Vítima da crise de 2008, Brasil Brokers (BBRK3) vira alvo de especulação na bolsa
Papéis subiram mais de 80% apenas nesta quarta-feira, mas empresa diz desconhecer razão para o movimento; BR Brokers registra sucessivos prejuízos

As ações da Brasil Brokers Participações (BBRK3) dispararam nesta quarta-feira (23) sem que houvesse uma razão pública para o movimento. Os papéis eram negociados na B3 a R$ 4,38, em uma alta de 82,50%.
O movimento segue a mesma tendência desde o início desta semana: na segunda, BBRK3 subiu 11% e, no dia seguinte, avançou 13%. Apesar disso, o patamar atual dos papéis está longe da máxima histórica da companhia.
Questionada por B3 e CVM em ofício a respeito da oscilação recente dos papéis, a BR Brokers disse que "não tem conhecimento da existência de qualquer fato ou informação que possam justificar" o movimento.

O melhor momento da empresa na bolsa foi em 2008, quando as ações chegaram ao patamar de R$ 340 — depois de um IPO um ano antes na faixa pouco acima dos R$ 11.
No entanto, a crise financeira global — que impactou todo o setor imobiliário — impôs uma queda vertiginosa para os papéis da companhia, que nunca mais chegaram perto do patamar recorde.
A Brasil Brokers é uma prestadora de serviços: praticamente não tem ativos e conta majoritariamente com corretores terceirizados.
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Hoje, a empresa diz manter o foco em iniciativas de austeridade, como a contenção de custos e despesas administrativas, "revendo de forma cíclica todos os gastos realizados nas operações e no corporativo."
"A companhia vem trabalhando em um novo direcionamento estratégico, com o foco na rentabilidade do negócio, transformação digital, melhoria na experiência do cliente, e no trabalho como ecossistema, expandindo o portfólio de produtos e serviços", disse a empresa no último release de resultados.
Prejuízo e passivos judiciais
A BR Brokers registrou no primeiro trimestre um prejuízo líquido atribuído aos acionistas controladores, antes de passivos judiciais, de R$ 21,6 milhões. Contando os passivos judiciais, a cifra chega a R$ 23,8 milhões — no mesmo período do ano passado, o prejuízo chegou a R$ 71 milhões.
O passivo trabalhista é um dos temas sensíveis do negócio, mas a empresa diz estar controlado. Essa parte do balanço diz respeito a ações movidas por corretores autônomos que pleiteiam reconhecimento de vínculo empregatício e previdenciário em esferas judiciais.
O estoque de processos trabalhistas da companhia foi de 408 em dezembro de 2019, mas chegou a 300 processos no primeiro trimestre.
O período de três meses finalizado em 31 de março de 2021 também marcou um Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) negativo de R$ 3 milhões, após passivos judiciais.
No entanto, a empresa destacou que as despesas jurídicas, no período de três meses findo em 31 de março de 2021, apresentaram uma redução de 59% em relação ao mesmo período do ano passado, chegando a R$ 2,3 milhões.
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