Após resultado fraco, Qualicorp (QUAL3) lidera quedas do Ibovespa e puxa todo o setor de saúde junto
O resultado fraco da Qualicorp também pesa sobre os papéis da Rede D’Or, maior cionista da companhia
O cenário macroeconômico delicado segue atrasando os planos de crescimento da Qualicorp (QUAL3) e penalizando os resultados da companhia.
O balanço do primeiro trimestre divulgado na noite de ontem passou longe de agradar o mercado, com os números sendo classificados como fracos pela maior parte dos analistas, criando novas preocupações. A resposta do mercado pode ser sentida no desempenho das ações da companhia.
Os papéis de QUAL3 caem mais de 8%, a R$ 10,95, puxando todo o setor de saúde para as maiores quedas do dia. A Rede D'Or, detentora de quase 30% do capital da Qualicorp, também tem forte queda, com um recuo de 45, a R$ 32,37. A rede de hospitais divulga amanhã os seus números.
Os analistas da Genial Investimentos aproveitaram o momento para revisar suas projeções para as ações da Qualicorp. Embora a recomendação siga sendo de compra, o preço-alvo foi reduzido a R$ 18,50, um potencial de alta de 53%.
Qualicorp: os números
A operadora de saúde apresentou um lucro líquido de R$ 74 milhões no primeiro trimestre de 2022, 35,3% menor do que os R$ 114,5 milhões do ano anterior.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 252,8 milhões, queda de 9,2% na comparação anual. A receita líquida recuou 4%, a R$ 502,2 milhões, enquanto a dívida líquida dobrou e ultrapassou a casa dos R$ 1,4 bilhão.
Leia Também
Seguindo o que já vinha sendo tendência nos últimos balanços, os cancelamentos foram superiores às novas adições de vida, mesmo com as novas contratações apresentando um crescimento de 15%.
Diante de um crescimento dos cancelamentos por inadimplência, a Qualicorp aumentou as suas provisões visando diminuir o impacto das perdas -- um crescimento de 35,5% na base anual.
A diretoria da companhia disse estar buscando alternativas frente ao cenário desafiador, como a criação de novas estratégias de crescimento, maior mix de produtos e novos canais de atendimento.
O que o mercado não gostou
Para a Genial Investimentos, embora o pior já pareça ter passado com relação aos reajustes acumulados e a nova onda de cancelamentos, o pior parece ter passado. O balanço, no entanto, indica um outro problema: a inadimplência.
Segundo os analistas o cancelamento por falta de pagamento dificulta o repasse dos preços e pressiona as margens, obrigando as operadoras a realizarem um reajuste acima do esperado. "Dado uma situação macroeconômica cada vez mais incerta, que está diretamente ligada à manutenção da venda de planos de saúde no país, estamos cada vez menos otimistas com os resultados futuros da Qualicorp", aponta o relatório.
Além da perda de vidas, o ticket médio da companhia também recuou, pressionando as receitas da Qualicorp.
Segundo o Credit Suisse, os sinais de reversão de tendência para o aumento da carteira de clientes ainda são poucos e é um dos principais fatores que seguram uma possível alta dos papéis.
A Qualicorp também sofreu com o impacto das comissões de vendas mais altas praticadas em 2021.
O que o mercado gostou
Mesmo diante de um balanço bem negativo, os analistas conseguiram apontar duas linhas do resultado animadoras : o controle dos custos e o resultado financeiro.
Os custos apresentaram uma queda na comparação trimestral e ficaram bem abaixo da inflação quando observada na base anual. A Genial, no entanto, ressalta que a queda nos gastos com marketing preocupam já que a companhia tem um objetivo de crescimento.
Round 2 da bolsa: Ibovespa acompanha inflação dos EUA em preparação para dados do IPCA
Nos EUA, aumentam as apostas por um corte de juros maior; por aqui, inflação persistente sinaliza aumento das taxa Selic
Ajuste seu alarme: Resultado do payroll define os rumos dos mercados, inclusive do Ibovespa; veja o que esperar
Relatório mensal sobre o mercado de trabalho norte-americano será decisivo para antecipar o próximo passo do Fed
Acabou a farra do Ibovespa? Setembro começou mal para a Bolsa, mas não é motivo para preocupação
Alguns fatores parecem ter pesado no humor, como os velhos riscos fiscais que voltaram aos holofotes e o bloqueio da plataforma X
Depois de empate com sabor de vitória, Ibovespa repercute cardápio de notícias locais e dados sobre o mercado de trabalho dos EUA
Números do governo central e da balança comercial dividem atenção com Galípolo, conta de luz e expectativa com payroll nos EUA
Embraer (EMBR3), Yduqs (YDUQ3) e Petz (PETZ3) são as maiores altas da bolsa em dia de ganho de 1% do Ibovespa
O mercado também devolve parte das perdas recentes; nas duas primeiras sessões de setembro, o principal índice de ações da B3 chegou a acumular queda de 1,21%
O mês do cachorro louco mudou? Depois das máximas históricas de agosto, Ibovespa luta para sair do vermelho em setembro
Temores referentes à desaceleração da economia dos EUA e perda de entusiasmo com inteligência artificial penalizam as bolsas
Existe espaço para o real se fortalecer mesmo que o Banco Central não suba a Selic — e aqui estão os motivos, segundo a Kinea Investimentos
Apesar do “efeito Rashomon” nos mercados, gestora se mantém comprada na moeda brasileira e no dólar norte-americano
Aumento das tensões internacionais faz Goldman Sachs recomendar ouro, mesmo com o metal perto das máximas históricas
Há, contudo, um novo elemento que coloca ainda mais lenha na fogueira do rali do ouro, e ele vem da demanda — ou, melhor dizendo, a falta dela — da China
O Ibovespa experimentou novos recordes em agosto — e uma combinação de acontecimentos pode ajudar a bolsa a subir ainda mais
Enquanto o ambiente externo segue favorável aos ativos de risco, a economia brasileira tem se mostrado mais resistente que o esperado
Primavera Sound é cancelado no Brasil e na América Latina em 2024; T4F (SHOW3) diz o motivo
Segundo o documento, a decisão foi tomada após “muitos meses de trabalho e tentativas para garantir a realização do festival”
Setembro finalmente chegou: Feriado nos EUA drena liquidez em início de semana com promessa de fortes emoções no Ibovespa
Agenda da semana tem PIB e balança comercial no Brasil; nos EUA, relatório mensal de emprego é o destaque, mas só sai na sexta
Agenda econômica: PIB do Brasil e o dado mais importante da economia dos EUA são os destaques da semana; veja o calendário completo
Investidores aguardam início de corte de juros nos EUA e dados do payroll vão indicar a magnitude da tesourada do Federal Reserve
A 3R Petroleum vai trocar de nome — e também de ticker; veja quando ela deixará de negociar como RRRP3
Novo nome da 3R Petroleum “reforça a brasilidade, a bravura da equipe e parceiros na entrega de melhores resultados”, diz CEO.
Ibovespa salta mais de 6% e é o melhor investimento de agosto; bitcoin (BTC) despenca 11% e fica na lanterna – veja ranking completo
Impulsionado principalmente pela perspectiva de cortes de juros nos Estados Unidos, o índice registrou o melhor desempenho mensal deste ano
Vem mais intervenção aí? Dólar dispara pelo quinto dia seguido, Banco Central entra com leilões e Campos Neto diz o que pode acontecer agora
Além de fatores técnicos e da valorização da moeda norte-americana no exterior, um conjunto de questões locais colabora com a escalada da divisa em relação ao real
Em dia de caos na bolsa, Ibovespa consegue sustentar os 136 mil pontos e garante ganhos na semana; dólar sobe a R$ 5,6350
A queda do principal índice da bolsa brasileira acontece mesmo após dado crucial de inflação nos Estados Unidos vir em linha com as expectativas dos economistas; os percalços do mercado brasileiro são locais
Um provérbio para a bolsa: Depois de realizar lucros, Ibovespa aguarda PCE, desemprego e falas de Haddad e Campos Neto
Para além da bolsa, o Banco Central promove hoje seu primeiro leilão de venda de dólares desde abril de 2022
A Vale (VALE3) vai subir mais? O que a valorização das ações diz sobre a troca no comando da mineradora
A sucessão no comando da Vale era uma nuvem pesada que pairava sobre a tese de investimentos na companhia, e o fato de ela ter ido embora ajudou VALE3 nesta semana — a tendência veio para ficar?
Dólar belisca a casa dos R$ 5,66, mas encerra o dia a R$ 5,6231; na contramão, Ibovespa cai 0,95%. O que mexeu com os mercados aqui e lá fora?
As bolsas em Nova York operaram em alta na maior parte do dia, mas tiveram que lidar com perdas da Nvidia — que também pressionou os mercados na Ásia; Europa celebrou dados de inflação na região
É recorde atrás de recorde na bolsa: Ibovespa fecha aos 137.343,96 pontos com indicação de Galípolo para a chefia do BC; dólar sobe a R$ 5,5555
O principal índice da bolsa brasileira foi na contramão de Wall Street, que operou praticamente o dia todo guiada pela cautela antes do balanço da Nvidia e de dados de inflação previstos para o final da semana