Vale começa a dar primeiros passos para sair do negócio de carvão
Mineradora assina acordo para adquirir participação da Mitsui em projeto em Moçambique, para depois vender ativos a outro interessado
A Vale (VALE3) anunciou na noite de quarta-feira (20) o primeiro passo de sua estratégia para sair do segmento de mineração de carvão – o fechamento de um acordo para comprar a participação da companhia japonesa Mitsui em ativos de carvão em Moçambique.
Por mais contrassenso que possa parecer, o acordo prevê que a Vale adquira a participação de 15% da Mitsui na mina de Moatize, em Moçambique, e os 50% que ela tem no Corredor Logístico de Nacala (CLN), uma estrada de ferro de 912 quilômetros que liga o complexo ao mar, passando pelo Malauí.
A expectativa é que a saída da Mitsui possa ser concluída durante este ano. Para isso, a Vale vai pagar US$ 1,00 pela participação da companhia japonesa nos ativos de mina e logística.
Gastos com a operação
Após o fechamento da transação, a Vale vai consolidar as diversas entidades que compõem a CLN, incluindo o chamado Project Finance do corredor, que tem cerca de US$ 2,5 bilhões de saldo remanescente. O Project Finance é uma modalidade de estruturação financeira para a realização de projetos em que a fonte de receita para o pagamento da dívida de financiamento vem do fluxo de caixa gerado pela sua própria operação.
Esta consolidação implicará aproximadamente US$ 300 milhões por ano em despesas operacionais na mina de Moatize, associadas à tarifa do CLN, que atualmente impactam o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de seu negócio de carvão.
Mas a companhia informou que o futuro refinanciamento do Project Finance e a simplificação da estrutura levarão a uma economia anual estimada de aproximadamente US$ 25 milhões.
Leia Também
Além disso, a Vale vai colocar em prática iniciativas para melhorar as operações de carvão em Moçambique. Uma delas é a revitalização de duas plantas de processamento, visando alcançar um ritmo de produção de 15 milhões de toneladas por ano no segundo semestre deste ano e 18 milhões de toneladas anuais em 2022.
E tudo isso será feito para vender estes dois projetos, no qual dedicou esforços ao longo dos últimos 15 anos.
“Com o acordo para a aquisição das participações da Mitsui e, consequentemente, a simplificação da governança e da gestão dos ativos, a Vale iniciará o processo de desinvestimento da sua participação no negócio de carvão, que será pautado na preservação da continuidade operacional de Moatize e do CLN, com a busca de um terceiro interessado nestes ativos”, diz trecho do comunicado.
Novo Pacto
Segundo a Vale, a saída do segmento de carvão está em linha com o pilar do plano estratégico chamado Novo Pacto com a Sociedade. Ele prevê impactar positivamente a sociedade para além do pagamento de impostos e projetos sociais.
A ideia é que a companhia seja uma facilitadora do desenvolvimento nas áreas em que atua, “promovendo uma indústria de mineração brasileira mais segura e sustentável”. Além disso, a empresa também pretende se tornar carbono neutra até 2050.
A assinatura do acordo com a Mitsui, ainda de acordo com a Vale, também está em linha com a estratégia de “disciplina na alocação de capital e a simplificação do portfólio”.
Energisa (ENGI3) avança em reorganização societária com incorporações e aumento de capital na Rede Energia
A Energisa anunciou a aprovação de etapas adicionais da reorganização societária do grupo, com foco na simplificação da estrutura e no aumento da eficiência operacional
Sinal verde no conselho: Ambipar (AMBP3) aprova plano de recuperação judicial
Conselho de administração aprovou os termos do plano de recuperação do Grupo Ambipar, que já foi protocolado na Justiça, mas ainda pode sofrer ajustes antes da assembleia de credores
AZUL4 com os dias contados: Azul convoca assembleias para extinguir essas ações; entenda
Medida integra o plano de recuperação judicial nos EUA, prevê a conversão de ações preferenciais em ordinárias e não garante direito de retirada
Totvs (TOTS3) acerta aquisição da empresa de software TBDC, em estratégia para fortalecer presença no agro
Negócio de R$ 80 milhões fortalece atuação da companhia no agronegócio e amplia oferta de soluções especializadas para o setor
Entre dividendos e JCP: Suzano (SUZB3), Isa (ISAE4), Porto Seguro (PSSA3) e Marcopolo (POMO4) anunciam pacote bilionário aos acionistas
Dividendos, JCP e bonificações movimentam quase R$ 4 bilhões em operações aprovadas na última sexta-feira antes do Natal
‘Socorro’ de R$ 10 bilhões à Raízen (RAIZ4) está na mesa da Cosan (CSAN3) e da Shell, segundo agência
Estresse no mercado de crédito pressiona a Raízen, que avalia aporte bilionário, desinvestimentos e uma reestruturação financeira com apoio dos controladores
WEG (WEGE3) abre o cofre e paga R$ 5,2 bilhões em dividendos
Os proventos autorizados nesta sexta-feira (19) serão divididos em três parcelas anuais de R$ 1,732 bilhão cada; confira os detalhes
Embraer (EMBJ3) testa protótipo de “carro voador” elétrico e inicia fase de certificação; ações chegam a subir 3%
Aeronave eVTOL da Eve Air Mobility inicia campanha de certificação com quase 3 mil encomendas; ações da Embraer avançam após voo inaugural
Raízen (RAIZ4) acelera desinvestimentos e vende carteira de comercialização de energia para Tria Energia, da Patria Investimentos
O negócio envolve o portfólio de contratos de trading de energia mantido pela Raízen no mercado livre; entenda
Mais um presente aos acionistas: Axia Energia (AXIA6) vai distribuir R$ 30 bilhões em bonificação com nova classe de ações
A distribuição ocorrerá com a criação de uma nova classe de ações preferenciais, a classe C (PNC). Os papéis serão entregues a todos os acionistas da Axia, na proporção de sua participação no capital social
Do campo de batalha ao chão da sala: a empresa de robôs militares que virou aspirador de pó — e acabou pedindo falência
Criadora dos robôs Roomba entra em recuperação judicial e será comprada por sua principal fabricante após anos de prejuízos
É para esvaziar o carrinho: o que levou o JP Morgan rebaixar o Grupo Mateus (GMAT3); ações caem mais de 2%
Embora haja potencial para melhorias operacionais, o banco alerta que o ruído de governança deve manter a ação da varejista fora do radar de muitos investidores
Sabesp (SBSP3), C&A (CEAB3), Hypera (HYPE3), Sanepar (SAPR11), Alupar (ALUP11), Ourofino (OFSA3) e outras 3 empresas anunciam R$ 2,5 bilhões em dividendos e JCP
Quem lidera a distribuição polpuda é a Sabesp, com R$ 1,79 bilhão em JCP; veja todos os prazos e condições para receber os proventos
Com dívidas bilionárias, Tesouro entra como ‘fiador’ e libera empréstimo de até R$ 12 bilhões aos Correios
Operação terá juros de 115% do CDI, carência de três anos e prazo de 15 anos; uso dos recursos será limitado em 2025 e depende de plano de reequilíbrio aprovado pelo governo
Banco Inter (INBR32) vai a mercado e reforça capital com letras financeiras de R$ 500 milhões
A emissão das “debêntures dos bancos” foi feita por meio de letras financeiras Tier I e Tier II e deve elevar o índice de Basileia do Inter; entenda como funciona a operação
Sob ameaça de banimento, TikTok é vendido nos EUA em um acordo cheio de pontos de interrogação
Após anos de pressão política, TikTok redefine controle nos EUA, com a Oracle entre os principais investidores e incertezas sobre a separação da ByteDance
O “presente de Natal” do Itaú (ITUB4): banco distribui ações aos investidores e garante dividendos turbinados
Enquanto os dividendos extraordinários não chegam, o Itaú reforçou a remuneração recorrente dos investidores com a operação; entenda
Petrobras (PETR4) e Braskem (BRKM5) fecham contratos de longo prazo de quase US$ 18 bilhões
Os contratos são de fornecimento de diferentes matérias primas para várias plantas da Braskem pelo país, como nafta, etano, propano e hidrogênio
Bradesco (BBDC4), Cemig (CMIG4), PetroRecôncavo (RECV3), Cogna (COGN3) e Tenda (TEND3) pagam R$ 5 bilhões em proventos; Itaú (ITUB4) anuncia bônus em ações
A maior fatia dessa distribuição farta ficou com o Bradesco, com R$ 3,9 bilhões, enquanto o Itaú bonifica acionistas em 3%; confira todos os prazos e condições para receber
CVM reabre caso da Alliança e mira fundo de Nelson Tanure e gestora ligada ao Banco Master 2 anos depois de OPA
O processo sancionador foi aberto mais de dois anos após a OPA que consolidou o controle da antiga Alliar, na esteira de uma longa investigação pela autarquia; entenda
