Mercados hoje: climão em Brasília e dado de emprego à espreita
O mercado internacional está completamente focado nos dados de emprego nos EUA; já o Brasil pode enveredar novamente por seguir sua própria dinâmica
Bom dia, pessoal!
Hoje (6), o mercado internacional está completamente focado nos dados de emprego nos EUA (payroll), marcados para às 9h30 – se vierem acima do esperado, aumentarão a possibilidade do presidente do Fed, Jerome Powell, falar sobre o “tapering” (processo de redução do nível de compra de ativos) em Jackson Hole ainda este mês, conforme comentaremos abaixo.
Ainda assim, independentemente da performance internacional, o Brasil pode enveredar novamente por seguir sua própria dinâmica, principalmente depois das peças adicionadas ao tabuleiro ontem (5).
Lá fora, os mercados de ações asiáticos operaram mistos nesta sexta-feira, ansiosos em relação a um agravamento dos surtos de Covid-19, que poderia afetar as maiores economias do mundo. Na Europa, também não há um tom uníssono, com Bolsas amanhecendo de maneira bastante mista, enquanto os futuros americanos, com exceção da Nasdaq, sobem.
A ver...
Climão em Brasília
Ontem (5), enquanto os mercados internacionais entregavam bons resultados para os investidores, em especial os dos EUA, que renovavam recordes, o mercado local virava para o negativo, com queda da Bolsa, desvalorização do dólar e estresse sobre os juros no pós-Copom – o resultado da Petrobras ajudou a conter a queda, distorcendo o Ibovespa em relação a outros índices, como o de small caps, que tiveram um dia ainda pior. Leia nossa análise completa de mercados.
Leia Também
Nasdaq bate à porta do Brasil: o que a bolsa dos ‘todo-poderosos’ dos EUA quer com as empresas daqui?
Mesmo com a véspera da notícia positiva vinda da Câmara ao final do pregão, que aprovou o texto-base do projeto de lei que trata da privatização dos Correios, os imbróglios fiscais e políticos de Brasília não parecem ter uma solução simples. Primeiro, veio a notícia do novo Refis, que dará descontos às empresas afetadas pela pandemia, além de permitir o abatimento das dívidas com precatórios. Em seguida, aumentou-se o tom de uma possível crise institucional derivada do choque entre o Executivo e o Judiciário.
As palavras do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, ao presidente da República, Jair Bolsonaro, cancelando a reunião entre os Poderes, joga mais lenha na fogueira, depois de importantes setores da sociedade civil divulgarem um manifesto em defesa das eleições de 2022. Ainda assim, é possível que a reunião cancelada seja posteriormente remarcada, uma vez que forças políticas devam entrar em campo para distensionar o clima.
Emprego à espreita
Nesta sexta-feira (6), os investidores examinarão o relatório de emprego de julho, no qual o mercado espera que 845 mil empregos não agrícolas tenham sido adicionados às folhas de pagamento dos EUA (estimativas variam de cerca de 400 mil a 1,5 milhão). Adicionalmente, a taxa de desemprego deve cair para 5,7%, de 5,9% em junho, ainda distante da mínima em 3,5% em fevereiro de 2020 (a pandemia jogou a taxa para 14,8%).
Outro dado relevante no interior do relatório é o de ganhos médios por hora, que devem subir 0,3% com ajuste sazonal em relação ao mês anterior e ser 3,8% mais altos do que há um ano, abaixo do índice de preços ao consumidor dos EUA, o qual tem registrado ganhos ano a ano na faixa de 4% a 5% nos últimos meses; ou seja, o poder de precificação dos consumidores diminuiu, pois os preços aumentaram mais rápido do que os salários.
Os dados serão importantes para o final deste mês, quando o presidente do Fed, Jerome Powell, falará na conferência anual em Jackson Hole, em Wyoming. O encontro poderá oferecer mais clareza sobre o momento e o grau em que o banco central pode reduzir seu programa de compra de ativos. Assim, o papel dos dados do mercado de trabalho pode impulsionar a política do Federal Reserve para indicar crescimento econômico.
E não mudou nada
Foi anunciada a política do Banco da Inglaterra, basicamente em linha com o esperado, indicando o início de uma conversa sobre a necessidade de um aperto monetário moderado em breve. O BoE decidiu manter sua taxa básica de juros em 0,10% e o tamanho de seu programa de relaxamento quantitativo (QE), em 895 bilhões de libras. Provavelmente, teremos alguma novidade sobre a diminuição desse QE até o final do ano, pelo menos em formato de aviso para o ano que vem.
Para reforçar seu direcionamento, os dirigentes da autoridade monetária afirmaram que, apesar da disseminação da variante Delta do coronavírus no Reino Unido, o impacto do vírus sobre a economia do país tem diminuído ao longo do tempo, conforme já vínhamos falando por aqui. Com isso, o comunicado ressalta o quão crucial é a trajetória da pandemia e seus impactos para os juros.
Anote aí!
Hoje, vale acompanhar o ministro da Economia, Paulo Guedes, que participa às 17h de reunião virtual com líderes empresariais – novidades sobre o Refis e imbróglios fiscais, como o tributário, podem ser interessantes. Fora isso, temos a continuidade dos nossos balanços da temporada de resultados e divulgação da produção de veículos em junho.
Lá fora, as economias da zona do euro possuem dados de produção industrial, enquanto o mundo inteiro aguarda os dados de payroll americano, com o relatório de empregos de julho, marcado para ser entregue esta manhã. Ainda nos EUA, estoques de atacado em junho e crédito ao consumidor até teriam relevância, mas se tornam secundários frente aos dados de payroll.
Muda o que na minha vida?
A média de novos casos de Covid-19 nos Estados Unidos atingiu sua maior alta em seis meses. Consequentemente, eventos pessoais estão sendo cancelados ou adiados e grandes empresas estão atrasando seus planos de retorno ao escritório.
Entretanto, como o ritmo da vacinação voltou a aumentar, os investidores parecem estar confortáveis com a tese de que a atual onda alimentada pela variante Delta não é como as outras, no que diz respeito ao seu impacto negativo na economia.
Justamente por isso o mercado se debruça sobre a lei de infraestrutura. Depois que um grupo bipartidário de senadores lançou o acordo de infraestrutura de US$ 1 trilhão, a disputa no Capitólio começou, com legisladores em ambos os lados do corredor resistindo e líderes democratas esperando estabelecer uma votação no Senado ainda hoje. Se o projeto for aprovado no Senado, ele seguirá para a Câmara, onde os democratas têm uma maioria estreita.
O projeto de infraestrutura fornecerá uma atualização muito necessária para a infraestrutura dos EUA. Do US$ 1 trilhão encaminhado, aproximadamente US$ 550 bilhões serão em novos gastos em estradas e pontes (US$ 110 bilhões), em ferrovias (US$ 66 bilhões), na rede de energia do país (US$ 73 bilhões), na expansão da banda larga (US$ 65 bilhões), no aprimoramento do saneamento (US$ 55 bilhões) e no trânsito (US$ 39 bilhões).
De qualquer forma, com o fim deste capítulo, o próximo debate será sobre o plano mais abrangente de US$ 3,5 trilhões. Como não poderia deixar de ser, contudo, os republicanos se opõem fortemente a esse projeto, mas os votos finais não são esperados até o outono. Gastos adicionais podem impulsionar ainda mais as Bolsas ao redor do mundo, elevando o apetite de risco dos investidores, pelo menos em um primeiro momento.
Fique de olho!
Você gostaria de ter um investimento completamente seguro e que ainda te entregue de forma garantida uma rentabilidade pré-fixada em 11% ao ano?
Então você não pode deixar de garantir o CDB do Banco Master (ex-banco Máxima), que está disponível em nossa plataforma para todos os investidores, a partir de R$ 1 mil.
O prazo de resgate é de apenas 3 anos (1080 dias corridos) – o que é um prazo muito menor ao compararmos com outros CDBs do mercado, ainda mais com esse prêmio.
O resgate é somente no vencimento do CDB, portanto, recomendamos que você invista um valor de que não possa precisar no curto prazo. Okay?
Mas, atenção:
Essa condição especial do CDB do Banco Master estará disponível na plataforma da Vitreo somente até HOJE, às 14h59 – horário de Brasília.
Clique agora no botão abaixo e aproveite enquanto ainda há tempo.
A rentabilidade divulgada não é líquida de impostos. CDBs contam com a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que garante a devolução do principal investido acrescido de juros referente a rendimentos, na hipótese da incapacidade de pagamento da instituição financeira, de até R$ 250 mil, por CPF ou CNPJ. Os riscos da operação com títulos de renda fixa estão na capacidade de o emissor honrar a dívida (risco de crédito); na impossibilidade de venda do título ou na ausência de investidores interessados em adquiri-lo (risco de liquidez); e na possibilidade de variação da taxa de juros e dos indexadores (risco de mercado).
Um abraço,
Jojo Wachsmann
Por falar em investimentos, o Victor Aguiar traz uma análise completa das 5 ações para você turbinar sua carteira; confira:
Itaú (ITUB4) perde a majestade e seis ações ganham destaque em novembro; confira o ranking das recomendações dos analistas
Após voltar ao topo do pódio da série Ação do Mês em outubro, os papéis do banco foram empurrados para o fundo do baú e, por pouco, não ficaram de fora da disputa
Petrobras (PETR4) perde o trono de empresa mais valiosa da B3. Quem é o banco que ‘roubou’ a liderança?
Pela primeira vez desde 2020, essa companhia listada na B3 assumiu a liderança do ranking de empresas com maior valor de mercado da bolsa brasileira; veja qual é
Fundo imobiliário GARE11 vende 10 imóveis, locados ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), por R$ 485 milhões
A venda envolve propriedades locadas ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que pertenciam ao FII Artemis 2022
Ibovespa atinge marca inédita ao fechar acima dos 150 mil pontos; dólar cai a R$ 5,3574
Na expectativa pela decisão do Copom, o principal índice de ações da B3 segue avançando, com potencial de chegar aos 170 mil pontos, segundo a XP
A última dança de Warren Buffett: ‘Oráculo de Omaha’ vai deixar a Berkshire Hathaway com caixa em nível recorde
Lucro operacional da Berkshire Hathaway saltou 34% em relação ao ano anterior; Warren Buffett se absteve de recomprar ações do conglomerado.
Ibovespa alcança o 5º recorde seguido, fecha na marca histórica de 149 mil pontos e acumula ganho de 2,26% no mês; dólar cai a R$ 5,3803
O combo de juros menores nos EUA e bons desempenhos trimestrais das empresas pavimenta o caminho para o principal índice da bolsa brasileira superar os 150 mil pontos até o final do ano, como apontam as previsões
Maior queda do Ibovespa: o que explica as ações da Marcopolo (POMO4) terem desabado após o balanço do terceiro trimestre?
As ações POMO4 terminaram o dia com a maior queda do Ibovespa depois de um balanço que mostrou linhas abaixo do que os analistas esperavam; veja os destaques
A ‘brecha’ que pode gerar uma onda de dividendos extras aos acionistas destas 20 empresas, segundo o BTG
Com a iminência da aprovação do projeto de lei que taxa os dividendos, o BTG listou 20 empresas que podem antecipar pagamentos extraordinários para ‘fugir’ da nova regra
Faltou brilho? Bradesco (BBDC4) lucra mais no 3T25, mas ações tombam: por que o mercado não se animou com o balanço
Mesmo com alta no lucro e na rentabilidade, o Bradesco viu as ações caírem no exterior após o 3T25. Analistas explicam o que pesou sobre o resultado e o que esperar daqui pra frente.
Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar
O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão
Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso
Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs
Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025
De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%
Santander Brasil (SANB11) bate expectativa de lucro e rentabilidade, mas analistas ainda tecem críticas ao balanço do 3T25. O que desagradou o mercado?
Resultado surpreendeu, mas mercado ainda vê preocupações no horizonte. É hora de comprar as ações SANB11?
Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir
Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal
IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597
Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.
‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo
Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas
Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’
Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina
Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”
Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial
Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana
Com a ajuda dos dados de inflação, o principal índice da B3 encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93%
Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai
Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM