O S&P 500 sucumbiu às preocupações dos investidores com a desaceleração da economia norte-americana e em meio a uma onda de venda de ações de tecnologia. Junto com o Dow Jones e o Nasdaq, o índice mais amplo de Nova York terminou a segunda-feira (11) em queda.
As ações de tecnologia, que fecharam uma sequência de três semanas de ganhos na semana passada, começaram a segunda-feira com o pé atrás, já que os investidores tendem a abandonar ativos mais arriscados com a perspectivas de taxas básicas mais elevadas.
Os papéis da Microsoft chegaram a cair quase 4%. As ações de fabricantes de semicondutores, como Nvidia e Advanced Micro Devices, recuaram 5,2% e 3,59%, respectivamente.
Já os juros projetados pelos títulos do Tesouro dos EUA — considerados ativos seguros em tempos de incerteza — continuaram a acumular ganhos com as expectativas de um ritmo mais agressivo de aperto da política monetária do Federal Reserve (Fed) no próximo mês.
Os juros dos títulos do Tesouro dos EUA de 10 anos, considerados referência, saltaram acima de 2,78% hoje — níveis não vistos desde janeiro de 2019.
Os preços do petróleo também caíram nesta segunda-feira em meio a temores de que os bloqueios contra a covid-19 na China deprimiriam a demanda global. Tanto o Brent quanto o WTI foram negociados abaixo de US$ 100 o barril hoje.
Confira o fechamento dos índices em Nova York:
- Dow Jones: -1,19%, 34.309,07 pontos
- S&P 500: -1,68%, 4.412,83 pontos
- Nasdaq: -2,18%, 13.411,96 pontos
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S&P 500 seguiu a Europa
O S&P 500 seguiu a trajetória das bolsas europeias que, em sua maioria, também fecharam em queda em meio à pressão da política monetária e da guerra na Ucrânia.
O pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,7%, com as ações de tecnologia caindo 2% para liderar as perdas, já que a maioria dos setores e principais bolsas terminaram em território negativo.
- Londres: -0,67%
- Paris: +0,12%
- Frankfurt: -0,64%
Além da guerra e da política monetária, as eleições na França também entraram no radar dos investidores europeus.
O presidente francês, Emmanuel Macron, e a desafiante de extrema-direita Marine Le Pen avançaram no primeiro turno da eleição presidencial francesa e devem se enfrentar em um segundo turno em 24 de abril.
Uma vitória de Le Pen seria um choque para a França e a Europa como um todo, provavelmente oferecendo aos mercados mais motivos de preocupação.