China e EUA: separados na guerra, mas juntos no mercado de ações; a cooperação que pode garantir US$ 1,1 trilhão aos investidores
Uma lei aprovada em 2020 permitiria que a SEC – a CVM dos EUA – excluísse empresas chinesas das bolsas norte-americanas, mas, ao que tudo indica, a possibilidade de expulsão é cada vez menor

Brasileiro só aprende quando mexe no bolso. Parece que esse ditado não se aplica apenas a nós aqui do Brasil. Se China e Estados Unidos estão em lados opostos na guerra entre Rússia e Ucrânia, o mesmo não acontece quando o assunto é o mercado de ações.
As duas maiores economias do mundo se preparam para uma cooperação que deve evitar a perda de US$ 1,1 trilhão aplicados por investidores.
Reguladores da China e dos Estados Unidos fizeram progressos na questão das empresas chinesas serem retiradas das bolsas norte-americanas, segundo comentários após uma reunião nesta quarta-feira (16) sob o Conselho de Estado presidido pelo vice-primeiro-ministro Liu He, que é o principal conselheiro econômico do presidente Xi Jinping.
Os dois lados estão trabalhando em um plano de cooperação concreto, segundo um resumo da reunião, acrescentando que a China continuará apoiando várias empresas para buscar listagens em mercados estrangeiros.
Voltando na história entre China e EUA
Uma lei aprovada em 2020 permitiria que a Securities and Exchange Comission (SEC, a CVM dos EUA) excluísse empresas chinesas das bolsas norte-americanas se os reguladores de lá não pudessem revisar as auditorias das empresas por três anos consecutivos.
Segundo o Asia Financial, cerca de 250 empresas chinesas seriam forçadas a sair do maior mercado acionário do mundo em até três anos, se não cumprirem as normas de auditoria. E essa expulsão colocaria em risco US$ 1,1 trilhão aplicado por investidores.
Leia Também
As preocupações de Pequim com a segurança da informação geralmente impediram as empresas chinesas de permitir essas auditorias.
Os efeitos da saída
As preocupações com a retirada forçada de ações chinesas das bolsas dos Estados Unidos aumentaram as preocupações dos investidores com o crescimento econômico após o ressurgimento da covid-19 e da guerra na Ucrânia.
- IMPORTANTE: liberamos um guia gratuito com tudo que você precisa para declarar o Imposto de Renda 2022; acesse pelo link da bio do nosso Instagram e aproveite para nos seguir. Basta clicar aqui
Na segunda-feira (14), o analista do JPMorgan China, Alex Yao, e sua equipe disseram que consideravam o setor “ininvestível” pelos próximos seis a 12 meses e rebaixaram 28 das ações que cobrem.
Nos últimos dois anos, o governo chinês reprimiu grandes empresas de tecnologia por supostas práticas monopolistas e alta dependência de dívidas por parte das incorporadoras.
Os investidores começaram a se preocupar especificamente com as ações chinesas listadas nos Estados Unidos depois que Pequim reprimiu a Didi poucos dias após sua listagem em Nova York, no final de junho.
Mas, segundo o Asia Financial, economistas disseram em fevereiro que o pior da repressão regulatória da China acabou, à medida que Pequim muda seu foco para apoiar o crescimento econômico.
Além das ações chinesas
Enquanto trabalha com os Estados Unidos no mercado de ações, no front da tributação as coisas não avançam no mesmo ritmo na China.
O Ministério das Finanças chinês informou nesta quarta-feira que as condições não são adequadas para expandir um teste de imposto sobre a propriedade - o IPTU chinês - este ano.
A informação é da agência de notícias estatal Xinhua e sugere que as autoridades estão agindo com cuidado para evitar mais danos à confiança no setor.
A expectativa de que a China expandisse os testes sobre o imposto predial aumentaram em 2020, depois que o presidente chinês Xi Jinping condenou a especulação imobiliária em meio à crise deflagrada pela Evergrande.
Andy Warhol: 6 museus para ver as obras do mestre da Pop Art — incluindo uma exposição inédita no Brasil
Tão transgressor quanto popular, Warhol ganha mostra no Brasil em maio; aqui, contamos detalhes dela e indicamos onde mais conferir seus quadros, desenhos, fotografias e filmes
Diretor do Inter (INBR32) aposta no consignado privado para conquistar novos patamares de ROE e avançar no ambicioso plano 60-30-30
Em entrevista ao Seu Dinheiro, Flavio Queijo, diretor de crédito consignado e imobiliário do Inter, revelou os planos do banco digital para ganhar mercado com a nova modalidade de empréstimo
Ninguém vai poder ficar em cima do muro na guerra comercial de Trump — e isso inclui o Brasil; entenda por quê
Condições impostas por Trump praticamente inviabilizam a busca por um meio-termo entre EUA e China
Starbase: o novo plano de Elon Musk para transformar casa da SpaceX na primeira cidade corporativa do mundo
Moradores de enclave dominado pela SpaceX votam neste sábado (03) a criação oficial de Starbase, cidade idealizada pelo bilionário no sul do Texas
Trump pressionou, Bezos recuou: Com um telefonema do presidente, Amazon deixa de expor tarifas na nota fiscal
Após conversa direta entre Donald Trump e Jeff Bezos e troca de farpas com a Casa Branca, Amazon desiste de exibir os custos de tarifas de importação dos EUA ao lado do preço total dos produtos
Gafisa (GFSA3) recebe luz verde para grupamento de 20 por 1 e ação dispara mais de 10% na bolsa
Na ocasião em que apresentou a proposta, a construtora informou que a operação tinha o intuito de evitar maior volatilidade e se antecipar a eventuais cenários de desenquadramento na B3
Santander (SANB11) divulga lucro de R$ 3,9 bi no primeiro trimestre; o que o CEO e o mercado têm a dizer sobre esse resultado?
Lucro líquido veio em linha com o esperado por Citi e Goldman Sachs e um pouco acima da expectativa do JP Morgan; ações abriram em queda, mas depois viraram
Fundos imobiliários: ALZR11 anuncia desdobramento de cotas e RBVA11 faz leilão de sobras; veja as regras de cada evento
Alianza Trust Renda Imobiliária (ALZR11) desdobrará cotas na proporção de 1 para 10; leilão de sobras do Rio Bravo Renda Educacional (RBVA11) ocorre nesta quarta (30)
Conheça os 50 melhores bares da América do Norte
Seleção do The 50 Best Bars North America traz confirmações no pódio e reforço de tendências já apontadas na pré-lista divulgada há algumas semanas
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Nova Ordem Mundial à vista? Os possíveis desfechos da guerra comercial de Trump, do caos total à supremacia da China
Michael Every, estrategista global do Rabobank, falou ao Seu Dinheiro sobre as perspectivas em torno da guerra comercial de Donald Trump
Donald Trump: um breve balanço do caos
Donald Trump acaba de completar 100 dias desde seu retorno à Casa Branca, mas a impressão é de que foi bem mais que isso
Trump: “Em 100 dias, minha presidência foi a que mais gerou consequências”
O Diário dos 100 dias chega ao fim nesta terça-feira (29) no melhor estilo Trump: com farpas, críticas, tarifas, elogios e um convite aos leitores do Seu Dinheiro
Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?
Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado
Prio (PRIO3): banco reitera recomendação de compra e eleva preço-alvo; ações chegam a subir 6% na bolsa
Citi atualizou preço-alvo com base nos resultados projetados para o primeiro trimestre; BTG também vê ação com bons olhos
Bolsa de Metais de Londres estuda ter preços mais altos para diferenciar commodities sustentáveis
Proposta de criar prêmios de preço para metais verdes como alumínio, cobre, níquel e zinco visa incentivar práticas responsáveis e preparar o mercado para novas demandas ambientais
Tupy (TUPY3): Com 95% dos votos a distância, minoritários devem emplacar Mauro Cunha no conselho
Acionistas se movimentam para indicar Cunha ao conselho da Tupy após polêmica troca do CEO da metalúrgica
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Salão de Xangai 2025: BYD, elétricos e a onda chinesa que pode transformar o mercado brasileiro
O mundo observa o que as marcas chinesas trazem de novidades, enquanto o Brasil espera novas marcas
Trump quer brincar de heterodoxia com Powell — e o Fed que se cuide
Criticar o Fed não vai trazer parceiros à mesa de negociação nem restaurar a credibilidade que Trump, peça por peça, vem corroendo. Se há um plano em andamento, até agora, a execução tem sido tudo, menos coordenada.