O Banco Pan (BPAN4) divulgou hoje (08) seus resultados e empolgou o mercado com os números apresentados. Os papéis fecharam o dia em alta de 7,87%, sendo negociados a R$ 10,00.
O banco registrou no quarto trimestre um lucro líquido de R$ 190 milhões, alta de 11% em relação ao mesmo período em 2020 (R$ 171 milhões) e 0,5% abaixo do terceiro trimestre (R$ 190 milhões).
Em 2021, o banco registrou lucro líquido de R$ 775 milhões, aumento de 18% em relação ao ano anterior. O ROE (retorno sobre o patrimônio) ficou em 13,9%.
O Banco Pan anunciou que terminou o ano de 2021 com 17,1 milhões de clientes, o que representa uma média de 46 mil novos clientes por dia e um crescimento total de 124% ante 2020, quando o total de clientes era de 7,6 milhões.
Os investimentos feitos na aquisição de clientes levaram a um aumento da despesa total da ordem de R$ 1 bilhão.
Segundo o Pan, a margem financeira teve uma alta de 24% no ano, chegando a R$ 6,6 bilhões, o que contribuiu para o resultado financeiro do quarto trimestre.
Além disso, o aumento da receita e a redução das despesas com prestação de serviços também ajudaram a empresa a mostrar uma melhora no resultado.
O retorno anualizado sobre o patrimônio foi de 13,3% no quarto trimestre, acima dos 13% do mesmo intervalo de 2020 e abaixo dos 13,6% do terceiro trimestre.
Já as despesas administrativas e de pessoal avançaram para R$ 563 milhões, de R$ 452 milhões no quarto trimestre de 2020 e frente aos R$ 525 milhões do terceiro trimestre.
Crédito
A carteira de crédito expandida encerrou 2021 com saldo de R$ 34,8 bilhões, o que representa um aumento de 21% em relação ao final de 2020 e uma alta de 5% se comparado ao terceiro trimestre.
No quarto trimestre, a média mensal de originação de crédito do Pan foi de R$ 2,3 bilhões, 15% abaixo dos R$ 2,713 bilhões do mesmo trimestre de 2020 e 2% inferior aos R$ 2,356 bilhões do terceiro trimestre.
O mix da carteira de crédito do Banco Pan no segmento varejo também se alterou consideravelmente. Em 2020, empréstimos consignados e associados ao FGTS representavam 52% da carteira, e em 2021 passaram para 44%.
A participação do crédito concedido para a aquisição de veículos permaneceu mais ou menos estável, enquanto os empréstimos pessoais e cartões ganharam importância: subiram de 6% em 2020 para 12% em 2021.
Mesmo assim, o banco argumenta que os riscos de crédito permaneceram controlados. O indicador de créditos vencidos acima de 90 dias sobre a carteira foi de 6,3% frente a 5,8% no terceiro trimestre de 2021, evoluindo conforme a mudança de mix do portfólio.
Já o indicador de créditos vencidos entre 15 e 90 dias sobre a carteira total ficou em 7,8%, no quarto trimestre, acima dos 7,5% do terceiro trimestre, e 1,5% maior do que no mesmo período de 2020.
As despesas com provisão de crédito somaram R$ 408 milhões, subindo em relação aos R$ 247 milhões do quarto trimestre de 2020 e frente aos R$ 378 milhões do terceiro trimestre.
As despesas com originação de crédito e aquisição de clientes ficaram em R$ 435 milhões, frente aos R$ 539 milhões do quarto trimestre de 2020 e dos R$ 506 milhões do terceiro trimestre.
*Com informações do Estadão Conteúdo