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Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril.
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Sem novidades de Powell, bolsas têm espaço para subir, e Ibovespa recupera os 103 mil pontos; dólar tem dia de alívio

IPCA vem acima do esperado, mas mercado só quis saber da fala do presidente do Fed ao Congresso americano; commodities puxam bolsa brasileira para cima

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
11 de janeiro de 2022
18:55 - atualizado às 19:01
Dólar para baixo
Moeda americana viu queda global e fechou cotada abaixo de R$ 5,60. - Imagem: Shutterstock

Hoje não teve inflação ou Federal Reserve que impedisse os mercados de terem um dia positivo. O IPCA, divulgado pela manhã, veio acima do esperado pelo mercado; e o presidente do Fed, Jerome Powell, manifestou uma postura dura contra a alta de preços na sua fala ao Congresso americano. Mesmo assim, as bolsas, lá e cá, fecharam em alta.

O dólar teve um dia de alívio global, e mesmo os juros futuros locais não foram particularmente machucados pela surpresa negativa com a inflação.

O dia começou com grande expectativa dos investidores em torno da fala do presidente do banco central americano na sua sabatina no Senado, após ter sido reconduzido ao cargo. Tanto que as bolsas americanas abriram no vermelho. Mas, por aqui, o Ibovespa já avançava desde o início do pregão.

Após a fala de Powell, que apenas confirmou o que a ata da última reunião de política monetária havia adiantado, os mercados tiveram espaço para um desempenho mais positivo. As bolsas europeias fecharam em alta, e em Nova York, todos os índices fecharam no azul: o Dow Jones avançou 0,51%, o S&P 500 ganhou 0,92%, e o Nasdaq subiu 1,41%.

A bolsa brasileira, por sua vez, apenas acelerou os ganhos, impulsionada pelas commodities. As ações da Petrobras foram beneficiadas pelo reajuste positivo da gasolina e do diesel, promovido pela estatal, e pelas altas de mais de 3% dos contratos futuros mais líquidos de petróleo; as mineradoras e siderúrgicas também ganharam fôlego com a alta do minério de ferro, a despeito da onda de paralisações na extração da commodity devido às chuvas em Minas Gerais.

Assim, o Ibovespa terminou a sessão com alta de 1,80%, a 103.778 pontos, perto da máxima do dia. Já o dólar à vista fechou em baixa de 1,67%, a R$ 5,5798.

Os juros futuros de prazo mais curto não chegaram a ser pressionados pelos dados de inflação local, ratificando o consenso do mercado de que o Banco Central deve aumentar a Selic em 1,5 ponto percentual na próxima reunião do Comitê de Política Monetária, o Copom, conforme sinalizado no último encontro.

Veja como fecharam os principais vencimentos dos contratos de DI:

  • Janeiro/23: queda de 12,082% para 12,025%;
  • Janeiro/25: alta de 11,508% para 11,515%;
  • Janeiro/27: alta de 11,392% para 11,445%.

Powell em foco

O presidente do Fed, Jerome Powell, testemunhou no Congresso americano após ser reconduzido ao cargo de chefia do Federal Reserve.

Seu discurso foi duro contra a inflação, mas sem novidades em relação à ata da última reunião da autoridade monetária, que mexeu com os mercados na semana passada.

Os juros dos Treasuries, os títulos do Tesouro americano, fecharam em queda hoje, depois de Powell ter dito que a redução do balanço patrimonial do Fed, última medida de aperto monetário prevista pela instituição, não deve ser imediata, mas sim algo que deve ocorrer "entre três e quatro encontros".

Mais cedo, outros três dirigentes do Fed se mostraram favoráveis ao aperto monetário mais rígido que vem sendo sinalizado pelo banco central americano.

A presidente da distrital do Fed em Cleveland, Loretta Mester, reconheceu que a inflação nos EUA está muito alta e que ações devem ser tomadas para reduzi-la.

Já o presidente da regional de Atlanta, Raphael Bostic, se disse aberto à possibilidade de elevar juros já em março. Por fim, Esther George, líder da distrital de Kansas City, defendeu que o momento atual é ideal para apertar a política monetária.

IPCA de pior qualidade

A bolsa brasileira conseguiu manter o fôlego hoje apesar dos números de inflação negativos divulgados mais cedo pelo IBGE. O IPCA de dezembro foi de 0,73%, abaixo dos 0,95% de novembro, mas acima dos 0,65% da mediana das estimativas colhidas pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Estadão.

Assim, a inflação oficial fechou 2021 em 10,06%, maior taxa desde o crítico ano de 2015, e acima da mediana das estimativas do mercado colhidas pelo Broadcast, de 10,00%. Vale lembrar que a meta de inflação no ano passado era de 3,75%, com tolerância máxima de 5,25%.

Os dados do IPCA divulgados mais cedo pelo IBGE não apenas surpreenderam negativamente, como também mostraram ser de "pior qualidade".

A inflação de serviços passou de uma alta de 0,27% em novembro para 0,79% em dezembro, mostrando uma aceleração das pressões sobre a demanda.

"Além do nível elevado, continuamos assistindo a um processo de disseminação das pressões inflacionárias, particularmente forte nos preços dos bens industriais (1,41%). Como resultado, os núcleos de inflação registraram novas altas, com a média das medidas de núcleo atingindo 0,97% (7,37% em 12 meses)", disse Marcelo Fonseca, economista-chefe do Opportunity Total, em nota.

Entre os destaques que impulsionaram o avanço dos preços estão a alta dos combustíveis, da energia elétrica e da moeda americana. O dólar encerrou 2021 em alta de 7,46%, aos R$ 5,5759.

Minério e petróleo puxam a alta do Ibovespa

A alta das commodities nesta terça-feira continuou puxando os preços das ações das empresas exportadoras desses produtos e impulsionando o Ibovespa.

O petróleo WTI para fevereiro subiu 3,85% hoje, a US$ 81,22 o barril, e o Brent para março, referência de preço para a Petrobras, avançou 3,52%, a US$ 83,72. A estatal, além disso, anunciou um aumento nos preços da gasolina e do diesel nesta terça, o que contribuiu para a alta dos seus papéis.

As ações ordinárias da Petrobras (PETR3) fecharam em alta de 4,13%, a R$ 31,99, e as preferenciais (PETR4) avançaram 2,96%, a R$ 28,84.

No lado do minério de ferro, as ações da Vale e das siderúrgicas também subiram forte hoje, apesar da onda de paralisação da produção do minério de ferro devido às chuvas em Minas Gerais.

O preço da commodity subiu 2,74%, a US$ 129,17 a tonelada, no porto chinês de Qingdao, nesta terça-feira. As ações da Vale (VALE3) fecharam em alta de 1,90%, a R$ 84,58, enquanto as da Usiminas (USIM5) subiram 6,05%, a R$ 16,31, as da Gerdau (GGBR4) tiveram ganhos de 2,25%, a R$ 28,20, e as da Metalúrgica Gerdau (GOAU4) avançaram 2,45%, a R$ 11,71.

Sobe e desce do Ibovespa

Veja as maiores altas do Ibovespa nesta terça-feira:

CÓDIGOAÇÃOVALORVARIAÇÃO
CASH3Méliuz ONR$ 2,64+7,32%
PETZ3Petz ONR$ 14,99+7,07%
NTCO3Natura &Co ONR$ 23,00+6,33%
USIM5Usiminas PNAR$ 16,31+6,05%
HAPV3Hapvida ONR$ 9,96+5,96%

Confira também as maiores baixas:

CÓDIGOAÇÃOVALORVARIAÇÃO
BRFS3BRF ONR$ 23,22-1,28%
BRKM5Braskem PNAR$ 52,94-1,19%
EMBR3Embraer ONR$ 23,48-1,10%
BEEF3Minerva ONR$ 9,70-1,02%
KLBN11Klabin unitR$ 25,00-0,87%

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