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Victor Aguiar
Victor Aguiar
Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.
Lucro forte

Na Olimpíada dos balanços, a WEG foi ao pódio mais uma vez no segundo trimestre

A WEG novamente mostrou forte crescimento na receita líquida, Ebitda e lucro, auxiliada pela demanda forte no exterior e no Brasil

Victor Aguiar
Victor Aguiar
28 de julho de 2021
9:10 - atualizado às 9:29
Torre da WEG
A empresa focada em tecnologia da indústria é uma das queridinhas da bolsa - Imagem: Divulgação

A história se repete em praticamente toda temporada de balanços: os analistas projetam um resultado forte para a WEG e a empresa catarinense supera todas as estimativas. Pois os números deste segundo trimestre de 2021 não fugiram à regra.

Mais uma vez, a WEG colheu bons frutos de seu amplo escopo de atuação e reportou lucro líquido de R$ 1,13 bilhão entre abril e junho, mais que o dobro dos ganhos contabilizados há um ano. A cifra ficou 41% acima da média das projeções de analistas, que apontava para um lucro na casa de R$ 796 milhões.

As demais linhas do balanço da WEG também foram dignas de medalha de ouro: a receita líquida cresceu 41% na mesma base de comparação, para R$ 5,75 bilhões, enquanto o Ebitda (o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 1,39 bilhão, avançando 90% em um ano.

No Brasil, a receita líquida da companhia chegou a R$ 2,58 bilhões, alta de 60,7% em relação ao segundo trimestre de 2020; no exterior, o salto foi de 28,9%, para R$ 3,17 bilhões.

É importante ressaltar que a base de comparação do balanço divulgado há pouco está distorcida: o segundo trimestre de 2020 foi marcado pelo pico da incerteza relacionada à pandemia, e quase todas as companhias tiveram resultados fracos na ocasião.

Ainda assim, os dados da WEG foram bastante fortes, e a comparação trimestral deixa clara a evolução constante. Veja a taxa de crescimento das principais linhas em relação aos primeiros três meses de 2021:

  • Receita líquida: +13,2%;
  • Ebitda: +37%; e
  • Lucro líquido: +48,5%.
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WEG e o quadro de medalhas

O que explica esse sucesso sequencial da WEG?

A estratégia de atuação é um ponto crítico: a gigante catarinense tem diversos braços de negócio, todos eles com presença no Brasil e no exterior. A WEG leva a sério o mantra da diversificação — assim, mesmo se uma de suas frentes apresentar um desempenho mais fraco, as outras quase sempre mitigam esse efeito negativo.

Só que, nos últimos trimestres, quase todas as suas áreas de negócio têm apresentado bons resultados, beneficiadas pela demanda mais aquecida no Brasil e no exterior.

"No mercado externo, a recuperação da atividade industrial global confirmou os sinais de melhora reportados no último trimestre", diz a companhia, em mensagem aos acionistas — em relação ao mercado brasileiro, a WEG também afirma que a demanda tem se mostrado sólida.

Veja, por exemplo, o comportamento da divisão de equipamentos eletroeletrônicos industriais, a mais importante da empresa. Somando Brasil e exterior, essa área foi responsável por R$ 2,7 bilhões da receita líquida, crescendo 22,4% na base anual.

As demais divisões da WEG também subiram ao pódio. Veja abaixo um resumo do desempenho de cada área de atuação da companhia:

(R$ mi)Mercado InternoMercado externo
Equipamentos eletroeletrônicos
industriais
2T21851,2 1.865,9
Variação x 2T2033,9%17,8%
------------------------------------------------------
Geração, transmissão
e distribuição de energia
2T211.204,3 931,7
Variação x 2T2059,4%33,0%
------------------------------------------------------
Motores comerciais
2T21307,0 326,1
Variação x 2T20 188,8%111,9%
------------------------------------------------------
Tintas e vernizes
2T21215,5 46,5
Variação x 2T20 102,1%115,9%

Liderança folgada

A demanda aquecida também provocou um crescimento nos custos dos produtos vendidos — um efeito natural. O CPV do trimestre chegou a R$ 4 bilhões, alta de 41,3% em um ano. Ainda assim, esse aumento ficou em linha com o avanço da receita líquida.

Com isso, o lucro bruto da WEG ficou em R$ 1,75 bilhão entre abril e junho, alta de 41,8%; a margem bruta teve ligeira melhora de 0,1 ponto, a 30,4%.

As linhas de despesa também cresceram na base anual, como era de se esperar. Mas, novamente, não houve descompasso com a melhora operacional, como mostram as margens Ebitda (24,2%, alta de 4,9 pontos) e líquida (19,7%, avanço de 5,2 pontos).

No lado das disponibilidades e endividamento, mais um pódio garantido: a WEG encerrou o trimestre com uma posição de caixa líquido de R$ 2,7 bilhões, mais que o dobro do visto em junho de 2020.

A WEG na bolsa

Na B3, as ações ON da WEG (WEGE3) fecharam o pregão de ontem em leve baixa de 0,75%, a R$ 34,49. Desde o começo de 2021, os papéis acumulam queda de 9%.

Esses dados podem parecer contra intuitivos: se a WEG mostra resultados sequencialmente fortes, por que suas ações não sobem de acordo com a tendência dos balanços?

Para responder essa pergunta, é preciso olhar para um horizonte de tempo mais amplo. Numa janela de cinco anos, por exemplo, WEGE3 acumula ganhos de mais de 400% — é um dos casos de maior valorização da bolsa brasileira ao longo do tempo.

Assim, por mais que num passado recente as ações da WEG tenham ficado meio paradas, fato é que elas subiram muito nos últimos anos. E, depois de toda essa escalada, é natural que o mercado se pergunte se ainda há espaço para ganhos adicionais, mesmo com a continuidade dos bons resultados mostrados no balanço.

Alguns indicadores técnicos nos fornecem pistas: a relação entre preço das ações e lucro por ação nos últimos 12 meses (P/L) de WEGE3 está atualmente em 53,05, segundo dados do Trademap. O índice está acima da média histórica dos últimos três anos, de 48,84.

O mesmo acontece com a relação entre o valor da empresa e o Ebitda nos últimos 12 meses (EV/Ebitda): os atuais 38,8 são superiores à média para os papéis, de 35,6.

Em geral, quando as métricas de valuation de um papel estão acima de sua média histórica, temos um indicativo de que essas ações estão caras. Essa, no entanto, não é uma ciência exata.

Ora essas, se uma companhia mostra uma evolução consistente de seus resultados ao longo dos anos, é justo que suas ações se valorizem — e que a média histórica de seus indicadores de valuation também aumente.

Também vale ressaltar que tanto o P/L quanto o EV/Ebitda de WEGE3 projetados para o fim de 2022 estão abaixo das médias históricas, novamente usando como base os dados do Trademap. Assim, pode valer a pena comprar as ações hoje, pensando num horizonte de tempo mais longo.

No fim, tudo é uma questão de expectativa: por mais que a WEG tenha levado mais um ouro nas Olimpíadas dos balanços, o importante na bolsa é saber se esse resultado já não era tido como barbada na bolsa.

Quer saber quais as perspectivas para a bolsa no segundo semestre desse ano? É só clicar no vídeo abaixo, feito especialmente pelo Seu Dinheiro para você:

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