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Jasmine Olga
Jasmine Olga
É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
FECHAMENTO DO DIA

Dólar volta a ficar abaixo dos R$ 5 e Ibovespa sobe apoiado em commodities, na contramão do mercado internacional

O Ibovespa se beneficiou da alta expressiva do petróleo, mas o mercado internacional seguiu um clima de cautela

Jasmine Olga
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21 de março de 2022
18:25 - atualizado às 17:32
investimento dólar estrangeiro
Imagem: Shutterstock

A semana começou com o pé direito para os investidores brasileiros. O Ibovespa renovou o seu melhor fechamento do ano, e o dólar à vista voltou a encerrar o dia abaixo da casa dos R$ 5 pela primeira vez desde junho de 2021. 

O principal índice da bolsa brasileira encerrou a sessão em alta de 0,73%, aos 116.154 pontos. Já a moeda americana recuou 1,72%, a R$ 4,9445. Os mercados internacionais, no entanto, percorreram um caminho diferente. 

O bom desempenho das empresas de maior peso no índice garantiu o saldo positivo, e o fluxo de dinheiro entrando no país aliviou o câmbio.

A alta do petróleo e a perspectiva de que o governo chinês continuará estimulando a economia levaram as produtoras de commodities a ampliarem os ganhos. Teve espaço até para a Petrobras, que vinha sofrendo com os ruídos políticos nas últimas semanas. 

No exterior e na curva de juros, foi o temor inflacionário que tomou conta, levando as bolsas americanas a interromperem a sequência de ganhos. 

Sem sinais de um acordo de paz no leste europeu, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, alertou que a guerra na Ucrânia deve ter efeitos significativos e incertos na economia global, com novas pressões sobre as cadeias produtivas ao redor do mundo. Em uma situação como essa, o risco inflacionário se amplia, e o Fed se veria obrigado a acelerar a elevação dos juros. 

No Brasil, a curva de juros repercutiu o aperto visto nas taxas americanas, mas também digeriu o novo boletim Focus divulgado pelo Banco Central e que contou com surpresas. Os economistas esperam uma inflação de 6,59% em 2022 e a Selic em 13% ao fim do ano. 

Notícias do front

Rússia e Ucrânia ainda parecem longe de chegar a um acordo de cessar-fogo, mesmo com rodadas de negociações acontecendo de forma quase diária. O governo ucraniano se recusou a entregar o controle do município de Mariupol, região que liga Donbass à península da Crimeia. 

O esperado é que a União Europeia anuncie novas sanções econômicas ao governo russo, mas sem atacar diretamente o corredor de distribuição de energia. 

Refazendo as contas

Além do atraso em sua divulgação, o boletim Focus desta segunda-feira também trouxe surpresas negativas importantes nas projeções dos economistas para os principais indicadores da economia brasileira. 

Na inflação houve aumento das projeções para o IPCA de 2023, ano mais relevante para o atual horizonte de política monetária, e também no de 2022. Para o ano que vem, a mediana de expectativas passou a ser de 3,75%, muito acima da meta de 3,25%. Já para o fim de 2022, a mediana passou a ser de 6,59%, a 10ª alta consecutiva. 

Depois da última reunião de política monetária, houve mudanças também com relação à Selic. Agora os analistas esperam que o ano termine com a taxa básica de juros em 13,0%. O Produto Interno Bruto (PIB) foi o único com uma revisão mais positiva, passando de 0,49% para 0,50%.  

Em uma semana que será marcada pela divulgação do Relatório Trimestral de Inflação e pela ata da última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central, a curva de juros respondeu em alta, também pressionada pelas falas de Jerome Powell. Confira:

CÓDIGONOMEVALORFEC 
DI1F23DI jan/2312,93%12,87%
DI1F25DI Jan/2512,22%12,08%
DI1F26DI Jan/2612,03%11,91%
DI1F27DI Jan/2712,01%11,93%

Sobe e desce do Ibovespa

O novo salto do petróleo permitiu que a Petrobras recuperasse parte da forte queda registrada na semana anterior. Isso porque o presidente Jair Bolsonaro amenizou as suas críticas com relação à estatal e disse que não tem interesse em intervir diretamente na companhia – contrariando as suas falas recentes que haviam penalizado a empresa. 

As ações ligadas ao minério de ferro também se destacaram hoje, ainda repercutindo os sinais de que a China deve seguir estimulando a sua economia, o que possibilita a manutenção da demanda. Confira as maiores altas do dia:

CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
PETR4Petrobras PNR$ 31,763,76%
RRRP33R Petroleum ONR$ 37,863,70%
BRAP4Bradespar PNR$ 36,443,49%
PETR3Petrobras ONR$ 34,273,35%
VALE3Vale ONR$ 98,812,83%

Confira as maiores quedas:

CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
BIDI11Banco Inter unitR$ 18,04-8,47%
DXCO3Dexco ONR$ 14,29-4,22%
BRKM5Braskem PNAR$ 45,19-3,81%
PETZ3Petz ONR$ 17,93-3,81%
QUAL3Qualicorp ONR$ 15,00-3,78%

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