🔴 EVENTO GRATUITO: COMPRAR OU VENDER VALE3? INSCREVA-SE

Ricardo Gozzi
Renan Sousa
Renan Sousa
É repórter do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP) e já passou pela Editora Globo e SpaceMoney. Twitter: @Renan_SanSousa
SEGREDOS DA BOLSA

Esquenta dos mercados: Como a decisão do Fed, balanços e indicadores podem transformar esta em uma das semanas mais importantes do ano para as bolsas pelo mundo? Entenda

A decisão de juro do BC americano é o evento mais importante da semana, mas está longe de ser o único a gerar pressão nos índices

Renan Sousa
Ricardo Gozzi, Renan Sousa
25 de julho de 2022
7:37 - atualizado às 7:40
Pessoas olhando para a bolsa de valores | 13º salário dólar
Confira o que movimenta as bolsas, o dólar e o Ibovespa esta semana. Imagem: Shutterstock

Julho entra em sua última semana naquela que tem tudo para ser a mais importante do mês para os mercados financeiros e bolsas de todo o mundo. E certamente uma das mais importantes do ano.

Enquanto a temporada de balanços começa a engrenar na B3, a safra de resultados corporativos pega fogo com as divulgações de gigantes como a Coca-Cola e de algumas das maiores empresas do mundo na atualidade. A saber, as big techs Apple, Microsoft, Alphabet (dona do Google) e Meta (controladora do Facebook).

A agenda de indicadores também não deixa a desejar. O resultado do PIB dos Estados Unidos no segundo trimestre que o diga — afinal, o número pode corroborar com a tese de recessão técnica da economia norte-americana e dar sequência a um novo panorama mundial.

E mesmo com tudo isso, todos os olhos do mercado estão voltados para Washington. Mais precisamente para a sede do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

Aquecendo os motores: as bolsas hoje

O fato de as bolsas de valores virem de uma semana positiva aumenta a importância desse alinhamento de astros nas telas dos terminais dos operadores.

Apesar de uma escorregadinha na sexta-feira, o Ibovespa encerrou a semana passada em alta de 2,46%. A semana também foi positiva em Wall Street.

Hoje, as bolsas de valores da Europa oscilam entre leves altas e leves baixas. Em Nova York, os índices futuros das principais bolsas norte-americanas também andam de lado na manhã de hoje.

No fechamento da sessão, as bolsas e índices da Ásia e do Pacífico registraram perdas, seguindo a baixa registrada no pregão da última sexta-feira, à espera dos dados da semana. 

Uma recessão global é inevitável?

Tudo isso em um momento no qual analistas consideram cada vez maior — alguns dizem ser praticamente inevitável — o risco de a desaceleração econômica em andamento transformar-se em uma recessão global.

Neste cenário, a atenção se volta principalmente para os bancos centrais. Principalmente os bancos centrais realmente centrais — isto é, das maiores economias do mundo —, como o Fed e o BCE.

Na semana passada, o Banco Central Europeu surpreendeu a seu modo os mercados financeiros ao iniciar seu ciclo de aperto monetário com uma alta de juro maior que a esperada.

O que esperar do Fed — e das bolsas

Na quarta-feira da semana que começa hoje será a vez de o Fed definir o próximo passo de seu aperto monetário.

A expectativa entre os analistas é de que o Fed eleve o juro em 75 pontos-base, repetindo o movimento de junho, quando a autoridade monetária norte-americana implementou a maior alta de juro em quase três décadas.

Depois de ter dormido no ponto, acreditando que a alta da inflação fosse transitória, o Fed iniciou nos últimos meses um agressivo ciclo de aperto monetário.

Consequentemente, os temores de que a alta de juros em algum momento transforme a desaceleração econômica em recessão tem pesado sobre os mercados financeiros.

Com a palavra, os especialistas

“Não haverá novas projeções econômicas nesta reunião, então todo o foco será em como o Fed nos guiará em um mundo onde ninguém mais acreditar deve realmente acreditar na orientação do banco central, já que ele se provou pouco confiável no ano passado”, disse Jim Reid, estrategista do Deutsche Bank.

“Obviamente, um aumento de 75 pontos base está no bolo para a próxima semana”, disse Leo Grohowski, diretor de investimentos do BNY Mellon Wealth Management.

“Acho que a questão é o que acontece em setembro. Se o Fed continuar aumentando os juros por muito tempo, precisaremos aumentar nossa probabilidade de recessão, que atualmente é de 60% nos próximos 12 meses.”

E o PIB dos EUA?

O resultado do produto interno bruto dos Estados Unidos está previsto para a quinta-feira.

Os economistas observam com atenção a leitura do PIB norte-americano.

No primeiro trimestre, a economia dos EUA recuou 1,6%. Segundo a agência de notícias Dow Jones, a mediana das estimativas aponta para uma alta de 0,3% no segundo trimestre.

Se as projeções decepcionarem para baixo, porém, os EUA acumularão dois trimestre de baixa, o que já configuraria um quadro de recessão técnica.

“Há uma chance meio a meio de que o relatório do PIB seja negativo”, disse Grohowski.

Mas o PIB não é o único indicador da economia norte-americana previsto para a semana. Os dados de gastos de consumo pessoal, sabor preferido dos números de inflação apreciados pelo Fed, saem na manhã de sexta-feira.

Temporada de balanços

A temporada de balanços nos Estados Unidos tem surpreendido o mercado. Foi ela que impulsionou a recente recuperação das bolsas, colocando em segundo plano os riscos de uma recessão.

A semana que começa hoje tem o potencial de repercutir ainda mais, uma vez que serão conhecidos os resultados de algumas das maiores empresas do mundo.

Brasil: se segura, Ibovespa!

Por aqui, o índice brasileiro tenta emplacar mais uma semana positiva, mas encontra terreno difícil pela frente.

A começar pela grande expectativa com os dados inflacionários, divulgados na próxima terça-feira, juntamente com a temporada de balanços da semana.

O prato cheio para o Ibovespa está nos resultados de empresas com grande peso no índice: na quinta-feira, Petrobrás e Vale publicam seu desempenho no trimestre.

Em meio ao cenário já pouco favorável, às disputas políticas ficam em segundo plano a menos de 70 dias das eleições para presidência da República. 

Corrida presidencial

No campo político nacional, o noticiário deve seguir morno até que os partidos terminem de homologar seus candidatos e o Congresso volte do recesso.

Ontem, o PL oficializou a candidatura do presidente Jair Bolsonaro à reeleição. Na semana passada, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador cearense Ciro Gomes (PDT) tiveram suas candidaturas oficializados por seus respectivos partidos.

Com o início oficial da campanha marcado para 16 de agosto, as atenções se voltam para as pesquisas de intenção de voto e para a convenção nacional do MDB em meio a incertezas sobre o futuro da candidatura de Simone Tebet.

Agenda semanal

Segunda-feira (25)

  • FGV: Sondagem do consumidor de julho (8h)
  • Banco Central: Boletim Focus semanal (8h25)
  • Banco Central: Conta corrente de março (9h30)
  • Banco Central: Investimento direto no país em março (9h30)
  • Estados Unidos: Índice de atividade nacional em junho (9h30)
  • Secex: Balança comercial semanal (15h)

Terça-feira (26)

  • IBGE: IPCA de julho (9h)
  • Estados Unidos: FMI publica relatório Perspectiva Econômica Mundial (10h)

Quarta-feira (27)

  • FGV: Sondagem da indústria de julho (8h)
  • Estados Unidos: Encomenda de bens duráveis e estoques do atacado (9h30)
  • Tesouro Nacional: Relatório mensal da dívida em junho (14h30)
  • Estados Unidos: Fed anuncia decisão de juros (15h)
  • Estados Unidos: Coletiva de imprensa de Jerome Powell (15h30)

Quinta-feira (28)

  • FGV: IGP-M de julho (8h)
  • Estados Unidos: PCE e Núcleo do PCE no trimestre (9h30)
  • Estados Unidos: Pedidos de auxílio-desemprego (9h30)
  • Estados Unidos: Secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, presidirá uma reunião do Conselho de Supervisão de Estabilidade Financeira (12h20)

Sexta-feira (29)

  • IBGE: PNAD Contínua de junho (9h)
  • Banco Central: Setor Público de maio (9h30)
  • Estados Unidos: PCE e Núcleo do PCE mensal e anual (9h30)

Balanços da semana

Segunda-feira (25)

Após o fechamento:

  • Whirlpool (EUA)

Terça-feira (26)

Antes da abertura:

  • Coca-Cola (EUA)
  • General Motors (EUA)
  • McDonald’s (EUA)
  • Unilever (Reino Unido)

Após o fechamento:

  • Carrefour (Brasil)
  • Neoenergia (Brasil)
  • Alphabet (EUA)
  • Microsoft (EUA)

Sem horário específico:

  • 3M (EUA)
  • Visa (EUA)

Quarta-feira (27)

Antes da abertura:

  • Klabin (Brasil)
  • Credit Suisse (Brasil)

Após o fechamento:

  • Meta Platforms (EUA)
  • Boeing (EUA)
  • Ford (EUA)
  • EDP Brasil (Brasil)
  • GPA (Brasil)
  • Suzano (Brasil)

Quinta-feira (28)

Antes da abertura:

  • Inbev (Bélgica)
  • Ambev (Brasil)
  • Embraer (Brasil)
  • Gol (Brasil)
  • Santander Brasil (Brasil)
  • Mastercard (EUA)
  • Pfizer (EUA)

Após o fechamento:

  • Hypera (Brasil)
  • Petrobras (Brasil)
  • Vale (Brasil)
  • Amazon (EUA)
  • Apple (EUA)

Sexta-feira (29)

Antes da abertura:

  • Usiminas (Brasil)
  • Chevron (EUA)
  • ExxonMobil (EUA)
  • AstraZeneca (EUA)

Após o fechamento:

  • BNP Paribas.

Compartilhe

BRIGA PELO TRONO GRELHADO

Acionistas da Zamp (BKBR3) recusam-se a ceder a coroa do Burger King ao Mubadala; veja quem rejeitou a nova oferta

21 de setembro de 2022 - 8:01

Detentores de 22,5% do capital da Zamp (BKBR3) já rechaçaram a nova investida do Mubadala, fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos

FECHAMENTO DO DIA

Inflação americana segue sendo o elefante na sala e Ibovespa cai abaixo dos 110 mil pontos; dólar vai a R$ 5,23

15 de setembro de 2022 - 19:12

O Ibovespa acompanhou o mau humor das bolsas internacionais e segue no aguardo dos próximos passos do Fed

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Cautela prevalece e bolsas internacionais acompanham bateria de dados dos EUA hoje; Ibovespa aguarda prévia do PIB

15 de setembro de 2022 - 7:42

As bolsas no exterior tentam emplacar alta, mas os ganhos são limitados pela cautela internacional

FECHAMENTO DO DIA

Wall Street se recupera, mas Ibovespa cai com varejo fraco; dólar vai a R$ 5,17

14 de setembro de 2022 - 18:34

O Ibovespa não conseguiu acompanhar a recuperação das bolsas americanas. Isso porque dados do varejo e um desempenho negativo do setor de mineração e siderurgia pesaram sobre o índice.

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Depois de dia ‘sangrento’, bolsas internacionais ampliam quedas e NY busca reverter prejuízo; Ibovespa acompanha dados do varejo

14 de setembro de 2022 - 7:44

Os futuros de Nova York são os únicos que tentam emplacar o tom positivo após registrarem quedas de até 5% no pregão de ontem

FECHAMENTO DO DIA

Inflação americana derruba Wall Street e Ibovespa cai mais de 2%; dólar vai a R$ 5,18 com pressão sobre o Fed

13 de setembro de 2022 - 19:01

Com o Nasdaq em queda de 5% e demais índices em Wall Street repercutindo negativamente dados de inflação, o Ibovespa não conseguiu sustentar o apetite por risco

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições

13 de setembro de 2022 - 7:37

Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão

DANÇA DAS CADEIRAS

CCR (CCRO3) já tem novos conselheiros e Roberto Setubal está entre eles — conheça a nova configuração da empresa

12 de setembro de 2022 - 19:45

Além do novo conselho de administração, a Andrade Gutierrez informou a conclusão da venda da fatia de 14,86% do capital da CCR para a Itaúsa e a Votorantim

FECHAMENTO DO DIA

Expectativa por inflação mais branda nos Estados Unidos leva Ibovespa aos 113.406 pontos; dólar cai a R$ 5,09

12 de setembro de 2022 - 18:04

O Ibovespa acompanhou a tendência internacional, mas depois de sustentar alta de mais de 1% ao longo de toda a sessão, o índice encerrou a sessão em alta

novo rei?

O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)

12 de setembro de 2022 - 11:12

Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar