leste europeu

A guerra da Rússia completa um mês nesta quinta-feira (24), deixando um rastro de destruição pela Ucrânia. Somado a isso, solavancos nas commodities e ida e vindas em acordos de paz fizeram os últimos 28 dias serem difíceis para as bolsas pelo mundo.
Como de costume, os índices asiáticos encerraram os negócios na manhã de hoje refletindo o desempenho de ontem das demais praças pelo mundo. Com isso, o fechamento por lá foi no vermelho.
Já na Europa, as bolsas operam mistas pela manhã, antes da reunião do Conselho Europeu com a presença do presidente americano, Joe Biden. Na agenda do Chefe da Casa Branca, ainda consta um encontro com líderes do G7, os países mais industrializados do mundo.
Quem anda na contramão dessa cautela são os futuros de Nova York. Wall Street parece ver com bons olhos a ida de Biden à Europa, com os investidores no aguardo de novas sanções à Rússia, visando o fim da guerra.
Por aqui, nossa história é outra. Autoridades do Ministério da Economia e do Banco Central estão no foco do dia com a divulgação do relatório trimestral da inflação. Por falar no dragão de preços, amanhã (25) é dia de IPCA-15, a prévia da inflação, para o mês de março.
Na sessão de ontem (23), o Ibovespa, principal índice da B3, encerrou o dia em alta de 0,16%, aos 117.457 pontos. Já o dólar permanece em trajetória de queda e fechou sendo negociado a R$ 4,8442, um recuo de 1,44% na última quarta-feira.
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Confira tudo que deve movimentar o dia para o Ibovespa, a bolsa e o dólar:
Bolsas de olho em Biden na Europa
Os investidores internacionais acompanham a visita do presidente americano, Joe Biden, à Europa nesta quinta. O encontro com líderes europeus visa reforçar a aliança de potências da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) frente a investida da Rússia contra a Ucrânia.
Além de Biden, outra figura que também estará presente, de maneira virtual, é o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski. O Conselho Europeu delibera sobre questões mais gerais da União Europeia, sendo formado por chefes de governo ou de Estado dos países-membros.
A expectativa geral é de que a presença de Biden e Zelenski influencie na decisão de envio de mais tropas ao leste europeu para dobrar o contingente militar em Bulgária, Hungria, Romênia e Eslováquia.
Contraponto de Putin
Porém, o presidente russo, Vladimir Putin, considerou o avanço da Otan sobre o leste europeu como um dos pontos para invadir a Ucrânia.
Na visão do chefe da Rússia, os países do Ocidente ameaçam o equilíbrio de forças naquela região. Vale lembrar que muitas das repúblicas vizinhas à Rússia formavam a parte mais próxima da Europa na antiga União Soviética.
Com o fim da URSS em 1991, a região começou a se fragmentar, mas sempre sob as asas da Rússia, em especial pela proximidade cultural, linguística e, é claro, econômica.
A aproximação dessas antigas repúblicas soviéticas com a Europa ameaça a hegemonia de Putin e da Rússia sobre a região, na visão do presidente russo.
Ibovespa: de olho na inflação
Enquanto a guerra não chega a um fim no leste da Europa, o investidor local vive sua própria batalha. O — grande — dragão da inflação ameaça mostrar suas garras, e o “cenário alternativo” do Banco Central não anima.
Na ata da última reunião do Copom, essa mudança de cenário levou em conta o preço do barril de petróleo em US$ 100 e a consequente deterioração da meta da inflação, que levaria o IPCA para os 6,3% em 2022.
Um choque nas commodities
Essa piora das previsões deve ser ressaltada hoje no Relatório Trimestral da Inflação (RTI), divulgado pelo próprio Banco Central. Na última publicação, a autoridade monetária havia destacado o risco fiscal, com a aprovação da PEC dos precatórios — e, nesta edição, deve destacar também a isenção de impostos dos combustíveis.
O petróleo atingiu a máxima em US$ 130 o barril e, mesmo com a queda recente, ainda é negociado acima dos US$ 100. O Brent, utilizado como referência internacional e pela Petrobras (PETR4), é negociado a US$ 121,79 nesta manhã, em alta de 0,25%.
Assim sendo, o governo busca maneiras de controlar o preço dos combustíveis e evita falar de interferência na estatal, mesmo que os rumores digam o contrário.
O que a bolsa tem a ver com isso?
O mercado de forma geral não gosta de incertezas, e a bolsa brasileira é mestre em criar “cenários alternativos” para os investidores.
Mesmo com um espaço no Orçamento federal de R$ 45 bilhões, a equipe econômica não incentiva novos cortes de impostos ou isenções que possam afetar a arrecadação.
Agenda do dia
- Banco Central: Divulgação do relatório trimestral da inflação (8h)
- Estados Unidos: Pedidos de auxílio-desemprego (9h30)
- Ministério da Economia: Ministro da Economia, Paulo Guedes, participa de evento da Abrainc em São Paulo (10h)
- Banco Central: Presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, e diretora Fernanda Guardado, de Política Econômica e Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos, participam de coletiva do RTI (11h)
- Conselho Monetário Nacional: CMN realiza reunião virtual (15h)
- Bélgica: Reunião do Conselho Europeu com a presença do presidente dos EUA, Joe Biden (sem horário)
- Bélgica: Reunião da Otan e encontro de líderes do G7 (sem horário)
Balanços do dia
Você pode conferir o calendário completo aqui.
Após o fechamento:
- Cogna Educação
- Multilaser
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