Na Stone, um lançamento transforma o celular em maquininha de cartão
Augusto Lins, presidente da Stone, falou ao Seu Dinheiro sobre o TapTon, funcionalidade que permite pagamento via aproximação pelo celular
O setor de maquininhas de cartão segue acirrado como nunca: Cielo, Stone, PagSeguro, Getnet, Rede, Safra... As opções são inúmeras, cada uma com seus atrativos — e todas querendo uma fatia cada vez maior do mercado. Pois a Stone tem uma nova arma nessa briga: o TapTon, ferramenta que permite transações de crédito ou débito por meio de cartões de aproximação (NFC) através do celular.
O serviço faz parte do Ton, a divisão de meios de pagamento da Stone focada nas microempresas e profissionais autônomos. Na prática, a nova função transforma o celular do comerciante em maquininha de cartões — e, com isso, derruba as taxas de de adesão e aluguel ligadas ao setor.
"É a revolução da maquininha, sem a maquininha", disse Augusto Lins, presidente da Stone, em entrevista ao Seu Dinheiro. Basta baixar o aplicativo do Ton e acessar a funcionalidade do TapTon — por ora, apenas celulares Android com leitor de aproximação (NFC) estão habilitados. O uso é gratuito; as únicas taxas a serem pagas pelo usuário são as das transações em si.
O atendimento ao microempresário e aos profissionais autônomos tem ganhado importância na Stone, tanto em termos de base de usuários quanto em volume de transações. Fundada no começo de 2020, o Ton foi afetada pela pandemia de Covid-19 e demorou a crescer — mas, passado o começo difícil, a divisão agora apresenta uma expansão veloz, impulsionada pela linha de maquininhas com taxas mais atrativas:
- T1: mais simples e barata, exige celular com bluetooth; taxas de 1,99% no débito e 4,73% no crédito;
- T2: equipamento intermediário, não necessita de celular; taxas de 1,48% no débito e 2,96% no crédito;
- T3: máquina mais cara e com mais funcionalidades; taxas de 1,45% no débito e 2,90% no crédito.
No primeiro trimestre de 2021, o Ton tinha pouco mais de 190 mil clientes ativos, o que representa cerca de 22% da base total da Stone; no mesmo período do ano passado, a proporção era de apenas 4,5%.
O volume de pagamentos, naturalmente, tem uma importância mais baixa: cerca de R$ 500 milhões no primeiro trimestre, ou 1,2% do todo. Ainda assim, a cifra é mais de 12 vezes maior em relação ao reportado há um ano.
Leia Também
Lula mira expansão da Petrobras (PETR4) e sugere perfuração de gás em Moçambique
"Nossa base vem crescendo, até um pouco acima do que a gente esperava. Entendemos que, com o TapTon, vamos ter um crescimento ainda maior", disse Lins, sem entrar em detalhes — a Stone divulga o balanço referente ao segundo trimestre no dia 30 de agosto.

TapTon x Pix: a aposta da Stone
O TapTon mira os microempresários e profissionais autônomos que, por fazerem poucas transações com cartão, não consideravam vantajoso comprar ou alugar uma maquininha. A funcionalidade no celular, assim, representa mais uma oferta de meio de pagamento aos clientes.
Dito isso, uma questão surge no ar: qual a vantagem do TapTon em comparação com o Pix? A ferramenta de transferências do BC, afinal, permite a transferência entre contas correntes de maneira bastante eficaz.
Para Lins, o TapTon tem um trunfo na manga: a possibilidade de pagamento no crédito, já que, para usar o Pix, é preciso ter dinheiro na conta. Além disso, ele destaca a agilidade das transações via aproximação — o processo como um todo é mais veloz que uma transferência via Pix.
Mas, para o executivo, os dois meios não competem entre si. O TapTon é mais uma alternativa de meio de pagamento, cabendo ao lojista ou prestador de serviços oferecer o maior número de opções ao cliente.
Os consumidores nunca estiveram tão empoderados. Os lojistas e empreendedores têm que cativar cada um de nós
Augusto Lins, presidente da Stone
Recuperação econômica
O lançamento do TapTon ocorre num momento em que a economia brasileira ensaia uma normalização — lojas, restaurantes e serviços começam a funcionar em tempo integral, em meio ao avanço da vacinação e à queda nas internações por Covid-19.
Lins avalia que essa retomada vai ser particularmente intensa entre os prestadores de serviços — profissionais autônomos, como manicures e personal trainers. "Eles vão precisar aceitar meios de pagamento eletrônicos. Estamos animados e motivados".
STOC31: os BDRs da Stone
A Stone abriu o capital nos Estados Unidos, mas você pode investir na companhia através dos BDRs STOC31, cuja negociação é bastante recente: começou em 7 de julho, para facilitar a compra da Linx. E, de lá para cá, os BDRs recuaram bastante:

Após privatização e forte alta, Axia Energia (AXIA3), Ex-Eletrobras, ainda tem espaço para avançar, diz Safra
O banco Safra reforçou a recomendação outperform (equivalente a compra) para a Axia Energia após atualizar seus modelos com os resultados recentes, a nova política de dividendos e premissas revisadas para preços de energia. O banco fixou preço-alvo de R$ 71,40 para AXIA3 e R$ 77,60 para AXIA6, o que indica retorno potencial de 17% […]
Neoenergia (NEOE3) levanta R$ 2,5 bilhões com venda de hidrelétrica em MT, mas compra fatia na compradora e mantém participação indireta de 25%
Segundo a Neoenergia, a operação reforça sua estratégia de rotação de ativos, com foco na otimização do portfólio, geração de valor e disciplina de capital.
Hapvida (HAPV3): Itaú BBA segue outras instituições na avaliação da empresa de saúde, rebaixa ação e derruba preço-alvo
As perspectivas de crescimento se distanciaram das expectativas à medida que concorrentes, especialmente a Amil, ganharam participação nos mercados chave da Hapvida, sobretudo em São Paulo.
BRB já recuperou R$ 10 bilhões em créditos falsos comprados do Banco Master; veja como funcionava esquema
Depois de ter prometido mundos e fundos aos investidores, o Banco Master criou carteiras de crédito falsas para levantar dinheiro e pagar o que devia, segundo a PF
Banco Master: quem são os dois empresários alvos da operação da PF, soltos pela Justiça
Empresários venderam carteiras de crédito ao Banco Master sem realizar qualquer pagamento, que revendeu ao BRB
Uma noite sobre trilhos: como é a viagem no novo trem noturno da Vale?
Do coração de Minas ao litoral do Espírito Santo, o Trem de Férias da Vale vai transformar rota centenária em uma jornada noturna inédita
Com prejuízo bilionário, Correios aprovam reestruturação que envolve demissões voluntárias e mais. Objetivo é lucro em 2027
Plano prevê crédito de R$ 20 bilhões, venda de ativos e cortes operacionais para tentar reequilibrar as finanças da estatal
Supremo Tribunal Federal já tem data para julgar acordo entre Axia (AXIA3) e a União sobre o poder de voto na ex-Eletrobras; veja
O julgamento acontece após o acordo entre Axia e União sobre poder de voto limitado a 10%
Deixe o Banco do Brasil (BBAS3) de lado: para o Itaú BBA, é hora de olhar para outros dois bancões — e um deles virou o “melhor da bolsa”
Depois da temporada de balanços do terceiro trimestre, o Itaú BBA, que reiterou sua preferência por Nubank (ROXO33) e Bradesco (BBDC4), enquanto rebaixou a indicação do Santander (SANB11) de compra para neutralidade. Já o Banco do Brasil (BBAS3) continua com recomendação neutra
O novo trunfo do Magazine Luiza (MGLU3): por que o BTG Pactual vê alavanca de vendas nesta nova ferramenta da empresa?
O WhatsApp da Lu, lançado no início do mês, pode se tornar uma alavanca de vendas para a varejista, uma vez que já tem mostrado resultados promissores
5 coisas que o novo Gemini faz e você talvez não sabia
Atualização do Gemini melhora desempenho e interpretação de diferentes formatos; veja recursos que podem mudar sua rotina
Vibra (VBBR3) anuncia R$ 850 milhões em JCP; Energisa (ENGI11) e Lavvi (LAVV3) anunciam mais R$ 500 milhões em dividendos
Vibra e Energisa anunciaram ainda aumentos de capital com bonificação em ações; veja os detalhes das distribuições de dividendos e ações
Nvidia (NVDC34) tem resultados acima do esperado no 3T25 e surpreende em guidance; ações sobem no after market
Ações sobem quase 4% no after market; bons resultados vêm em meio a uma onda de temor com uma possível sobrevalorização ou até bolha das ações ligadas à IA
Hora de vender MOTV3? Motiva fecha venda de 20 aeroportos por R$ 11,5 bilhões, mas ação não decola
O valor da operação representa quase um terço dos R$ 32 bilhões de valor de mercado da empresa na bolsa. Analistas do BTG e Safra avaliam a transação
Nem o drible de Vini Jr ajudaria: WePink de Virginia fecha acordo de R$ 5 milhões após denúncias e fica proibida de vender sem estoque
Marca da influenciadora terá que mudar modelo de vendas, reforçar atendimento e adotar controles rígidos após TAC com o MP-GO
Patria dá mais um passo em direção à porta: gestora vende novo bloco de ações da Smart Fit (SMFT3), que entram em leilão na B3
Conforme adiantado pelo Seu Dinheiro em reportagem exclusiva, o Patria está se preparando para zerar sua posição na rede de academias
BRB contratará auditoria externa para apurar fatos da operação Compliance da PF, que investiga o Banco Master
Em comunicado, o banco reafirma seu compromisso com as melhores práticas de governança, transparência e prestação de informações ao mercado
O futuro da Petrobras (PETR4): Margem Equatorial, dividendos e um dilema bilionário
Adriano Pires, sócio-fundador do CBIE e um dos maiores especialistas em energia do país, foi o convidado desta semana do Touros e Ursos para falar de Petrobras
ChatGPT vs. Gemini vs. Llama: qual IA vale mais a pena no seu dia a dia?
A atualização recoloca o Google na disputa com o ChatGPT e o Llama, da Meta; veja o que muda e qual é a melhor IA para cada tipo de tarefa
Magazine Luiza (MGLU3) e Americanas (AMER3) fecham parceria para o e-commerce; veja
Aliança cria uma nova frente no e-commerce e intensifica a competição com Mercado Livre e Casas Bahia
