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Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Lucro bilionário

Quer ser sócio de Warren Buffett? Fique atento aos BDRs da Berkshire (BERK34) após mais um bom balanço

A Berkshire Hathaway, conglomerado de investimentos de Warren Buffett, teve alta no lucro no trimestre; os BDRs BERK34 acumulam alta no ano

Imagem do megainvestidor Warren Buffett, comandante do conglomerado Berkshire Hathaway
Warren Buffett - Imagem: Shutterstock

O oráculo do mercado financeiro está com um problema: Warren Buffett tem dinheiro de sobra, mas não encontra onde gastá-lo — um sufoco que qualquer ser humano comum adoraria passar. Mas, ora essas, não estamos falando de um reles mortal; e tampouco a Berkshire Hathaway (BERK34), seu conglomerado de investimentos, é uma empresa como as outras.

Passado mais um trimestre, o quadro continua mais ou menos o mesmo: Buffett segue sem sucesso na busca por uma aquisição atrativa; enquanto isso, vai gerenciando a enorme carteira de ativos da Berkshire e seu gigantesco caixa de US$ 144 bilhões.

Uma posição bastante confortável, convenhamos — e que, em meio ao bom momento das bolsas americanas, não exige grande esforço para que o conglomerado continue registrando lucros bilionários.

Afinal, a Berkshire tem posições relevantes em empresas como Apple e Coca-cola, além de investimentos diversos no setor de seguros e bancos. Assim, se o preço das ações sobe, sua carteira automaticamente vale mais.

Ao fim do segundo trimestre, a Berkshire Hathaway reportou um lucro líquido de pouco mais de US$ 28 bilhões, uma alta de 6% em relação ao mesmo período do ano passado. No semestre, os ganhos acumulados já chegam a quase US$ 40 bilhões.

Mas é claro que Warren Buffett não ficou parado nos últimos meses, apenas coletando os ganhos obtidos em bolsa. O balanço da Berkshire mostra algumas movimentações do megainvestidor e indica que ele segue acompanhando o mercado de perto.

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O jeito Warren Buffett de operar

Buffett tem seus mantras na hora de investir: como ele mesmo diz, é preciso, antes de tudo, entender o modelo de negócios e o setor de atuação de uma companhia antes de alocar dinheiro nela.

O segundo passo é a avaliação de preço: o oráculo de Omaha busca sempre empresas que ofereçam boas perspectivas de crescimento, mas que, por qualquer motivo, estejam precificadas abaixo do que seria um valor justo.

E, em terceiro lugar, está a gestão dos investimentos: em geral, ele carrega suas posições por um longo período — não estamos falando de alguém que compra e vende ações o tempo todo.

Só que a extrema liquidez que tem patrocinado o avanço das bolsas no mundo todo emperrou o modelo Buffet de fazer negócios. Com o mercado acionário subindo sem parar desde meados do ano passado, os preços dos ativos estão altos demais — e não é porque a Berkshire tem dinheiro de sobra que ele vai fazer compras por um preço que ele não acha atrativo.

Tanto é que o conglomerado, na verdade, vendeu US$ 1,1 bilhão em ações ao longo do segundo trimestre, aproveitando a alta do mercado acionário americano nos últimos meses. A quantia negociada de cada papel não foi revelada.

Ainda assim, os tradicionais 'pesos pesados' da carteira de mais de US$ 300 bilhões da Berkshire continuam os mesmos:

  • Apple: US$ 120,4 bilhões;
  • Bank of America: US$ 42,6 bilhões;
  • American Express: US$ 25,1 bilhões; e
  • Coca-cola: US$ 21,9 bilhões.

A falta de oportunidades de compra tem feito com que Buffett mexa com mais frequência na carteira da Berkshire: há não muito tempo, ele se desfez de toda a posição em companhias aéreas, dada a incerteza ainda elevada no setor por causa da Covid-19.

Berkshire Hathaway na bolsa

Sem grandes aquisições nos últimos anos, Buffett tem promovido recompras de ações da Berkshire Hathaway, de modo a gerar valor ao acionistas da companhia. Mas esse movimento tem um inconveniente: os papéis do conglomerado têm liquidez relativamente baixa em Wall Street.

Uma ação classe A (BRK-A) da empresa custa cerca de US$ 430 mil — um valor intencionalmente alto para atrair apenas os acionistas que pretendem ficar com os papéis por um prazo longo. Os ativos classe B (BRK-B) são mais acessíveis, na casa de US$ 280.

Ambas têm um desempenho forte: em um ano, as ações classe A sobem 17%, enquanto as do tipo B avançam 36%. E, mesmo que a ausência de grandes aquisições possa frustrar os investidores, também não há nada que indique qualquer tipo de pressão sobre a Berkshire.

Dito isso, há BDRs da Berkshire sendo negociados na B3, sob o código BERK34 — em um ano, os ganhos acumulados são de quase 50%. Ainda assim, repare que os ativos não estão nas máximas de 2021:

Berkshire Hathaway Warren Buffett BDRs
Os BDRs da Berkshire Hathaway (BERK34) fecharam o pregão da última sexta-feira (7) em alta de 2,33%, a R$ 74,95

Sendo assim, considerando o bom momento da Berkshire e seus lucros crescentes, os BDRs da empresa podem ser uma opção interessante — e representam a chance de ser sócio de Warren Buffett.

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