Valor de mercado da Vale poderá chegar a R$ 858 bilhões em 2021
Analistas apostam que o preço das ações da mineradora, que já é considerada a empresa mais valiosa da América Latina, tem potencial para avançar até 43% no ano
A Vale atingiu na semana passada um feito histórico, ao cravar um valor de mercado próximo de R$ 600 bilhões na B3, a bolsa paulista, consolidando a posição de empresa mais valiosa da América Latina.
Beneficiada pela explosão do preço do minério de ferro, seu produto carro-chefe, a empresa brasileira aparece quase R$ 120 bilhões à frente do gigante do e-commerce argentino Mercado Livre, segundo ranking da consultoria Economática.
Em um ano, as ações da Vale mais do que dobraram de valor - com alta de 160%. E não devem parar por aí. Na avaliação de analistas, há espaço para novos ganhos.
Atualmente, o preço dos papéis está em torno de R$ 110, ainda longe do chamado preço-alvo de até R$ 158 projetado pelo mercado no fim deste ano. Essa projeção considera as perspectivas futuras de ganho de receita da empresa, com base num cenário de cotações do minério de ferro ainda em elevação.
Se a conta se confirmar, os papéis da Vale na B3 teriam ainda potencial para avançar até 43% no ano, levando seu valor de mercado total para cerca de R$ 858 bilhões (a preços de hoje).
Entre as instituições que apostam em novas valorizações, estão o JP Morgan (preço-alvo de R$ 158) e as corretoras Ágora e XP, com R$ 133 e R$ 122, respectivamente.
Leia Também
Onde investir em outubro? Eletrobras (ELET6), Cyrela (CYRE3), Alianza Trust (ALZR11) e mais
Desastres abalaram imagem e receita
Esses números aparecem depois de a empresa se ver envolvida em dois casos de rompimento de barragens - Mariana, em 2015, e Brumadinho, em 2019 -, que deixaram centenas de mortos e prejuízo ambiental ainda difícil de mensurar.
Só no caso de Brumadinho, a Vale fechou acordo na Justiça de Minas Gerais para pagar indenização ao poder público de R$ 37,68 bilhões. A cifra não inclui ações individuais. Os dois episódios também mexeram com a confiança de investidores estrangeiros que têm se pautado pela agenda ESG (sigla em inglês para ações nas áreas ambiental, social e de governança).
"A Vale ainda está percorrendo esse caminho para retomar a confiança de alguns investidores mais focados em ESG", afirmou o analista do setor de mineração do Itaú BBA, Daniel Sasson.
Minério seguirá em alta
Depois da apresentação do balanço da empresa no 1.º trimestre - com lucro líquido de US$ 5,546 bilhões, alta de 2.220% sobre o mesmo período de 2020 -, Sasson está revisando suas estimativas para as ações da empresa na Bolsa.
"Temos espaço para revisão para cima por conta desse desempenho forte do preço do minério, que vem surpreendendo o mercado, pela magnitude e longevidade", afirmou ele. A atratividade da ação da companhia também está amparada em pagamento de gordos dividendos a seus acionistas, visto que a empresa tem forte geração de caixa e sem previsão de grandes investimentos.
A explicação para a alta expressiva na Bolsa tem relação direta com o preço do minério de ferro, que desde o ano passado vem em curva ascendente. Em abril, o preço médio da commodity chegou a US$ 189 a tonelada, se aproximando do pico histórico de 2008 (US$ 196).
E a leitura dos analistas é que o preço do insumo deve se manter por um período mais longo em patamares elevados, já que o cenário de oferta mais restrita e demanda em alta - puxada pela China - deve persistir.
Demanda chinesa impulsiona papéis
O analista de mineração e siderurgia da XP, Yuri Pereira, comenta que, além desses fatores, o volume de produção da Vale foi afetado no início do ano por conta de chuvas e paradas de manutenção, algo que fez com que a mineradora entregasse um volume menor do que o previsto, diminuindo ainda mais a oferta.
Do lado da demanda, o analista lembra que a China, maior destino da produção mundial de minério de ferro, vem crescendo e tem aumentado a busca pelo insumo na esteira de estímulos governamentais do gigante asiático.
Ainda na sua opinião, a Vale tem tido sucesso em fortalecer sua estrutura ESG, e não está com o foco, neste momento, em ampliar produção. "O foco da Vale está em arrumar a casa."
Para o analista de pesquisa da Ativa Investimentos, Ilan Arbetman, o valor da Vale depende de algumas variáveis, tal como seu volume de produção e avanço na agenda ESG, algo que pode ajudá-la a reduzir a distância de seu preço em relação ao das mineradoras australianas.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Entre o petróleo e o payroll: Ibovespa busca recuperação com juros nos EUA e conflito no Oriente Médio como pano de fundo
Relatório mensal de emprego nos EUA deve dar o tom do dia nos negócios enquanto guerra continua pressionando o petróleo
Vale (VALE3) destrona Itaú e se torna a ação mais recomendada para investir em outubro. A China não é mais pedra no caminho da mineradora?
Com resultados robustos e o otimismo em relação à China, a Vale se tornou a ação queridinha para este mês; veja o ranking com indicações de 12 corretoras
Como achar uma boa ação? Se a empresa que você investe não tiver essa qualidade, ela corre o risco de morrer no meio do caminho
Por menos de 9x lucros esperados para 2025, além de ser uma ótima empresa, a ação ainda guarda muito potencial de valorização
Atenção, investidor: B3 (B3SA3) lança novos índices de ações de empresas públicas e privadas; conheça
O objetivo dos novos indicadores, que chegam ao mercado no dia 7 de outubro, é destacar as performances dos ativos que compõem o Ibovespa de forma separada
Vamos (VAMO3): os três motivos por trás da queda de 11% desde o anúncio da reestruturação; ação recua na B3 hoje
A Vamos deverá se fundir com a rede de concessionárias Automob, que também é controlada pela Simpar — e o plano de combinação das operações gerou ruídos entre investidores
Tchau, Banco do Brasil (BBAS3); olá, Vale (VALE3): veja as 10 ações mais promissoras para outubro, segundo o BTG Pactual
Banco vê mineradora Vale em bom ponto de entrada após estímulos do governo chinês; confira a carteira completa
Varejistas, imobiliárias e mais: veja as ações mais (e menos) afetadas pela alta da Selic, segundo o BTG Pactual
Magazine Luiza, Casas Bahia e JHSF estão entre as empresas que mais podem sofrer com a alta da Selic; BTG aponta onde investir neste cenário
Sob pressão: Bolsas internacionais amanhecem no vermelho, mas alta do petróleo continua e pode ajudar o Ibovespa
Vitória do governo no STF em relação a resíduos tributários do Programa Reintegra também pode repercutir no Ibovespa hoje
Do ‘Pix dos investimentos’ a oportunidades no agro e no futebol: as possibilidades do Open Capital Markets, segundo o presidente da CVM
Em entrevista ao Seu Dinheiro, o presidente da autarquia, João Pedro Nascimento, destrinchou a agenda do Open Capital Markets, iniciativa que visa a atrair mais investidores e emissores para o mercado de capitais, na esteira do Open Finance
Bilionário de uma das empresas que mais poluem no planeta promete zerar emissões de sua mineradora até 2030 — e cobra políticos e empresários para que se mexam
Quarta maior mineradora de minério de ferro do mundo, a Fortescue pretende parar de queimar combustíveis fósseis em suas operações na Austrália até o final da década
Fim do casamento: Even (EVEN3) conclui venda de participação acionária na Melnick (MELK3)
No mês passado, após sucessivas vendas de ações, a incorporadora paulista tinha participação de cerca de 4,96% na companhia gaúcha
Dividendos e JCP: BTG Pactual lança opção de reinvestimento automático dos proventos; saiba como funciona
Os recursos serão reinvestidos de acordo com as recomendações do banco, sem custo para os clientes que possuem carteiras automatizadas
Guerra no Oriente Médio: o que está em jogo agora pode mudar de vez o mercado de petróleo. Como fica a ação da Petrobras (PETR4)? A resposta não é óbvia
A guerra ganhou novos contornos com o ataque do Irã a Israel na terça-feira (01). Especialistas acreditam que, dessa vez, o mercado não vai ignorar a implicância dos riscos geopolíticos para o petróleo; saiba se é hora de colocar os papéis da Petrobras na carteira para aproveitar esse avanço
Após renovar máxima no dia, Ibovespa perde os 134 mil pontos, mas fecha em alta de 0,77% com ajuda da Moody´s; dólar cai a R$ 5,4448
O principal índice da bolsa brasileira chegou mirar a marca dos 135 mil pontos, com renovações consecutivas de máximas intradia, mas perdeu um pouco do fôlego perto do fim das negociações
Gigante rebaixado: Depois de tantos recordes, Mercado Livre ficou sem espaço para subir mais? Veja o que diz o JP Morgan
O banco norte-americano rebaixou a recomendação para as ações MELI negociadas em Wall Street, de “overweight” — equivalente a compra — para neutro
Dexco (DXCO3) vende Duchas Corona — e se prepara para possível “banho de água fria” no próximo balanço
Famosa graças um jingle de sucesso nos anos 1970 e 1980, as Duchas Corona perderam mercado nos últimos anos; ações da Dexco (DXCO3) reagem em alta
Eneva (ENEV3) lança oferta primária na B3 e pode captar mais de R$ 4 bilhões com follow-on na bolsa
Considerando apenas o lote inicial, a operação deve movimentar pelo menos R$ 3,2 bilhões — e parte da demanda já está garantida
Em meio ao aumento da tensão no Oriente Médio, Ibovespa reage à alta do petróleo e à elevação do rating do Brasil
Agência Moody’s deixou o rating soberano do Brasil a apenas um degrau do cobiçado grau de investimento — e a perspectiva é positiva
BB Investimentos corta preço-alvo para ações da MRV — mas analistas revelam por que você ainda deveria estar animado com MRVE3
A redução de preço-alvo para as ações da construtora de baixa renda teve um principal “culpado”: o desaperto monetário mais lento nos Estados Unidos
Nvidia já vale quase quatro ‘Ibovespas’ — e ainda tem investidor de olhos fechados para o exterior, diz sócio do BTG
Segundo Marcelo Flora, a expansão no exterior é “inevitável”, mas ainda há obstáculos no caminho de uma verdadeira internacionalização da carteira dos brasileiros