Barata e com dividendos gordos, ações da Petrobras (PETR4) podem subir até 60% na bolsa, diz XP
Corretora retoma cobertura dos papéis da petroleira com recomendação de compra e destaca produção crescente e retorno com dividendos de impressionantes 23% em 2022
Em meio à onda global de ESG — sigla em inglês para definir empresas que consideram questões ambientais, sociais e de governança em seus negócios —, os papéis das petroleiras correm o risco de ficar fora de moda? Não agora, segundo a XP Investimentos, que retomou a cobertura da Petrobras (PETR3 e PETR4) com recomendação de compra.
A corretora calcula o preço-alvo das ações da empresa em R$ 45,30 em 12 meses, o que representa um potencial de alta de 47,65% para a PETR3 e de 59,79% para a PETR4. O cálculo considera o valor de negociação do momento desses papéis na B3, de R$ 30,68 e R$ 28,35, respectivamente.
“As razões para nossa visão positiva são: alta qualidade dos ativos do pré-sal, com produção crescente; valuation atrativo e dividendos robustos. Entretanto, vemos alto potencial para volatilidade nas ações em 2022, à medida que as eleições presidenciais se aproximam”, diz a XP.
Só com os dividendos, o retorno para os acionistas da Petrobras pode chegar à impressionante marca de 23%, nos cálculos dos analistas.
Petrobras: a mais barata do setor
Entre os pontos positivos que a XP enxerga para a Petrobras está o fato de as ações serem negociadas atualmente a 2,5 vezes a relação entre o EV (valor da firma, que equivale ao valor de mercado + dívidas - caixa) e o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) em um horizonte de um ano.
Para se ter uma ideia, a corretora faz uma comparação com as companhias russas de óleo e gás, cuja relação EV/Ebitda é de 3,4 vezes, e as principais empresas ocidentais do setor, com EV/Ebitda de 4,0 vezes.
Leia Também
Nem mesmo uma possível intervenção nos preços dos combustíveis acaba por completo com a atratividade das ações da Petrobras, segundo os analistas.
“Em um cenário mais estressado, que inclui 15% de desconto nos preços de paridade internacional para derivados de petróleo, chegamos a um preço justo de R$ 33,30 (PETR3/PETR4) e US$ 12,10 (PBR/PBR.A), mostrando que muito de um potencial cenário negativo já está embutido nos preços atuais”, diz a XP.
Dividendos e produção
O cenário base da corretora para a Petrobras é de continuidade das operações nos moldes dos últimos anos, o que abre caminho para dividendos de 2022 a 2026 totalizando cerca de 100% do valor de mercado.
“Para 2022, esperamos um yield de cerca de 23% versus 14,2% dos pares russos e 4,9% das majors ocidentais”, diz a XP.
Com relação à produção, a corretora projeta uma taxa de crescimento anual composta no Brasil entre 2021 e 2026 de 4,0%. A Petrobras, segundo a XP, possui diversas reservas a serem exploradas na próxima década em projetos de alto retorno e baixo risco de execução.
Atenção aos riscos
Mesmo recomendando a compra dos papéis da Petrobras, a XP enxerga riscos no caminho da petroleira e cita que a empresa pode ser usada novamente para subsidiar combustíveis em meio à disparada de preços da gasolina no Brasil e uma inflação galopante.
“Embora haja indícios de que a Petrobras não esteja seguindo estritamente a paridade internacional de preços dos combustíveis, a situação está longe do que aconteceu durante 2011-2014, quando pelo menos US$ 40 bilhões foram perdidos. Diversos projetos de lei de diferentes políticos colocam a Petrobras em risco novamente”, diz a XP.
O estouro do orçamento em investimentos também é algo que está sob alerta. “Antes de a operação Lava Jato revelar um enorme esquema de corrupção, a Petrobras sofreu perdas de dezenas de bilhões de dólares, principalmente devido a estouros de orçamento de projetos de investimento. Embora vejamos a empresa mais protegida do que no passado, esses riscos ainda existem”, diz a XP.
As eleições presidenciais do ano que vem são vistas pela corretora como um risco para a Petrobras. “A eleição presidencial de 2022 deve trazer muita volatilidade para as ações, juntamente com um alto grau de incerteza sobre como será a governança corporativa da Petrobras a partir de 2023”, afirma a XP.
Variações no petróleo e no dólar, que podem gerar volatilidade no preço das ações da Petrobras, além do risco operacional de acidentes, sendo um derramamento de óleo ou derivados um dos piores, também são citados como fatores de incerteza pela XP.
“À medida que a conscientização ESG cresce, as consequências para a companhia responsável, caso ocorra tal tragédia, serão cada vez mais graves”, diz.
ESG no caminho da Petrobras
Os ventos de mudança estão soprando sobre o universo das indústrias pesadas, e atender aos padrões ESG está rapidamente se tornando um mandato urgente para as empresas desse segmento, incluindo as do setor de óleo e gás.
A Petrobras está desenvolvendo sua estratégia ESG e acompanhando de perto essa agenda, o que a XP vê com bons olhos, ao mesmo tempo em que observa que vale a pena ficar de olho na exposição ao risco relacionado às emissões de carbono derivadas do pré-sal.
A corretora chama atenção ainda para a condição de estatal da Petrobras, aliada a uma estrutura acionária com mais de uma classe de ações.
“Isso pode potencialmente afetar os interesses dos acionistas minoritários, além de implicar na política como o principal risco para nossa tese”, diz a XP.
Ibovespa atinge marca histórica ao superar 158 mil pontos após ata do Copom e IPCA; dólar recua a R$ 5,26 na mínima
Em Wall Street, as bolsas andaram de lado com o S&P 500 e o Nasdaq pressionados pela queda das big techs que, na sessão anterior, registraram fortes ganhos
Ação da Isa Energia (ISAE4) está cara, e dividendos não saltam aos olhos, mas endividamento não preocupa, dizem analistas
Mercado reconhece os fundamentos sólidos da empresa, mas resiste em pagar caro por uma ação que entrega mais prudência do que empolgação; veja as projeções
Esfarelando na bolsa: por que a M.Dias Branco (MDIA3) cai mais de 10% depois do lucro 73% maior no 3T25?
O lucro de R$ 216 milhões entre julho e setembro não foi capaz de ofuscar outra linha do balanço, que é para onde os investidores estão olhando: a da rentabilidade
Não há mais saída para a Oi (OIBR3): em “estado falimentar irreversível”, ações desabam 35% na bolsa
Segundo a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a Oi está em “estado falimentar” e não possui mais condições de cumprir o plano de recuperação ou honrar compromissos com credores e fornecedores
Ibovespa bate mais um recorde: bolsa ultrapassa os 155 mil pontos com fim do shutdown dos EUA no radar; dólar cai a R$ 5,3073
O mercado local também deu uma mãozinha ao principal índice da B3, que ganhou fôlego com a temporada de balanços
Adeus ELET3 e ELET5: veja o que acontece com as ações da Axia Energia, antiga Eletrobras, na bolsa a partir de hoje
Troca de tickers nas bolsas de valores de São Paulo e Nova York coincide com mudança de nome e imagem, feita após 60 anos de empresa
A carteira de ações vencedora seja quem for o novo presidente do Brasil, segundo Felipe Miranda
O estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual diz quais papéis conseguem suportar bem os efeitos colaterais que toda votação provoca na bolsa
Ibovespa desafia a gravidade e tem a melhor performance desde o início do Plano Real. O que esperar agora?
Em Wall Street, as bolsas de Nova York seguiram voando às cegas com relação à divulgação de indicadores econômicos por conta do maior shutdown da história dos EUA, enquanto os valuations esticados de empresas ligadas à IA seguiram como fonte de atenção
Dólar em R$ 5,30 é uma realidade que veio para ficar? Os 3 motivos para a moeda americana não subir tão cedo
A tendência de corte de juros nos EUA não é o único fato que ajuda o dólar a perder força com relação ao real; o UBS WM diz o que pode acontecer com o câmbio na reta final de 2025
Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa e Minerva (BEEF3) fica na lanterna; confira o sobe e desce das ações
O principal índice da bolsa brasileira acumulou valorização de 3,02% nos últimos cinco pregões e encerrou a última sessão da semana no nível inédito dos 154 mil pontos
Maior queda do Ibovespa: por que as ações da Cogna (COGN3) desabaram mesmo depois de um “trimestre limpo”?
As ações passaram boa parte do dia na lanterna do Ibovespa depois do balanço do terceiro trimestre, mas analistas consideraram o resultado como positivo
Fred Trajano ‘banca’ decisão que desacelerou vendas: “Magalu nunca foi de crescer dando prejuízo, não tem quem nos salve se der errado”
A companhia divulgou os resultados do segundo trimestre ontem (6), com queda nas vendas puxada pela desaceleração intencional das vendas no marketplace; entenda a estratégia do CEO do Magazine Luiza
Fome no atacado: Fundo TRXF11 compra sete imóveis do Atacadão (CAFR31) por R$ 297 milhões e mantém apetite por crescimento
Com patrimônio de R$ 3,2 bilhões, o fundo imobiliário TRXF11 saltou de 56 para 74 imóveis em apenas dois meses, e agora abocanhou mais sete
A série mais longa em 28 anos: Ibovespa tem a 12ª alta seguida e o 9° recorde; dólar cai a R$ 5,3489
O principal índice da bolsa brasileira atingiu pela primeira vez nesta quinta-feira (6) o nível dos 154 mil pontos. Em mais uma máxima histórica, alcançou 154.352,25 pontos durante a manhã.
A bolsa nas eleições: as ações que devem subir com Lula 4 ou com a centro-direita na Presidência — e a carteira que ganha em qualquer cenário
Felipe Miranda, estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual, fala sobre como se posicionar para as eleições de 2026 e indica uma carteira de ações capaz de trazer bons resultados em qualquer cenário
As ações para ‘evitar ser estúpido’ da gestora cujo fundo rende 8 vezes mais que o Ibovespa
Atmos Capital tem 40% da carteira de R$ 14 bilhões alocada em concessionárias de serviços públicos; veja as ações da gestora
Nasdaq bate à porta do Brasil: o que a bolsa dos ‘todo-poderosos’ dos EUA quer com as empresas daqui?
Em evento em São Paulo, representantes da bolsa norte-americana vieram tentar convencer as empresas de que abrir capital lá não é um sonho tão distante
Ibovespa volta a fazer história: sobe 1,72% e supera a marca de 153 mil pontos antes do Copom; dólar cai a R$ 5,3614
Quase toda a carteira teórica avançou nesta quarta-feira (5), com os papéis de primeira linha como carro-chefe
Itaú (ITUB4) continua o “relógio suíço” da bolsa: lucro cresce, ROE segue firme e o mercado pergunta: é hora de comprar?
Lucro em alta, rentabilidade de 23% e gestão previsível mantêm o Itaú no topo dos grandes bancos. Veja o que dizem os analistas sobre o balanço do 3T25
Depois de salto de 50% no lucro líquido no 3T25, CFO da Pague Menos (PGMN3) fala como a rede de farmácias pode mais
O Seu Dinheiro conversou com o CFO da Pague Menos, Luiz Novais, sobre os resultados do terceiro trimestre de 2025 e o que a empresa enxerga para o futuro