S&P 500 sente o peso da guerra e da inflação e tem um dos piores trimestres desde a pandemia; confira o fechamento dos índices nos EUA
Aumento dos preços do petróleo deu uma trégua com iniciativas da Casa Branca e da Opep, enquanto bolsas na Europa também sucumbem

A combinação da guerra entre na Ucrânia com a perspectiva de um aumento mais agressivo na taxa de juros nos Estados Unidos foi fatal para o S&P 500, o Nasdaq e o Dow Jones, que fecharam o dia em baixa — e tiveram um dos piores trimestres desde a crise provocada pela pandemia de covid-19.
O aumento dos preços das commodities induzido pela guerra amplificou as preocupações com a inflação, enquanto um Federal Reserve (Fed) mais duro alimentou as preocupações com a capacidade de expansão da economia norte-americana.
Dados divulgados mais cedo mostram que o PCE (o índice de preços para gastos pessoais), uma importante medida de inflação observada pelo Fed, subiu 5,4% em fevereiro em base anual — um pouco abaixo das expectativas de 5,5%.
Para completar o quadro, o otimismo em torno das negociações de paz desta semana desapareceu enquanto as forças ucranianas se preparavam para novos ataques russos na região sudeste.
Além disso, os Estados Unidos e o Reino Unido impuseram novas sanções relacionadas à Rússia. Por sua vez, o presidente russo, Vladimir Putin, assinou um decreto dizendo que os compradores estrangeiros devem pagar em rublos pelo gás russo a partir de 1º de abril.
- Dow Jones: -1,56%, 34.677,99 pontos
- S&P 500: -1,56%, 4.530,50 pontos
- Nasdaq: -1,54%, 14.220,52 pontos
Como foi o trimestre para o S&P 500 e demais índices
A quinta-feira (31) marca o último dia de negociação de março e do primeiro trimestre. As ações subiram na segunda metade do mês, com o S&P 500 e o Nasdaq encerrando o mês com alta de cerca de 5% cada e o Dow, de quase 4%.
Leia Também
No entanto, no primeiro trimestre, o Dow Jones e o S&P 500 caíram cerca de 3%, e o Nasdaq caiu mais de 7%. Para os três índices, este foi o primeiro trimestre negativo desde o início de 2020, que marcou o início da pandemia de covid-19 nos Estados Unidos.
- MUDANÇAS NO IR 2022: baixe o guia gratuito sobre o Imposto de Renda deste ano e evite problemas com a Receita Federal; basta clicar aqui
Petróleo, um capítulo à parte
Assim como o S&P 500, o Dow Jones e o Nasdaq, os preços do petróleo também caíram nesta quinta-feira, mas por motivos diferentes: o anúncio da Casa Branca sobre a liberação de 1 milhão de barris por dia de petróleo da Reserva Estratégica de Petróleo do país.
A medida, que valerá nos próximos seis meses, faz parte de um esforço do governo de Joe Biden para acalmar os preços do petróleo e do gás — e, assim, apagar o incêndio provocado pela inflação.
Somou-se à estratégia dos Estados Unidos a notícia de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) decidiu aumentar gradualmente a sua produção.
Junto com seus aliados, a Opep vai elevar a oferta de petróleo em 432 mil barris por dia. Antes, o grupo vinha subindo a produção em 400 mil barris por dia dentro de um acordo firmado no ano passado.
O resultado de todas essas iniciativas foi o petróleo em queda. O preço do Brent, usado como referência internacional, caiu 6,04%, para US$ 104,71 por barril. Já o WTI, a referência para o mercado norte-americano, recuou 6,99%, para US$ 100,28.
E a Europa, como ficou nisso tudo?
As bolsas europeias fecharam em baixa o último pregão de março, mês que marcou o velho continente com incertezas geopolíticas e econômicas globais após a invasão da Ucrânia pela Rússia.
- Londres: -0,83%
- Paris: -1,21%
- Frankfurt: -1,31%
O pan-europeu Stoxx 600 encerrou o dia com queda de 0,7%, mas obteve um ganho de 0,8% em março. O índice de blue-chip europeu encerrou os três primeiros meses de 2022 com perda de mais de 6,3% — seu pior trimestre em dois anos.
Assim como aconteceu com o S&P 500 e todo o mercado norte-americano, a incerteza geopolítica e as preocupações com a aceleração da inflação dominaram o sentimento do mercado em março.
Trump sem o apoio de Elon Musk em 2028? Bilionário diz que vai reduzir gastos com doações para campanhas eleitorais
O CEO da Tesla foi o principal apoiador da campanha eleitoral de Donald Trump em 2024, mas ele avalia que já fez “o suficiente”
Adiós, turistas: Espanha bloqueia 65 mil Airbnbs, em meio à crise de moradia
Decisão do governo espanhol se encaixa em um contexto de crise de moradia no país e luta contra o turismo de massa
Onde investir na bolsa em meio ao sobe e desce do dólar? XP revela duas carteiras de ações para lucrar com a volatilidade do câmbio
Confira as ações recomendadas pelos analistas para surfar as oscilações do dólar e proteger sua carteira em meio ao sobe e desce da moeda
Ação da Smart Fit (SMFT3) pode ficar ainda mais “bombada”: BTG eleva preço-alvo dos papéis e revela o que está por trás do otimismo
Os analistas mantiveram recomendação de compra e elevaram o preço-alvo de R$ 27,00 para R$ 28,00 para os próximos 12 meses
Uma questão de contexto: Ibovespa busca novos recordes em dia de agenda fraca depois de corte de juros na China
Investidores repercutem avanço da Petrobras à última etapa prevista no processo de licenciamento da Margem Equatorial
Entre a frustração com o Banco do Brasil (BBAS3) e a surpresa com o Bradesco (BBDC4): quem brilhou e decepcionou nos resultados dos bancos do 1T25?
Depois dos resultados dos grandes bancos, chegou a hora de saber: o que os analistas estão recomendando para a carteira de ações?
Felipe Miranda: A bifurcação de 2026
Há uma clara bifurcação em 2026, independentemente de quem for eleito. Se fizermos o ajuste fiscal, então será o cenário bom. E se não fizermos o ajuste nos gastos, o Brasil quebra
Méliuz (CASH3) avalia captar recursos via dívida e oferta de ações de R$ 150 milhões para investir em bitcoin (BTC)
Companhia aprovou, na semana passada, mudança no estatuto social para passar a adotar a criptomoeda como principal ativo de investimento da sua tesouraria
Ibama aprova plano-conceito da Petrobras (PETR4) para viabilizar exploração de petróleo no ‘novo pré-sal’
Aprovação não representa carta branca para Petrobras explorar a Foz do Amazonas, mas atende “requisitos técnicos” para validar a viabilidade do projeto
Bitcoin (BTC) à beira de novo recorde: criptomoeda flerta com US$ 107 mil em meio à reação ao rebaixamento do rating dos EUA
Semana começa agitada para o mercado de criptomoedas, com alta volatilidade. Mas, por enquanto, o saldo é positivo para o bitcoin, e especialistas já enxergam novas máximas
Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, libera compra de bitcoin para clientes, mas se mantém crítico e compara BTC a cigarro
Com um longo histórico de ceticismo, Jamie Dimon afirmou que o JP Morgan permitirá a compra de bitcoin, mas sem custodiar os ativos: “Vamos apenas colocar nos extratos dos clientes”
Se nem os EUA ‘se salvaram’, quem resta? Os países que ainda são ‘triple A’ — e por que essa lista só tem diminuído desde 2008
Após mais de uma década sob pressão, os Estados Unidos perdem o topo da classificação de risco da Moody’s e se juntam a outros rebaixados ilustres
JP Morgan aumenta a aposta em ações de mercados emergentes com trégua tarifária entre EUA e China; veja quais países foram escolhidos pelo banco
Embora a melhora na relação entre EUA e China não signifique o fim da briga, o pior já ficou para trás, segundo o JP Morgan
Japão suspende importação de aves vivas do RS; 11 destinos já impuseram restrições — veja a lista completa
Japão se junta à lista de países que impuseram suspensão total ou parcial ao frango brasileiro; mais de um terço do mercado já adota restrições
É hora do Brasil? Ibovespa bate novo recorde de fechamento aos 139.636 pontos, após romper os 140 mil pontos ao longo do dia
O principal índice de ações da B3 tem mais um dia de pontuação inédita, com EUA em baixa no mercado internacional e boas notícias locais
Exportações de frango na berlinda: Brasil mira retomar exportações em 28 dias
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, destacou que, mesmo com a retomada do status de livre de gripe aviária, a normalização das exportações de carne de frango será gradual
Agência Brasil
Morgan Stanley vê rebaixamento do rating dos EUA como oportunidade para investir na bolsa americana; confira as ações recomendadas
Recomendação acontece após as bolsas de Nova York recuperarem o fôlego após trégua nas tarifas entre EUA e China, reduzindo de 145% para 30%
Férias de julho: cidade brasileira está entre as 10 mais buscadas pelos turistas no mundo
O lugar mais buscado para a temporada de meio de ano não é nenhuma praia paradisíaca, nem uma capital europeia, diz estudo da Mastercard
Do divórcio a um possível recasamento: O empurrãozinho de Trump para novo acordo entre União Europeia e Reino Unido
Cinco anos depois da formalização do Brexit, UE e Reino Unido celebram amplo acordo sobre comércio e defesa
Mobly (MBLY3) vai “sumir” da B3: ação trocará de nome e ticker na bolsa brasileira ainda neste mês
Com a decisão da Justiça de revogar a suspensão de determinadas decisões tomadas em AGE, companhia ganha sinal verde para seguir com sua reestruturação