Ajudado pela Petrobras (PETR4), Ibovespa sobe hoje e encerra o mês com alta de 4,7%; dólar recua 1,1% em julho
Veja tudo o que movimentou os mercados nessa sexta-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa

A sexta-feira já não é exatamente conhecida por ser um dia produtivo nas empresas. A preguiça bate, o desânimo se instala e fica difícil avançar sem um empurrão. A sorte do Ibovespa é que hoje dois empurrões muito potentes compensaram o desempenho negativo de um de seus mais importantes nomes.
A Vale (VALE3), em dias bons, pode sustentar sozinha a alta do índice. Mas hoje foi um dia ruim. A mineradora amargou uma queda de mais de 1% após divulgar um balanço do segundo trimestre que desagradou investidores e analistas.
Por outro lado, outro nome que também tem a capacidade de mexer com a cotação do Ibovespa teve um dia ótimo: a Petrobras. As ações preferenciais PETR4 dispararam 5,88%, enquanto as ordinárias PETR3 subiram ainda mais, 6,36%.
A estatal, que já havia garantido o fechamento positivo de ontem com dividendos recordes, voltou a ser o destaque do dia. O combustível para a alta veio novamente dos proventos e foi aditivado com resultados trimestrais positivos e o avanço do petróleo no mercado internacional.
Por falar nele, o exterior foi quem deu o outro empurrão que a bolsa precisava para se manter no azul. E em Wall Street foram os balanços das big techs e o setor energético os responsáveis por sustentar o clima positivo a despeito de dados inflacionários piores que o esperado.
O S&P 500 fechou em alta de 1,42% e registrou o melhor mês desde novembro de 2020. Os índices Dow Jones e Nasdaq também subiram — este último, impulsionado por Amazon e Apple, avançou 1,88%.
Leia Também
Com as duas forças positivas compensando o fator Vale, o Ibovespa também conseguiu encerrar o dia e o mês com ganhos. O principal índice acionário da B3 subiu 0,55%, aos 103.164 pontos, e acumulou alta de 4,69% em julho.
Já o dólar à vista, que recuou forte durante toda a semana, conseguiu apagar apenas uma pequena parte das perdas. A moeda norte-americana teve leve avanço de 0,21% hoje, cotada em R$ 5,1743, mas registrou recuo mensal de 1,16%.
Sobe e desce do Ibovespa
Além da Petrobras, outra petroleira da B3 também foi beneficiada pela alta do petróleo e liderou a ponta positiva do Ibovespa hoje. Veja abaixo:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
RRRP3 | 3R Petroleum ON | R$ 34,20 | 7,45% |
PETR3 | Petrobras ON | R$ 36,94 | 6,36% |
PETR4 | Petrobras PN | R$ 34,19 | 5,88% |
HYPE3 | Hypera ON | R$ 42,41 | 4,74% |
BRKM5 | Braskem PNA | R$ 36,54 | 4,61% |
Já entre as maiores quedas do índice aparece mais uma empresa do setor de mineração: a Usiminas (USIM5). As ações da companhia também foram afetadas por um balanço aquém do esperado.
Confira a ponta negativa do Ibovespa:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
AMER3 | Americanas S.A | R$ 13,98 | -7,36% |
MGLU3 | Magazine Luiza ON | R$ 2,58 | -5,15% |
USIM5 | Usiminas PNA | R$ 8,60 | -4,87% |
NTCO3 | Natura ON | R$ 15,57 | -4,24% |
QUAL3 | Qualicorp ON | R$ 9,84 | -4,19% |
Inflação nos EUA
Quem vê o desempenho dos principais índices dos Estados Unidos imagina que a sexta-feira foi um eterno happy hour em Wall Street. Mas o índice de gastos com consumo pessoal, divulgado pelo governo na manhã de hoje, quase jogou água no chope dos norte-americanos.
O núcleo do chamado PCE, que é o indicador favorito do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) para projetar a inflação nos EUA, subiu 0,6% em junho, quando comparado ao mês anterior, e acumulou alta de 6,8% em 12 meses.
Esse é o maior avanço em quarenta anos — um recorde que já havia sido quebrado em março — e foi puxado principalmente pela energia. Os custos com o segmento registraram um salto mensal de 7,5%.
Um alívio contido na Europa
Na Europa o dia também foi de alta para os principais índices acionários. E o movimento positivo tem um motivo a mais: a Eurostat, agência de estatística da União Europeia, divulgou novos dados de PIB (produto interno bruto) além das expectativas dos analistas de mercado.
A economia do bloco cresceu 0,7% no segundo trimestre deste ano na base trimestral. O resultado veio bem acima do esperado pelos economistas consultados pelo The Wall Street Journal, que projetavam alta de 0,1% entre abril e junho.
Já em relação ao mesmo período de 2021, a expansão do PIB foi de 4% no trimestre em análise, acima do estimado pelo mercado, de 3,4%.
O indicador renovou os ânimos dos investidores, afastando — ainda que temporariamente — temores de que a Europa entrará em recessão.
Por outro lado, a Eurostat divulgou dados nem tão animadores assim sobre os preços. De acordo com a agência, a taxa de inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da Zona do Euro atingiu um novo recorde histórico em julho, na base ano a ano, ao passar da máxima de 8,6% em junho para os atuais 8,9%.
O aumento dos preços também superou as expectativas dos analistas, que projetavam uma alta anual de 8,6%, estável em relação ao mês anterior.
O bloco econômico segue sofrendo os efeitos da invasão da Ucrânia pela Rússia, com destaque para os preços de energia aos consumidores europeus. Somente os custos de energia na região dispararam 39,7% em julho no comparativo anual.
Veja também - LULA OU BOLSONARO: quem a Faria Lima apoia nas eleições de 2022?
Lula no primeiro turno das eleições?
Por aqui, as eleições presidenciais de outubro voltaram ao foco nesta sexta-feira após a divulgação da última pesquisa Datafolha na noite de ontem.
Segundo o levantamento, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manteve uma vantagem de 18 pontos sobre o atual chefe do Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro (PL), no primeiro turno.
O novo levantamento indica a manutenção do cenário aferido na rodada anterior, em junho. Nele, Lula tem 47% das intenções de voto — o mesmo patamar anterior — enquanto Bolsonaro oscilou positivamente um ponto, para 29%.
A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais.
Porto (in)seguro? Ouro fecha a semana com pior desempenho em seis meses; entenda o que está por trás da desvalorização
O contrato do ouro para junho recuou 1,22%, encerrando cotado a US$ 3.187,2 por onça-troy, uma queda de 3,70% na semana
Sem alívio no Banco do Brasil (BBAS3): CEO prevê “inadimplência resistente” no agronegócio no 2T25 — mas frear crescimento no setor não é opção
A projeção de Tarciana Medeiros é de uma inadimplência ainda persistente no setor rural nos próximos meses, mas situação pode melhorar; entenda as perspectivas da executiva
Marfrig (MRFG3) dispara 20% na B3, impulsionada pela euforia com a fusão com BRF (BRFS3). Vale a pena comprar as ações agora?
Ontem, as empresas anunciaram um acordo para fundir suas operações, criando a terceira maior gigante global do segmento. Veja o que dizem os analistas
Ações do Banco do Brasil sentem o peso do balanço fraco e tombam mais de 10% na B3. Vale a pena comprar BBAS3 na baixa?
A avaliação do mercado sobre o resultado foi negativa. Veja o que dizem os analistas
Fusão entre Marfrig e BRF inclui dividendo de R$ 6 bilhões — mas só terá direito à bolada o investidor que aprovar o casamento
Operação ainda deverá passar pelo crivo dos investidores dos dois frigoríficos em assembleias gerais extraordinárias (AGEs) convocadas para junho
O mapa da mina: Ibovespa repercute balanço do Banco do Brasil e fusão entre BRF e Marfrig
Bolsas internacionais amanhecem no azul, mas noticiário local ameaça busca do Ibovespa por novos recordes
Warren Buffett não quer mais o Nubank: Berkshire Hathaway perde o apetite e zera aposta no banco digital
Esta não é a primeira vez que o bilionário se desfaz do roxinho: desde novembro do ano passado, o megainvestidor vem diminuindo a posição no Nubank
BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3) se unem para criar MBRF. E agora, como ficam os investidores com a fusão?
Anos após a tentativa de casamento entre as gigantes do setor de frigoríficos, em 2019, a nova combinação de negócios enfim resultará no nascimento de uma nova companhia
Ibovespa melhor do que o S&P 500? Por que os gestores agora estão vendidos em bolsa americana, segundo pesquisa da Empiricus
O levantamento mostrou que bolsa americana entrou no campo vendido pela primeira vez desde o fim de 2023; descubra as razões
Agronegócio não dá trégua: Banco do Brasil (BBAS3) frustra expectativas com lucro 20% menor e ROE de 16,7% no 1T25
Um “fantasma” já conhecido do mercado continuou a fazer peso nas finanças do BB no primeiro trimestre: os calotes no setor de agronegócio. Veja os destaques do balanço
Mais um recorde para conta: Ibovespa fecha acima dos 139 mil pontos pela primeira vez; dólar cai a R$ 5,68
A moeda norte-americana recuou 0,80% e terminou a quinta-feira (13) cotada a R$ 5,6831, enquanto o Ibovespa subiu 0,66% e encerrou o dia aos 139.334,38 mil pontos
Exclusivo: Disputa bilionária da Bradespar (BRAP4) com fundos de pensão chega a momento decisivo
Holding do Bradesco, a Bradespar classifica a causa, que pode chegar a R$ 3 bilhões, como uma perda “possível” em seu balanço e não tem provisão
Banco Pine (PINE4) supera rentabilidade (ROE) do Itaú e entrega lucro recorde no 1T25, mas provisões quadruplicam no trimestre
O banco anunciou um lucro líquido recorde de R$ 73,5 milhões no primeiro trimestre; confira os destaques do resultado
O novo normal durou pouco: Ibovespa se debate com balanços, PIB da zona do euro e dados dos EUA
Investidores também monitoram a primeira fala pública do presidente do Fed depois da trégua na guerra comercial de Trump contra a China
Queda de 90% desde o IPO: o que levou ao fracasso das novatas do e-commerce na B3 — e o que esperar das ações
Ações de varejistas online que abriram capital após brilharem na pandemia, como Westwing, Mobly, Enjoei, Sequoia e Infracommerce, viraram pó desde o IPO; há salvação para elas?
Serena (SRNA3) de saída da B3: Actis e GIC anunciam oferta para fechar o capital da empresa de energia renovável; ações sobem forte
A oferta pública de aquisição vem em meio ao processo de redução de dívidas da empresa, que atingiu um pico na alavancagem de 6,8 vezes a dívida líquida/Ebitda
Subiu demais? Ação da JBS (JBSS3) cai na B3 após entregar resultado sólido no 1T25
Os papéis figuram entre as maiores quedas do Ibovespa nesta quarta-feira (14); saiba o que fazer com eles agora
Petrobras (PETR4) atualiza primeira parcela de dividendos bilionários; confira quem tem direito a receber a bolada
O montante a ser pago pela estatal se refere ao último balanço de 2024 e será feito em duas parcelas iguais
Ação da Casas Bahia (BHIA3) sobe forte antes de balanço, ajudada por vitória judicial que poderá render mais R$ 600 milhões de volta aos cofres
Vitória judicial ajuda a impulsionar os papéis BHIA3, mas olhos continuam voltados para o balanço do 1T25, que será divulgado hoje, após o fechamento dos mercados
Petrobras (PETR4) paga menos dividendos e até o governo ficou com o bolso mais leve — valor menor pode dificultar a vida de Lula
Como maior acionista da Petrobras, até mesmo o governo federal viu a distribuição de lucros cair, o que pode pressionar ainda mais as contas públicas