Estudo aponta relação entre negacionismo de Bolsonaro e evolução da pandemia no Brasil
Segundo o levantamento, em cidades onde o presidente obteve mais de 50% dos votos no segundo turno das eleições de 2018, número de mortes foi 415% maior do que nos municípios onde ele perdeu o pleito

No momento em que a CPI da Covid avança em Brasília, um estudo publicado na SSRN (Social Science Research Network, uma revista acadêmica internacional) reforça o argumento dos que apontam o governo federal como principal responsável pelas mortes provocadas pela pandemia do coronavírus.
Segundo o levantamento, em cidades onde o presidente Jair Bolsonaro obteve mais de 50% dos votos no segundo turno das eleições de 2018, o número de novas mortes foi 415% maior do que nos municípios onde ele perdeu o pleito. O número de casos foi 299% superior, na mesma base de comparação.
Os números ficam ainda mais discrepantes quando focados em cidades que deram mais de 70% dos votos no segundo turno para Bolsonaro, comparadas com aquelas em que menos de 30% escolheram o então candidato.
De acordo com o estudo, o número de mortes do primeiro grupo chegou a ser 647% maior do que o do segundo grupo, enquanto o de infeções foi 567% superior.
"O artigo associa a atitude negativista da liderança nacional com o comportamento mais arriscado de seus apoiadores, levando a resultados desastrosos em termos de vidas perdidas".
Sandro Cabral, do Insper, Leandro Pongeluppe, da Universidade de Toronto, e Nobuiuki Ito, do Ibmec
Para elaborar o levantamento, os pesquisadores reuniram o número de mortes e casos dos 5.570 municípios do país durante as primeiras 52 semanas da pandemia.
Leia Também
Os dados foram cruzados com as informações do TSE sobre os resultados de 2018 em cada cidade, sem considerar fatores como renda e acesso a serviços básicos.
O estudo, que pode ser acessado neste link, foi conduzido pelos pesquisadores Sandro Cabral, do Insper, Leandro Pongeluppe, da Universidade de Toronto, e Nobuiuki Ito, do Ibmec.
O grupo aponta que Bolsonaro seria um "arquetipo de líder em negação". "O presidente do Brasil fez uma sequência de discursos para televisão e rádio minimizando a gravidade da pandemia de covid-19", lembram.
A pesquisa também mostra a relação entre a variação do risco de infecção e morte ao longo do tempo. Em um gráfico, por exemplo, é possível notar que, na sétima semana da pandemia, logo após um pronunciamento oficial do presidente, o risco aumentou nos municípios com maioria pró-Bolsonaro.

Negacionismo
Bolsonaro minimizou a gravidade da pandemia desde os primeiros casos no Brasil. No final de março, quando o país contava pouco mais de 50 mortos por covid-19, o chefe do executivo afirmou em cadeia nacional que o novo coronavírus se tratava de uma "gripezinha".
O presidente discursou dezenas de vezes contra o isolamento social e a favor de remédios sem eficácia comprovada, trocando por duas vezes o ministro da Saúde em meio ao avanço da doença.
O governo brasileiro também recusou onze ofertas formais de fornecimento de vacinas contra a covid-19, segundo o portal G1. O método do Ministério da Saúde, com o general Eduardo Pazuello à frente, para dizer não sempre foi o de ignorar as propostas.
O país conta com cerca de 8% da população vacinada, enquanto a doença segue infectando e provocando mortes em patamares elevados. Em países como os Estados Unidos, o avanço da imunização dá mais segurança aos agentes econômicos e permite a projeção de uma recuperação da atividade.
Na quinta-feira (6), o Brasil registrou 2,5 mil vidas perdidas pela covid-19. Desde o início da pandemia, 416,9 mil pessoas morreram em decorrência da doença.
Pandemia completa 2 anos no Brasil com quase 650 mil mortes
Além das centenas de milhares de mortes, quase 30 milhões de brasileiros foram diagnosticados com covid-19 no período
Covid-19 volta a causar mais de mil mortes por dia no Brasil
Nas últimas semanas, Ministério da Saúde têm registrado sucessivamente novos recordes diários de casos da doença no Brasil
A alta estrutural do petróleo: como a questão ucraniana pode influenciar?
Tensões entre Ucrânia e Rússia podem pressionar os preços da commodity, dando uma mãozinha para o barril chegar à marca dos US$ 100
Covid-19 volta a ganhar força e Brasil bate recorde de casos confirmados da doença em 24 horas
Números de novos casos em apenas um dia ultrapassou a marca de 137 mil; Ministério da Saúde também confirmou mais 351 mortes pela doença
Com presidente do Conselho fura-quarentena e perdas de clientes, Credit Suisse tem desafio de recuperar reputação
Credit Suisse volta a ser abalado com saída de presidente do Conselho que veio para recuperar a imagem do banco, mas foi pego violando as regras da quarentena contra a covid-19
Ômicron e seus investimentos: variante do coronavírus terá efeitos distintos sobre empresas de saúde na bolsa; saiba quais são eles
Planos de saúde devem enfrentar um cenário menos favorável dado o aumento dos índices de sinistralidade e pressão sobre os custos
MacKenzie Scott, ex-mulher de fundador da Amazon, escolhe o Brasil para primeiro aporte em ONG fora dos EUA
O Vetor Brasil, organização que desenvolve profissionais para o setor público, receberá o dinheiro
Os yields devem estar loucos: entenda os impactos da alta dos juros nos EUA
2022 promete ser um ano no qual enfrentaremos o desconhecido. Não só pelos impactos da pandemia, mas também pela normalização monetária
Covid-19 volta a ameaçar planos de IPOs nos EUA
Ofertas públicas são adiadas por conta da variante Ômicron da covid-19
Depois da Azul, Latam cancela voos por casos de covid e gripe entre tripulantes
Diante dos problemas, Anac oferece suporte a passageiros afetados e monitora os casos entre profissionais da aviação
Vem aí a deltacron: Pesquisador afirma ter descoberto variante do coronavírus que mescla ômicron e delta
Autor da descoberta diz que ainda é cedo para antecipar os possíveis impactos da cepa; 25 casos foram confirmados até agora
Esquenta dos mercados: Bolsas operam mistas antes do payroll dos EUA e paralisação dos auditores da Receita pressiona governo federal
O Ibovespa ainda registra queda na casa dos 3% e o exterior morno não deve ajudar o índice brasileiro
Esquenta dos mercados: Bolsas e bitcoin (BTC) caem após ata do Fed, e Ibovespa deve aprofundar queda com risco fiscal do cenário doméstico
Os índices dos Estados Unidos tiveram uma queda expressiva ontem (05) após a divulgação do documento, e o Ibovespa, que já ia mal, piorou ainda mais
Esquenta dos mercados: Bolsas operam com cautela no exterior antes da ata do Fed e cenário doméstico permanece atento ao risco fiscal; ações de tecnologia caem lá fora após cerco da China contra setor
O coronavírus se espalha pelos países, que batem recordes de casos registrados nas últimas 24h e situação pode comprometer a retomada das atividades
Esquenta dos mercados: Bolsas do exterior sobem após dados positivos e Ibovespa deve destoar com cenário doméstico focado no risco fiscal mais uma vez
Além disso, a variante ômicron permanece no radar dos investidores internacionais, com maiores informações sobre infecções e letalidade
Anvisa recomenda suspensão da temporada de cruzeiros; três navios na costa brasileira registraram casos de covid a bordo
Dois navios interromperam as atividades na última sexta-feira, e o terceiro realizou o desembarque hoje, no Porto do Rio
Show da virada: bolsas americanas deixam Ibovespa no chinelo e encerram 2021 com ganhos de até 27%
Índices em Nova York sentem efeito do baixo volume do último dia do ano e fecham sessão abaixo dos recordes recentes. Temores por disparada de casos de covid-19 nos Estados Unidos também pesam.
Esquenta dos mercados: alerta da OMS sobre ômicron e delta atrapalha rali de final de ano nas principais bolsas mundiais
A organização alertou que a circulação simultânea das duas variantes pode provocar um tsunami de casos de covid-19
Em mais um dia fraco, Ibovespa perde força e fecha em queda; dólar volta a flertar com os R$ 5,70
Temores com a ômicron no exterior e volumes reduzidos limitaram novas altas, o que pesou na bolsa brasileira; juros e dólar responderam mal ao IGP-M e à pressão dos servidores públicos por aumentos
OMS alerta para tsunami de casos de covid-19 no mundo e manda recado ao Brasil; saiba o que a agência falou
Dois anos após primeiras notificações da China, circulação simultânea das variantes Delta e Ômicron provoca disparada global de infecções