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Kaype Abreu
Kaype Abreu
Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Colaborou com Estadão, Gazeta do Povo, entre outros.
plano de enxugamento

Crise com Bolsonaro foi problema de comunicação, diz presidente do Banco do Brasil

Brandão disse acreditar que o presidente entendeu o plano do BB de fechamento de agências; companhia pretende economizar R$ 3 bilhões anuais de forma recorrente

Kaype Abreu
Kaype Abreu
12 de fevereiro de 2021
10:21 - atualizado às 18:49
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(Brasília - DF, 27/10/2020) André Brandão. Foto: Alan Santos/PR -

O presidente do Banco do Brasil, André Brandão, atribuiu a crise política gerada pelo plano de fechar mais de 300 agências a um "problema de comunicação" com o presidente Jair Bolsonaro.

"É razoável o presidente, governadores e senadores estarem preocupados", disse em entrevista coletiva nesta sexta-feira (12). "Não tive tempo de conversar com todos eles, mas de forma alguma a gente vai desassistir nenhum município ou estado".

Brandão afirmou que há um processo de preparação de fechamento de agências que envolve um diálogo com governadores e clientes regionais. Mas disse que ainda pretende conversar com Bolsonaro, quando as agendas permitirem. "Creio que Bolsonaro entendeu que o estamos fazendo".

O Banco do Brasil anunciou em janeiro um plano de reestruturação que envolvia, além do fechamento de agências, a demissão incentivada de mais de 5 mil funcionários. A medida foi criticada pelo presidente da República, alimentando os rumores de demissão de Brandão.

A instituição planeja economizar R$ 3 bilhões por ano com o corte de despesas - R$ 780 milhões por ano com as demissões. "São pessoas muito próximas de estarem aposentadas", disse o presidente do BB.

Brandão, que assumiu a presidência do BB em setembro passado com a promessa de melhorar a rentabilidade do banco, destacou que a instituição continua com o processo de desinvestimentos.

"Quando cheguei aqui demos uma pausa, mas as avaliações continuam", disse. "Temos várias transações, com consultores ajudando no processo, e metas de acelerar o processo em várias frentes".

O executivo não revelou qualquer data ou processo que já estaria avançado, mas voltou a falar que o Banco do Brasil não pretende se desfazer da participação na empresa de maquininhas de cartão Cielo, como o mercado chegou a especular.

Queda no lucro

O Banco do Brasil registrou lucro líquido de R$ 12,697 bilhões em 2020, em uma queda anual de 30,1%, segundo balanço divulgado pela companhia nesta quinta-feira (11).

O desempenho da última linha do balanço da instituição seguiu a tendência dos pares privados, por causa das perdas com a crise desencadeada pela pandemia. Até agora, o Itaú Unibanco já revelou uma queda de 34,6% do lucro em 2020 e o Bradesco teve recuo de 24,8% na cifra.

O BB informou ainda ter uma carteira de crédito ampliada de R$ 742,0 bilhões ao final de dezembro, em uma alta de 1,5% sobre os dados de setembro e em avanço de 9% na comparação anual.

A rentabilidade sobre o patrimônio líquido chegou a 12,1%, afetada pelas provisões. A linha era de 12% ao final do trimestre anterior e de 17% em 2019. A instituição retomou as projeções, esperando lucro líquido ajustado entre R$ 16 bilhões e R$ 19 bilhões em 2021.

O que dizem os analistas

O analista Marcel Campos, da XP Investimentos, reiterou a recomendação de compra dos papéis do BB em relatório, com preço-alvo de R$ 43. No entanto, ele disse que a casa prefere a ação do Bradesco, entre as instituições financeiras.

Para a XP, o Bradesco pode estar mais bem posicionado para captar a recuperação econômica e aumentar a lucratividade no curto prazo. "Além disso, o Bradesco também está mais consciente dos custos e deve ter uma vantagem de longo prazo no negócio de seguros", disse o analista.

Em relação ao Banco do Brasil, Campos disse ver na a capacidade do banco de retornar à lucratividade "mais um desafio", mas disse que a empresa está bem defendida com:

  • 41% das operações de crédito do agronegócio e consignado, que apresentam inadimplência estruturalmente menor;
  • um índice de nível I de capital de 17,3%, uma adequação de capital bastante confortável;
  • 348% do índice de cobertura, "que acreditamos ser suficiente, já que a carteira de crédito do banco deve se comportar melhor do que os concorrentes (embora seu índice de inadimplência pareça muito artificial)".

A XP também chamou atenção para as provisões operacionais, com ações trabalhistas e cíveis que "parecem ter voltado". As provisões operacionais do BB para essas linhas atingiram R$ 5,8 bilhões nos primeiros meses de 2019, contra R$ 2,4 bilhões no mesmo período de 2020.

"Esperávamos que a linha não ultrapassasse R$ 1 bilhão em provisões por trimestre. No entanto, a linha cresceu 118% no trimestre, para R$ 1,8 bilhão, sem explicações adicionais", disse Campos. "Se o banco tivesse mantido as provisões baixas, o lucro teria ultrapassado R$ 4 bilhões".

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