Após parceria com 3G Capital, Grendene (GRND3) pisa no acelerador para expansão internacional
O mercado global de calçados movimenta US$ 365 bilhões ao ano; desse total, 40% estão nos quatro países nos quais a nova empresa vai focar a distribuição de produtos da Grendene
Tradicional indústria calçadista e dona de marcas como Melissa, Ipanema e Rider, a gaúcha Grendene (GRND3) está pronta para colocar o pé no acelerador em sua atuação internacional depois de anunciar, na semana passada, uma parceria com a 3G Radar. A gestora de recursos independente é ligada à 3G Capital, dos fundadores da Ambev - Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira.
Com sede no Reino Unido, a empresa Grendene Global Brands será responsável por distribuir produtos da calçadista em mercados como EUA, Canadá, China e Hong Kong.
A escolha desses países foi definida por uma estratégia trazida por profissionais com experiência na AB Inbev. Na presidência do negócio estará Gustavo Assumpção, que atuou 16 anos na multinacional cervejeira. A intenção da Grendene é avançar no mercado internacional no momento em que a indústria calçadista brasileira enfrenta dificuldades para voltar ao patamar pré-pandemia, além de ficar mais conhecida entre investidores estrangeiros.
De olho no mercado internacional
O mercado global de calçados movimenta US$ 365 bilhões ao ano. Desse total, 40% estão nos quatro países nos quais a nova empresa vai focar a distribuição de produtos da Grendene. "Já temos boa representatividade no mercado nacional, mas o internacional é 33 vezes maior", diz o diretor de relações com investidores da Grendene, Alceu Albuquerque.
"No interno, vamos incrementar a participação de mercado marginalmente, mas não haverá mudança significativa no comportamento do brasileiro."
O setor calçadista prevê crescimento médio de 12,2% no País em 2021 e de 2,6% em 2022. Para o próximo ano, a área de inteligência de mercado da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) estima que serão produzidos 879 milhões de pares, 22 milhões a mais do que a projeção para este ano.
Leia Também
Mesmo assim, a atividade ainda ficaria 6% abaixo dos níveis pré-pandemia, em 2019. Portanto, as exportações devem continuar a ser o motor do crescimento. Segundo as projeções, o volume de exportações no ano que vem deve crescer 5,1%, alta de 7% ante o resultado de 2019. Com esses números, o porcentual de exportação da produção nacional de calçados deve passar de 12% para 14%.
Caso a 3G Radar consiga ampliar as exportações da Grendene, atingindo metas, a gestora poderá ampliar sua fatia na calçadista para até 12%. Hoje, o fundo detém 6,97% da companhia. Esse aumento da parcela da 3G, porém, não vai diluir a fatia dos acionistas minoritários, já que deve sair diretamente da participação da família controladora.
Ao ganhar musculatura, a empresa pretende ser uma consolidadora do setor globalmente. "Será uma consequência natural de construirmos uma plataforma global de distribuição eficiente", diz Albuquerque.
As negociações para formação dessa parceria foram anunciadas em julho. As duas companhias aportarão até US$ 50 milhões na nova empresa, na proporção das respectivas participações, até 30 dias contados da data de assinatura do acordo de acionistas.
A Grendene Global será controlada e gerida pela 3G Radar, que deterá 50,1% do capital do negócio e indicará três membros do conselho administrativo. Já a Grendene deterá 49,9% e indicará dois membros.
Reação
Mesmo com a parceria, a XP manteve a recomendação neutra para os papéis da Grendene, com preço-alvo de R$ 10,70. "Enxergamos a notícia como marginalmente positiva na medida em que a parceria pode vir a promover otimização das operações internacionais da Grendene, tanto do ponto de vista de volume de vendas quanto de rentabilidade", afirmam os analistas Larissa Pérez e Rafael Barros.
Por que a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, aprovou um aumento de capital de R$ 30 bilhões? A resposta pode ser boa para o bolso dos acionistas
O objetivo do aumento de capital é manter o equilíbrio financeiro da empresa ao distribuir parte da reserva de lucros de quase R$ 40 bilhões
Magazine Luiza (MGLU3) aposta em megaloja multimarcas no lugar da Livraria Cultura para turbinar faturamento
Com cinco marcas sob o mesmo teto, a megaloja Galeria Magalu resgata a memória da Livraria Cultura, cria palco para conteúdo e promete ser a unidade mais lucrativa da varejista
Dividendos e bonificação em ações: o anúncio de mais de R$ 1 bilhão da Klabin (KLBN11)
A bonificação será de 1%, terá como data-base 17 de dezembro e não dará direito aos dividendos anunciados
Dividendos e recompra de ações: a saída bilionária da Lojas Renner (LREN3) para dar mais retorno aos acionistas
A varejista apresentou um plano de proventos até 2030, mas nesta segunda-feira (8) divulgou uma distribuição para os acionistas; confira os prazos
Vale (VALE3) é a ação preferida dos investidores de commodities. Por que a mineradora não é mais a principal escolha do UBS BB?
Enquanto o banco suíço prefere outro papel no setor de mineração, Itaú BBA e BB-BI reafirmam a recomendação de compra para a Vale; entenda os motivos de cada um
Cemig (CMIG4) ganha sinal verde da Justiça de Minas para a venda de usinas
A decisão de primeira instância havia travado inclusive o contrato decorrente do leilão realizado em 5 de dezembro de 2024
Nubank (NU/ROXO34) pode subir cerca de 20% em 2026, diz BB Investimentos: veja por que banco está mais otimista com a ação
“Em nossa visão o Nubank combina crescimento acelerado com rentabilidade robusta, algo raro no setor, com diversificação de receitas, expansão geográfica promissora e a capacidade de escalar com custos mínimos sustentando nossa visão positiva”, escreve o BB Investimentos.
“Selic em 15% não tem cabimento”, diz Luiza Trajano. Presidente e CEO do Magazine Luiza (MGLU3) criticam travas ao varejo com juros nas alturas
Em evento com jornalistas nesta segunda-feira (8), a empresária Luiza Trajano voltou a pressionar pela queda da Selic, enquanto o CEO Frederico Trajano revelou as perspectivas para os juros e para a economia em 2026
IRB (IRBR3) dispara na bolsa após JP Morgan indicar as ações como favoritas; confira
Os analistas da instituição também revisaram o preço-alvo para 2026, de R$ 54 para R$ 64 por ação, sugerindo potencial de alta de cerca de 33%
SpaceX, de Elon Musk, pode retomar posto de startup mais valiosa do mundo, avaliada em US$ 800 bilhões em nova rodada de investimentos, diz WSJ
A nova negociação, se concretizada, dobraria o valuation da empresa de Musk em poucos meses
Localiza (RENT3) propõe emitir ações preferenciais e aumento de capital
A Localiza, que tem uma frota de 600.000 carros, disse que as novas ações também seriam conversíveis em ações ordinárias
Fitch elevou rating da Equatorial Transmissão e de suas debêntures; veja o que baseou essa decisão
Sem grandes projetos à vista, a expectativa é de forte distribuição de dividendos, equivalente a 75% do lucro líquido regulatório a partir de 2026, afirma a Fitch.
Correios vetam vale-natal de R$ 2,5 mil a funcionários, enquanto aguardam decisão da Fazenda
A estatal negocia uma dívida de R$ 20 bilhões com bancos e irá fazer um programa de desligamento voluntário
Por que o Itaú BBA acredita que há surpresas negativas na compra da Warner pela Netflix (NTFLX34)
Aquisição bilionária amplia catálogo e fortalece marca, mas traz riscos com alavancagem, sinergias e aprovação regulatória, diz relatório
3tentos (TTEN3): veja por que Bank of America, XP e BBA compartilham otimismo com a ação, que já avança 30% em 2025
Vemos a 3tentos como uma história de crescimento sólida no setor agrícola, com um forte histórico, como demonstrado pela sua expansão no MT nos últimos 4 anos, diz Bank of America
Petrobras (PETR4) diz que é “possível” assumir operação na Braskem, prepara projeto de transição energética e retomará produção de fertilizantes
A presidente da estatal afirmou que não há nada fechado, mas que poderia “exercer mais sinergias” entre a atividade de uma petroquímica, Braskem, com a de uma petroleira, a Petrobras
ANS nega recurso da Hapvida (HAPV3), e empresa terá de reapresentar balanço à agência com ajustes de quase R$ 870 milhões
A empresa havia contabilizado o crédito fiscal relacionado ao programa, que prevê a negociação com desconto de dívidas das empresas de saúde suplementar com o Sistema Único de Saúde (SUS)
Super ricaços na mira: Lifetime acelera a disputa por clientes que têm mais de R$ 10 milhões para investir e querem tratamento especial, afirma CEO
O CEO Fernando Katsonis revelou como a gestora pretende conquistar clientes ‘ultra-high’ e o que está por trás da contratação de Christiano Ehlers para o Family Office
Game of Thrones, Friends, Harry Potter e mais: o que a Netflix vai levar em acordo bilionário com a Warner
Compra bilionária envolve HBO, DC, Cartoon Network e séries de peso; integração deve levar até 18 meses
A guerra entre Nubank e Febraban esquenta. Com juros e impostos no centro da briga, quais os argumentos de cada um?
Juros, inadimplência, tributação e independência regulatória dividem fintechs e grandes instituições financeiras. Veja o que dizem