Mais grana nas startups: QuintoAndar, do ramo imobiliário, e a locadora de carros Kovi anunciam novos aportes milionários
Startups brasileiras anunciaram a chegada de R$ 1,1 bilhão em investimentos
Com o mercado agitado por sucessivos aportes milionários, QuintoAndar e Kovi, duas startups brasileiras, anunciaram a chegada de mais de R$ 1,1 bilhão em investimentos.
O QuintoAndar, que atua no ramo imobiliário, já havia recebido um cheque de US$ 300 milhões (cerca de R$ 1,6 bilhão) em maio e engordou ainda mais a rodada de investimentos com um aporte de US$ 120 milhões (cerca de R$ 600 milhões) vindos do fundo americano GreenOaks e do grupo chinês Tencent.
Já a Kovi, especializada na locação de automóveis para motoristas de aplicativo, levantou R$ 500 milhões no segundo aporte desde sua fundação, em 2018. A rodada contou com a participação dos fundos Valor Capital Group e Prosus Ventures, Quona, GFC, Monashees, Ultra Venture Capital, Globo Ventures, Maya Capital e ONEVC.
Por falar em investimentos, veja no vídeo abaixo cinco ações promissoras que podem turbinar a sua carteira e inscreva-se no canal do Seu Dinheiro no YouTube para mais conteúdos exclusivos:
QuintoAndar - rumo ao interior e ao exterior
Com a captação extra, o valor de mercado da "proptech" QuintoAndar saltou de US$ 4 bilhões para US$ 5,1 bilhões.
Apesar do "chorinho", os planos da empresa continuam os mesmos: expandir a interiorização pelo Brasil, que começou em sete cidades do interior paulista, em junho, e iniciar a internacionalização pela Cidade do México, ainda sem data revelada.
Leia Também
A empresa, que ganhou mercado com serviço de aluguel, também está investindo na área de compra e venda de imóveis.
O presidente da startup, Gabriel Braga, afirma que é importante manter esses dois eixos de crescimento para sustentar o ritmo de expansão - nos últimos anos, o QuintoAndar esteve focado apenas em amadurecer a operação em capitais brasileiras, principalmente São Paulo.
"É como se fossem diferentes safras, em que alguns municípios estão em estágio de desenvolvimento mais avançado do que outros", explica. "Estamos plantando agora para colher daqui a cinco anos e nos tornarmos líderes nessas novas regiões."
Competição assustou?
O QuintoAndar reforça sua capitalização em um momento de alta concorrência no setor de startups imobiliárias. A Loft, especializada em compra e venda de imóveis, fechou uma rodada de investimento de US$ 525 milhões em abril, atingindo uma avaliação total de US$ 2,9 bilhões. Em julho, outra propetech, a EmCasa, levantou R$ 110 milhões.
O "chorinho" da rodada de US$ 420 milhões deixa um recado claro, diz Pedro Waengertner, cofundador da empresa de inovação Ace: "Esse novo aporte do QuintoAndar é uma forma de fazer frente à concorrência. Se estivessem operando sozinhos, não haveria tanta pressa em levantar mais dinheiro."
Para Gabriel Braga, no entanto, ao contrário das rivais, a startup possui a vantagem de ter a "polinização cruzada". O executivo diz que um mesmo cliente pode optar por colocar o apartamento para aluguel ou venda na plataforma - opção que os concorrentes, focados apenas em compra e venda, não oferecem.
"Se você é inquilino, comprador ou locatário, você quer ir para a plataforma em que todos os imóveis estejam e em que há maior liquidez e com mais clientes. E isso beneficia o nosso modelo de negócio", comenta o executivo.
Kovi - modelo diferenciado
Já a Kovi, que, assim como o QuintoAndar, também engordou seu caixa em alguns milhões, visa utilizar o dinheiro levantado para aumentar sua atuação com o público em geral com o modelo de carro por assinatura, além de explorar mais mercados no exterior.
A empresa, que não divulgou o valor de mercado alcançado com o novo investimento, trabalha com um modelo diferente do de locadoras convencionais: não compra nenhum automóvel. A startup negocia diretamente com as montadoras a locação dos automóveis, que depois de um tempo de uso são devolvidos às próprias fabricantes.
Atualmente, as montadoras têm as locadoras como grandes clientes, mas, neste caso, as empresas compram os carros com desconto e depois lucram também na venda de seminovos. No modelo da Kovi, as montadoras retomam os carros para explorar a venda.
Até o fim do ano, a empresa pretende alcançar a marca de 20 mil carros e aumentar o seu time em 200 pessoas, totalizando 900 funcionários.
Além dos aplicativos
A Kovi tem contratos com as montadoras Renault, Volkswagen, Toyota e GM, além de contratos com locadoras convencionais, e tem a expectativa de ampliar esse leque. Para atrair mais consumidores, a empresa aposta em um modelo com pacotes para diferentes quilometragens.
Para alugar um carro sedã por uma semana, por exemplo, o cliente paga de R$ 299; para rodar até 100 quilômetros, até R$ 469, caso prefira não ter nenhuma limitação. O preço é praticamente a metade do cobrado por locadoras tradicionais.
"É um modelo interessante porque foca no uso dos automóveis, e não na posse. E a empresa já está pegando uma fatia importante do mercado de aplicativos", diz Renato Mendes, sócio da consultoria F5 Business Growth.
A meta é ir além dos motoristas profissionais, que representam 70% do total de clientes, para alcançar mais pessoas físicas que não querem ter dor de cabeça para financiar um carro ou pagar contas como seguro e IPVA.
O foco, no entanto, não será o consumidor de alta renda. Não à toa, todos os automóveis sob gestão da Kovi possuem uma faixa na traseira com o logotipo e o nome da empresa. Segundo Adhemar Milani, cofundador e presidente da Kovi, isso traz mais segurança para os motoristas.
Atualmente, a Kovi está nas capitais do Brasil e também no México. Mas, com o valor recebido, quer iniciar a sua expansão global. A América Latina deve continuar no foco, com países como Chile, Peru, Argentina e Colômbia entre os alvos.
Porém, Milani enxerga que há espaço para crescer além do continente, em países como Turquia, Grécia e até no sudeste da Ásia. "São países com diferenças grandes entre as classes sociais."
*Com informações do Estadão Conteúdo
CSN (CSNA3) terá modernização de usina em Volta Redonda ‘reembolsada’ pelo BNDES com linha de crédito de R$ 1,13 bilhão
Banco de fomento anunciou a aprovação de um empréstimo para a siderúrgica, que pagará por adequações feitas em fábrica da cidade fluminense
De dividendos a ações resgatáveis: as estratégias das empresas para driblar a tributação são seguras e legais?
Formatos criativos de remuneração ao acionista ganham força para 2026, mas podem entrar na mira tributária do governo
Grupo Toky (TOKY3) mexe no coração da dívida e busca virar o jogo em acordo com a SPX — mas o preço é a diluição
Acordo prevê conversão de debêntures em ações, travas para venda em bolsa e corte de até R$ 227 milhões em dívidas
O ano do Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4), Banco do Brasil (BBAS3) e Santander (SANB11): como cada banco terminou 2025
Os balanços até setembro revelam trajetórias muito diferentes entre os gigantes do setor financeiro; saiba quem conseguiu navegar bem pelo cenário adverso — e quem ficou à deriva
A derrocada da Ambipar (AMBP3) em 2025: a história por trás da crise que derrubou uma das ações mais quentes da bolsa
Uma disparada histórica, compras controversas de ações, questionamentos da CVM e uma crise de liquidez que levou à recuperação judicial: veja a retrospectiva do ano da Ambipar
Embraer (EMBR3) ainda pode ir além: a aposta ‘silenciosa’ da fabricante de aviões em um mercado de 1,5 bilhão de pessoas
O BTG Pactual avalia que a Índia pode adicionar bilhões ao backlog — e ainda está fora do radar de muitos investidores
O dia em que o caso do Banco Master será confrontado no STF: o que esperar da acareação que coloca as decisões do Banco Central na mira
A audiência discutirá supervisão bancária, segurança jurídica e a decisão que levou à liquidação do Banco Master. Entenda o que está em jogo
Bresco Logística (BRCO11) é negociado pelo mesmo valor do patrimônio, segundo a XP; saiba se ainda vale a pena comprar
De acordo com a corretora, o BRCO11 está sendo negociado praticamente pelo mesmo valor de seu patrimônio — múltiplo P/VP de 1,01 vez
Um final de ano desastroso para a Oracle: ações caminham para o pior trimestre desde a bolha da internet
Faltando quatro dias úteis para o fim do trimestre, os papéis da companhia devem registrar a maior queda desde 2001
Negócio desfeito: por que o BRB desistiu de vender 49% de sua financeira a um grupo investidor
A venda da fatia da Financeira BRB havia sido anunciada em 2024 por R$ 320 milhões
Fechadas com o BC: o que diz a carta que defende o Banco Central dias antes da acareação do caso Master
Quatro associações do setor financeiro defendem a atuação do BC e pedem a preservação da autoridade técnica da autarquia para evitar “cenário gravoso de instabilidade”
CSN Mineração (CMIN3) paga quase meio bilhão de reais entre dividendos e JCP; 135 empresas antecipam proventos no final do ano
Companhia distribui mais de R$ 423 milhões em dividendos e JCP; veja como 135 empresas anteciparam proventos no fim de 2025
STF redefine calendário dos dividendos: empresas terão até janeiro de 2026 para deliberar lucros sem imposto
O ministro Kassio Nunes Marques prorrogou até 31 de janeiro do ano que vem o prazo para deliberação de dividendos de 2025; decisão ainda precisa ser confirmada pelo plenário
BNDES lidera oferta de R$ 170 milhões em fundo de infraestrutura do Patria com foco no Nordeste; confira os detalhes
Oferta pública fortalece projetos de logística, saneamento e energia, com impacto direto na região
FII BRCO11 fecha contrato de locação com o Nubank (ROXO34) e reduz vacância a quase zero; XP recomenda compra
Para a corretora, o fundo apresenta um retorno acumulado muito superior aos principais índices de referência
OPA da Ambipar (AMBP3): CVM rejeita pedido de reconsideração e mantém decisão contra a oferta
Diretoria da autarquia rejeitou pedido da área técnica para reabrir o caso e mantém decisão favorável ao controlador; entenda a história
Azul (AZUL54) chega a cair mais de 40% e Embraer (EMBJ3) entra na rota de impacto; entenda a crise nos ares
Azul reduz encomenda de aeronaves com a Embraer, enquanto ações despencam com a diluição acionária prevista no plano de recuperação
Corrida por proventos ganha força: 135 empresas antecipam remuneração; dividendos e JCP são os instrumentos mais populares
Recompras ganham espaço e bonificação de ações resgatáveis desponta como aposta para 2026, revela estudo exclusivo do MZ Group
IG4 avança na disputa pela Braskem (BRKM5) e leva operação bilionária ao Cade; ações lideram altas na B3
A petroquímica já havia anunciado, em meados deste mês, que a gestora fechou um acordo para assumir a participação da Novonor, equivalente a 50,1% das ações com direito a voto
Nvidia fecha acordo de US$ 20 bilhões por ativos da Groq, a maior aquisição de sua história
Transação em dinheiro envolve licenciamento de tecnologia e incorporação de executivos, mas não a compra da startup