Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais estendem rali de alívio e Ibovespa reage às eleições mais um dia
Os investidores acompanham as falas de representantes de Bancos Centrais hoje; Christine Lagarde e Janet Yellen, secretária de Tesouro dos EUA são destaque
Os mercados financeiros do Brasil e do mundo começaram outubro com o pé direito. Os motivos, no entanto, não são os mesmos. Wall Street registrou ontem uma sessão de alívio depois de as bolsas norte-americanas terem chafurdado em território de bear market em setembro.
Na Europa, a libra recuperou terreno e principais índices de ações subiram depois de a primeira-ministra britânica, Liz Truss, ter dado um passo atrás em seu pacote de corte de impostos. Já na bolsa brasileira, os investidores repercutiram o resultado das eleições.
A questão entre os participantes do mercado local nesta terça-feira (04) é como dar continuidade a esse movimento. Hoje, as bolsas de valores europeias mantêm o rali e os índices futuros de Nova York sinalizam que os ativos de risco norte-americanos vão seguir em alta.
Mas profissionais do mercado financeiro acreditam que tudo não passe de um momento de alívio. O cenário de pressão inflacionária e aperto monetário nos Estados Unidos é o mesmo, apesar de ter sido relegado a um segundo plano.
Por aqui, a expectativa é de que o Ibovespa acompanhe os bons ventos vindos de fora e siga repercutindo os números do pleito de domingo.
Na véspera, o Ibovespa fechou em alta de 5,54% e o dólar recuou mais de 4%, registrando a maior queda diária em pouco mais de quatro anos.
Leia Também
O que agradou aos investidores não foi o resultado das eleições presidenciais em si. Embora as pesquisas de intenção de voto não tenham captado movimentos de última hora, o segundo turno entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) era considerado o resultado mais provável.
Confira o que movimenta as bolsas, o dólar e o Ibovespa hoje:
Um dia após o outro para a bolsa brasileira
Os participantes do mercado ficaram empolgados com a composição do Congresso. A notícia da eleição de uma quantidade maior de deputados e senadores posicionados à direita do espectro político foi recebida com entusiasmo entre os investidores.
A avaliação dos especialistas é de que a composição da próxima legislatura seria capaz de conter iniciativas expansionistas, no caso de vitória de Lula, ou sustentar iniciativas pró-mercado, em uma eventual reeleição de Bolsonaro.
O fato, porém, é que os ativos de risco brasileiros estão baratos. E não é de hoje. Analistas consideram que o resultado da eleição proporcional ajudou a destravar esse valor.
Bolsas no exterior estendem rali
Os índices abertos na Ásia e Pacífico fecharam o pregão em forte alta, refletindo o bom desempenho de Wall Street. A Europa tenta emplacar mais um dia em terreno positivo após o otimismo com mais um dia de rali em Nova York.
Setembro foi um mês difícil para as bolsas de Nova York mas, assim como no caso brasileiro, algumas empresas estão bastante descontadas. A caça por barganhas em meio à tempestade de juros e recessão é o que mantêm os índices em terreno positivo.
Vai um semicondutor aí?
O destaque do dia vai para as ações de fabricantes de chips, como Intel, Nvidia e Broadcom. Os EUA planejam impor novas restrições a exportações de semicondutores de última geração da China, o que impulsiona os papéis do setor.
A briga pelos semicondutores chegou a fechar fábricas pelo mundo, inclusive no Brasil. Os chineses dominam esse setor do mercado de chips, essenciais para fabricação de veículos, TVs, eletrodomésticos — ou seja, praticamente tudo que está ligado na tomada.
Se, por um lado, a dependência chinesa faz o restante do mundo torcer o nariz, por outro, não é simples construir uma fábrica de semicondutores em qualquer parte do planeta. A demanda global e a carência de tecnologias modernas atrasam a criação de novos polos para fornecimento internacional.
Bolsa hoje: agenda do dia
- Caixa Economica Federal: Presidente da Caixa, Daniella Marques, participa de coletiva sobre o Auxílio Brasil (10h30)
- Fenabrave: Vendas de veículos em setembro (11h)
- Estados Unidos: Secretária do Tesouro, Janet Yellen, participa de evento do departamento (11h)
- Estados Unidos: Relatório Jolts de emprego em agosto (11h)
- Chipre: Presidente do BCE, Christine Lagarde, participa de evento com estudantes do Banco Central do Chipre (12h)
- Feriados locais mantém bolsas da China e Hong Kong fechadas hoje
O erro de R$ 1,1 bilhão do Grupo Mateus (GMAT3) que custou o dobro para a varejista na bolsa de valores
A correção de mais de R$ 1,1 bilhão nos estoques expôs fragilidades antigas nos controles do Grupo Mateus, derrubou o valor de mercado da companhia e reacendeu dúvidas sobre a qualidade das informações contábeis da varejista
Debandada da B3: quando a onda de saída de empresas da bolsa de valores brasileira vai acabar?
Com OPAs e programas de recompras de ações, o número de empresas e papéis disponíveis na B3 diminuiu muito no último ano. Veja o que leva as empresas a saírem da bolsa, quando esse movimento deve acabar e quais os riscos para o investidor
Medo se espalha por Wall Street depois do relatório de emprego dos EUA e nem a “toda-poderosa” Nvidia conseguiu impedir
A criação de postos de trabalho nos EUA veio bem acima do esperado pelo mercado, o que reduz chances de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro; bolsas saem de alta generalizada para queda em uníssono
Depois do hiato causado pelo shutdown, Payroll de setembro vem acima das expectativas e reduz chances de corte de juros em dezembro
Os Estados Unidos (EUA) criaram 119 mil vagas de emprego em setembro, segundo o relatório de payroll divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Departamento do Trabalho
Sem medo de bolha? Nvidia (NVDC34) avança 5% e puxa Wall Street junto após resultados fortes — mas ainda há o que temer
Em pleno feriado da Consciência Negra, as bolsas lá fora vão de vento em poupa após a divulgação dos resultados da Nvidia no terceiro trimestre de 2025
Com R$ 480 milhões em CDBs do Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai 24% na semana, apesar do aumento de capital bilionário
A companhia vive dias agitados na bolsa de valores, com reação ao balanço do terceiro trimestre, liquidação do Banco Master e aprovação da homologação do aumento de capital
Braskem (BRKM5) salta quase 10%, mas fecha com ganho de apenas 0,6%: o que explica o vai e vem das ações hoje?
Mercado reagiu a duas notícias importantes ao longo do dia, mas perdeu força no final do pregão
SPX reduz fatia na Hapvida (HAPV3) em meio a tombo de quase 50% das ações no ano
Gestora informa venda parcial da posição nas ações e mantém derivativos e operações de aluguel
Dividendos: Banco do Brasil (BBAS3) antecipa pagamento de R$ 261,6 milhões em JCP; descubra quem entra no bolo
Apesar de o BB ter terminado o terceiro trimestre com queda de 60% no lucro líquido ajustado, o banco não está deixando os acionistas passarem fome de proventos
Liquidação do Banco Master respinga no BGR B32 (BGRB11); entenda os impactos da crise no FII dono do “prédio da baleia” na Av. Faria Lima
O Banco Master, inquilino do único ativo presente no portfólio do FII, foi liquidado pelo Banco Central por conta de uma grave crise de liquidez
Janela de emissões de cotas pelos FIIs foi reaberta? O que representa o atual boom de ofertas e como escapar das ciladas
Especialistas da EQI Research, Suno Research e Nord Investimentos explicam como os cotistas podem fugir das armadilhas e aproveitar as oportunidades em meio ao boom das emissões de cotas dos fundos imobiliários
Mesmo com Ibovespa em níveis recordes, gestores ficam mais cautelosos, mostra BTG Pactual
Pesquisa com gestores aponta queda no otimismo, desconforto com valuations e realização de lucros após sequência histórica de altas do mercado brasileiro
Com quase R$ 480 milhões em CDBs do Banco Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai mais de 10% na bolsa
As ações da companhia recuaram na bolsa depois de o BC determinar a liquidação extrajudicial do Master e a PF prender Daniel Vorcaro
Hapvida (HAPV3) lidera altas do Ibovespa após tombo da semana passada, mesmo após Safra rebaixar recomendação
Papéis mostram recuperação após desabarem mais de 40% com balanço desastroso no terceiro trimestre, mas onda de revisões de recomendações por analistas continua
Maiores quedas do Ibovespa: Rumo (RAIL3), Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) sofrem na bolsa. O que acontece às empresas de Rubens Ometto?
Trio do grupo Cosan despenca no Ibovespa após balanços fracos e maior pressão sobre a estrutura financeira da Raízen
Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%
Levantamento mostra que fundos de shoppings e do agronegócio dominaram as maiores valorizações, superando com sobra o desempenho do IFIX
Gestora aposta em ações ‘esquecidas’ do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina
Logos Capital acumula retorno de quase 100% no ano e está confiante com sua carteira de ações
Ibovespa retoma ganhos com Petrobras (PETR4) e sobe 2% na semana; dólar cai a R$ 5,2973
Na semana, MBRF (MBRF3) liderou os ganhos do Ibovespa com alta de mais de 32%, enquanto Hapvida (HAPV3) foi a ação com pior desempenho da carteira teórica do índice, com tombo de 40%
Depois do balanço devastador da Hapvida (HAPV3) no 3T25, Bradesco BBI entra ‘na onda de revisões’ e corta preço-alvo em quase 50%
Após reduzir o preço-alvo das ações da Hapvida (HAPV3) em quase 50%, o Bradesco BBI mantém recomendação de compra, mas com viés cauteloso, diante de resultados abaixo das expectativas e pressões operacionais para o quarto trimestre
Depois de escapar da falência, Oi (OIBR3) volta a ser negociada na bolsa e chega a subir mais de 20%
Depois de a Justiça reverter a decisão que faliu a Oi atendendo um pedido do Itaú, as ações voltaram a ser negociadas na bolsa depois de 3 pregões de fora da B3
