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Carolina Gama
Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.
FEITAS DE FERRO E AÇO

Ações de Vale e Usiminas são castigadas após balanço, mas não é hora de vender VALE3 e USIM5

As duas gigantes do setor de siderurgia divulgaram resultados financeiros do segundo trimestre nas últimas 24 horas e os investidores não gostaram do que viram — entenda por que a recomendação é de ter esses papéis em carteira

Vale VALE3 na balança: compra ou venda
Imagem: Freepik/Montagem: Julia Shikota.

No corpo humano, o pulmão tem a função de absorver o oxigênio, mas na mineração o nome do órgão respiratório é usado para se referir às reservas estratégicas que mantêm a regularidade do processo de produção. E é mais ou menos esta, também, a função dos  papéis de Vale (VALE3) e Usiminas (USIM5) — dar regularidade às carteiras de ações.

As duas gigantes do setor de siderurgia e mineração apresentaram os resultados financeiros do segundo trimestre nas últimas 24 horas, e os investidores não gostaram do que viram. 

O resultado: as ações VALE3 e USIM5 estão recuando pelo menos 3% na B3 nesta sexta-feira (29). Mas ainda assim, a recomendação é de ter os papéis em carteira. 

De acordo com dados compilados pelo TradeMap, as ações VALE3 têm oito recomendações de compra, quatro neutras e nenhuma de venda. 

O preço-alvo médio é de R$ 101,85, o que representa um potencial de valorização de 44% em relação ao fechamento de quinta-feira (28). 

No caso da Usiminas, os dados compilados pelo TradeMap mostram que os papéis USIM5 também têm oito recomendações de compra, quatro neutras e nenhuma de venda. 

O preço-alvo médio é de R$ 15,69, o que representa um potencial de valorização de 73,5% em relação ao fechamento de quinta-feira (28). 

Por que é uma boa ter Vale (VALE3) na carteira?

O lucro líquido das operações continuadas da Vale (VALE3) recuou 49,7% no segundo trimestre em termos anuais, para US$ 4 bilhões. Na mesma base de comparação, a receita líquida de vendas caiu 32,44%, para US$ 11,1 bilhões.

A derrapada do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi ainda maior e chegou a 53,1% também em termos anuais. O indicador fechou o trimestre em US$ 5,2 bilhões e, segundo a Vale, refletiu a queda do minério de ferro e do cobre no mercado internacional.

O desempenho mais fraco faz as ações VALE 3 recuarem 2,02%, cotadas a R$ 69,25, por volta de 14h35. 

O Bradesco BBA, no entanto, já esperava a reação negativa do mercado aos números da Vale do segundo trimestre e avalia que o desempenho foi, em grande parte, impulsionado por custos acima do esperado na divisão de minério de ferro. 

O banco reconhece que o caminho da Vale não será linear no curto prazo, mas, ainda assim, recomenda a compra dos papéis VALE3 porque acredita que a demanda na China vai melhorar no segundo semestre do ano, apoiando os preços de commodities e ações. 

O Safra é outro banco que recomenda a compra de ações da Vale sob o argumento de que o aumento de volumes no semestre deve ajudar a reduzir os custos unitários e sustentar a boa geração de caixa da empresa — que deve continuar sendo direcionada para dividendos e recompra de ações.

Ontem, a Vale anunciou US$ 3 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio no segundo semestre a serem pagos em setembro. O Goldman Sachs, que não informou a recomendação para VALE3, não descarta um dividendo extraordinário também no quarto trimestre deste ano.

E a Usiminas (USIM5)?

A Usiminas (USIM5) viu o lucro líquido cair 77% entre abril e junho em base anual, para R$ 1,060 bilhão. O resultado está 16% abaixo dos números do primeiro trimestre deste ano.

O Ebitda ajustado totalizou R$ 1,930 bilhão no período, um recuo de 62% em termos anuais. Já a receita líquida da Usiminas somou R$ 8,531 bilhões, um recuo de 11% na mesma base de comparação.

A empresa, que divulgou o balanço nesta sexta-feira (29), atribui o desempenho às “perdas cambiais registradas no fechamento do trimestre, parcialmente compensadas pelo melhor lucro operacional antes do resultado financeiro no período”.

Ainda assim, os investidores não gostaram do que viram. Por volta de 14h35, as ações USIM5 caíam 4,31%, cotadas a R$ 8,65.

As ações da Usiminas tiveram desempenho significativamente inferior ao de seus principais pares no acumulado do ano, com perda de 53%. A empresa vem enfrentando dificuldades operacionais, principalmente na base de custos, devido à alta exposição a carvão e placas. 

No entanto, o BTG Pactual está entre os bancos que recomendam a compra dos papéis USIM5 por acreditar que algumas dessas tendências, que levaram ao baixo desempenho, podem ser revertidas, o que poderia levar as ações a recuperar algumas das perdas.

Já o Itaú BBA, que também recomenda a compra de USIM5, destaca que os maiores volumes produzidos pela Usiminas no segundo trimestre mais do que compensaram a menor realização do preço do minério de ferro.

No período, os preços do aço no mercado interno aumentaram 16%, principalmente devido à elevação de preços do setor automotivo no trimestre.

Veja também: A bolsa nunca esteve tão barata?

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