Os 5 BDRs que têm tudo para voar alto com o consumo cada vez mais forte na China
As vendas no varejo na China sobem forte desde o começo do ano. Veja algumas empresas com forte exposição ao mercado chinês e com BDRs na B3
Uma das teses de investimento mais discutidas no mercado é a da reabertura econômica: com a vacinação avançando, mais pessoas vão voltar aos shoppings e aos centros comerciais. O pulo do gato, então, é saber quais empresas vão se beneficiar mais. Varejistas de moda, lojas de departamento, companhias áreas... Há inúmeras possibilidades.
Aqui no Brasil, essa discussão ainda ocorre no campo futuro, já que a Covid-19 continua fora de controle no país. Mas, na China, a história é diferente: o gigante asiático está bastante à frente da curva e, por lá, o consumo já está se recuperando a pleno vapor.
Uma análise rápida dos dados de vendas no varejo na China desde o começo do ano revela taxas de crescimento de mais de dois dígitos em todos os meses de 2021.
O avanço foi particularmente forte no primeiro trimestre, mas vale lembrar que a base de comparação era fraca: o período de janeiro a março de 2020 foi o mais crítico da pandemia no país.

É verdade que os resultados vistos em abril e maio ficaram abaixo das expectativas do mercado, mas, ainda assim, taxas de crescimento de mais de 10% não são desprezíveis. E, é claro: as empresas que possuem maior exposição a esse mercado de consumo estão sorrindo de orelha a orelha.
Pensando nisso, fiz uma seleção de algumas companhias globais que estão bem estabelecidas no gigante asiático e que tem tudo para se beneficiar da explosão no consumo no país. E, melhor ainda: todas elas têm BDRs negociados na B3.
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Vamos à lista:
Nike

Você pode não saber, mas a Nike faz um sucesso enorme na China: cerca de 15% da receita vem do gigante asiático. E o fortalecimento das vendas no país foi o destaque do último balanço da empresa, divulgado na quinta-feira (24).
Ao todo, a receita líquida da Nike quase dobrou no trimestre encerrado em maio: US$ 12,3 bilhões, versus US$ 6,3 bilhões no mesmo período de 2020. Na China, o crescimento das vendas foi de 17%, chegando a US$ 1,9 bilhão — o restante da Ásia, a Oceania e a América Latina, somados, chegaram a US$ 1,5 bilhão.
Num período de 12 meses, as vendas da Nike na China chegaram a US$ 8,3 bilhões, alta de 24% — foi o melhor desempenho entre todas as regiões consideradas pela companhia.
O mercado reagiu de forma eufórica: as ações da Nike nos EUA (NKE) dispararam 15,5% na sexta-feira (25); os BDRs da empresa negociados na B3 (NIKE35) não ficaram para trás: subiram 15,9%.
Apple

Ok, a China impulsionou a Nike, mas as ações e BDRs já precificaram esse resultado. Então, vamos para outras empresas que também possuem forte exposição ao mercado chinês e que ainda não reportaram seus números — e a primeira na lista é a Apple.
Dentre as regiões geográficas consideradas pela empresa, a China é a terceira maior em vendas, perdendo apenas para os EUA e para a Europa. No primeiro trimestre desse ano, a Apple teve receita líquida de US$ 89,6 bilhões, dos quais US$ 17,7 bilhões vieram do gigante asiático — quase 20% do total.
Considerando que o consumo na China tem se recuperado num ritmo elevado, que a Apple lançou o iPhone 12 e toda uma nova linha de produtos e serviços em outubro de 2020 e que os resultados da Nike são uma prova do aquecimento do mercado chinês... Temos perspectivas animadoras pela frente.
Na sexta-feira, as ações da Apple na Nasdaq (AAPL) recuaram 0,22%, a US$ 133,11; os BDRs subiram 0,52%, a R$ 65,58. A companhia deve divulgar seu próximo balanço no dia 29 de julho.
Starbucks

Tradicionalmente, o chá sempre foi a bebida quente mais consumida pelos chineses. Mas tudo mudou com a chegada do Starbucks: pouco a pouco, o café foi sendo introduzido nos hábitos de consumo da população — e a rede, hoje, é líder absoluta entre as redes de cafeterias, com quase 5 mil lojas no país.
As vendas do Starbucks chegaram a US$ 6,7 bilhões no primeiro trimestre — US$ 4,7 bilhões nos EUA e US$ 1,6 bilhão no resto do mundo, com outros US$ 370 milhões em receita de outros serviços.
A China, sozinha, teve vendas de US$ 861 milhões — mais da metade de toda a receita do segmento internacional e 13% da receita total. E a empresa quer continuar crescendo no gigante asiático: pretende abrir mais 600 unidades no país neste ano e busca um aumento de 32% nas vendas mesmas lojas.
As ações do Starbucks (SBUX) subiram 0,94% na sexta, a US$ 113,04; os BDRs (SBUB34) avançaram 1,62%, a R$ 558,40 — o próximo balanço está previsto para o dia 27 de julho.
Alibaba

Essa é uma pedra fácil de cantar: Alibaba, o gigante chinês de e-commerce que bateu a toda poderosa Amazon no país, obviamente tem muito a ganhar com a recuperação do consumo por lá.
Nos últimos 12 meses, o Alibaba teve 811 milhões de consumidores ativos apenas na China. Dos US$ 28,6 bilhões de receita líquida registrados no primeiro trimestre, US$ 24,6 bilhões foram obtidos no país — cerca de 86% do total.
O Alibaba tem enfrentado problemas com as autoridades antimonopólio da China, que frequentemente aplicam multas e sanções à empresa. Ainda assim, o conglomerado criado por Jack Ma segue disparado na liderança do e-commerce do país.
As ações do Alibaba na Nasdaq (BABA) subiram 4,63% na sexta, a US$ 228,50; os BDRs da companhia (BABA34) avançaram 6,22%, a R$ 40,62 — o próximo balanço está previsto para o dia 19 de agosto.
Qualcomm

Para fechar, uma companhia com grande exposição à China, embora se aproveite de maneira secundária da explosão do consumo: a Qualcomm, fabricante de chips e semicondutores.
Grande parte dos componentes produzidos pela Qualcomm é exportada para a China, abastecendo muitas das fábricas de smartphones e produtos eletrônicos diversos. E o país é sede de empresas como a Xiaomi e tem unidades de montagem da Lenovo e OnePlus, entre outras.
O racional é semelhante ao da Apple: se a demanda por smartphones estiver aquecida, serão necessários mais chips e semicondutores — e a Qualcomm é uma fornecedora importante para as fábricas chinesas.
A Qualcomm fechou o primeiro trimestre com receita líquida de US$ 7,9 bilhões, alta de 52% em um ano. A empresa não revela quanto desse montante foi obtido com a China, mas disse que boa parte do crescimento se deve às exportações maiores para o país asiático.
As ações da Qualcomm (QCOM) recuaram 0,20% na sexta, a US$ 137,65; os BDRs (QCOM34) subiram 1,37%, a R$ 57,07.
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