Esquenta dos mercados: Ibovespa caminha para emplacar quinta alta semanal, mas encontra fraqueza nas bolsas do exterior hoje; entenda
Lá fora, os investidores se preocupam com a inflação da Europa e se ajustam à ata da mais recente reunião do Fed
Prepare o casaco e o guarda-chuva. Não saia de casa sem eles hoje. Se estiver em trabalho remoto, não dispense um agasalho. O Ibovespa amanhece sob os efeitos da frente fria que chegou a São Paulo durante a madrugada e ameaça impedir a bolsa de emplacar sua quinta semana seguida de alta.
Na véspera, o principal índice da B3 emplacou o quinto pregão seguido de alta. Sim, a alta foi de apenas 0,1%. Parece pouco, quase nada, mas é preciso dar um desconto.
Mesmo diante do fim da temporada de balanços, da agenda fraca, do início da campanha eleitoral e dos temores em relação aos próximos passos do banco central norte-americano, o Ibovespa manteve-se firme.
O índice chega à sessão desta gélida sexta-feira (19) na capital paulista com alta de 0,9% no acumulado da semana. Portanto, basta um escorregão no chão molhado para impedir que o Ibovespa emplaque sua quinta alta semanal seguida.
Desde meados de julho, quando o rali começou, o principal índice da bolsa brasileira acumula alta de 12%. O cenário pela frente, no entanto, permanece semelhante ao dos últimos dias.
Em mais um dia de agenda vazia no Brasil, a atenção dos investidores divide-se entre o cenário eleitoral e o exterior. Mas os investidores lá fora também contam com um dia sem maiores aventuras.
Leia Também
O que pode estragar a festa do dia será a alta volatilidade da bolsa brasileira devido ao dia de vencimento de opções sobre ações da B3.
Confira o que movimenta as bolsas, o dólar e o Ibovespa nesta sexta-feira:
Bolsas no exterior em um morno dia
Os negócios na Ásia e Pacífico fecharam sem um único sinal na madrugada desta sexta-feira. Os ganhos modestos de Wall Street na sessão da última quinta-feira (18) animaram os investidores por lá, mas a onda de calor na China pesa sobre as bolsas.
Enquanto São Paulo abre os armários para pegar os pesados casacos, as autoridades chinesas precisam lidar com racionamento de energia. As temperaturas de até 43ºC na região central e sudoeste do país secaram rios e ameaçam até mesmo o rendimento das colheitas este ano.
Vale ressaltar que o Banco do Povo da China (PBoC, em inglês) iniciou um ciclo de cortes nos juros para estimular a economia por lá, afetada pela pandemia de covid-19 e as políticas de “covid zero”.
E uma nova onda de calor que ameaça as atividades por lá fará o oposto disso. Os efeitos devem ser acompanhados de perto pelos analistas.
Europa contra a inflação
Ainda no exterior, a recente sequência de altas está comprometida.
As bolsas de valores da Europa amanheceram no vermelho, com cautela nas alturas devido a preocupações com a política monetária do Banco Central Europeu (BCE), após os dados do índice de preços ao produtor (PPI, em inglês) da Alemanha.
Os números do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da Zona do Euro divulgados mais cedo nesta semana atingiram as máximas históricas ao passo de 8,9% ao ano, o que corrobora para uma postura mais agressiva (hawkish, no jargão do mercado) do BCE.
Futuros de Nova York mostram abertura sem vapor
Por fim, os índices futuros de Nova York sinalizam abertura em queda em Wall Street.
Os investidores internacionais temem que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) exagere na dose da alta dos juros em um momento no qual a inflação começa a dar sinais de desaceleração.
Na ata da última reunião do Fed, os diretores da autoridade monetária norte-americana sinalizaram a preferência por esperar a divulgação de mais indicadores de inflação e emprego antes de antecipar a possibilidade de tirar o pé do acelerador dos juros.
Entre os investidores, o medo é que o Fed e outros importantes bancos centrais transformem a desaceleração econômica em uma recessão global.
Ibovespa acompanha a corrida eleitoral
No que se refere às eleições de outubro, a mais recente edição da pesquisa Datafolha mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) consolidado na liderança, com 47% das intenções de voto.
Entretanto, o presidente Jair Bolsonaro (PL) começa a aparecer em seu retrovisor. A intenção de voto no atual inquilino do Palácio do Planalto passou de 29% em julho para 32% agora.
Apesar de ter visto sua vantagem diminuir, Lula continua flertando com a possibilidade de vitória no primeiro turno. Considerando-se apenas os votos válidos, o ex-presidente teria 51% da preferência dos eleitores, segundo o Datafolha.
Petrobras e as escolhas que movimentam a bolsa
Os representantes da Petrobras (PETR3; PETR4) se reúnem hoje em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para eleger oito dos 11 membros do Conselho de Administração.
A expectativa é que o governo federal insista nos dois nomes tidos inelegíveis ao colegiado: o secretário-executivo da Casa Civil, Jônathas de Castro, e o procurador-geral da Fazenda Nacional, Ricardo Soriano.
A reunião está marcada para a tarde desta sexta-feira.
Bolsa hoje: agenda do dia
- FGV: IGP-M de agosto (8h)
- Congresso Nacional: Presidentes do Senado e da Câmara, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira, e o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, debaterão a relação entre os Três Poderes no seminário "O Equilíbrio dos Poderes", da Esfera Brasil (11h)
- Petrobras: AGE da Petrobras para eleger oito conselheiros por voto múltiplo para o órgão de 11 cadeiras, e escolher o novo presidente do Conselho (13h)
- Estados Unidos: Poços e plataformas de petróleo em atividade (14h)
Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques
Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição