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O homem que ajudou a eleger Bolsonaro diz que liberalismo de Paulo Guedes foi “desfigurado” pelo governo

Luciano Bivar, presidente do União Brasil, partido formado da união do DEM com PSL

Luciano Bivar, presidente do União Brasil, partido formado da união do DEM com PSL

O saldo de três anos de governo Bolsonaro para o avanço das reformas liberais, tão esperadas pelo mercado financeiro, é negativo. O que começou com um sonho do avanço do liberalismo no Brasil sob a liderança do ministro da Economia, Paulo Guedes, agora pode ser definido como um pesadelo populista.

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A avaliação é do deputado Luciano Bivar, presidente do União Brasil, criado a partir da fusão entre o Partido Social Liberal (PSL) e o Democratas (DEM). Ele foi um dos aliados de Bolsonaro nas eleições de 2018. O PSL foi a legenda pela qual o presidente concorreu e venceu a disputa.

“Na largada, a equipe econômica era muito boa. Assim como no primeiro governo Lula, não tinha qualquer senão contra os ministros. A estrutura do [Paulo] Guedes era muito boa, mas depois desfigurou”, afirmou Bivar, em entrevista ao RadioCash, podcast da Empiricus.

O deputado destacou os compromissos da agenda liberal que não foram adiante no governo. “O Guedes disse que ia privatizar um número de estatais e não teve. Salim Mattar saiu do governo frustrado, não conseguiu fazer nada disso.”  

Bivar contou no programa um pouco sobre as decepções com a condução do governo, além dos bastidores da entrada até a saída de Jair Bolsonaro do PSL. Mesmo com o abandono do presidente, o deputado afirma que não existem ressentimentos. 

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Ele lembra que, antes de entrar no partido, Bolsonaro teve acesso às diretrizes do partido, que pregava o liberalismo econômico, respeito às instituições e um estado laico. “Foi frustrante para gente que aquele documento não teve nenhum valor [para ele]”, afirmou o deputado durante o programa, apresentado por Felipe Miranda, CIO da Empiricus, Jojo Wachsmann, sócio e fundador da Vitreo.

Terceira via é viável

As eleições já começam a tomar conta do noticiário nacional. Qual será a posição do União Brasil em relação à chamada terceira via, uma alternativa aos atuais candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (sem partido)?

Bivar é certeiro na resposta: “pode ter certeza que teremos um nome para o ano que vem”. Para o deputado, mais de 55% dos eleitores ainda não se decidiram sobre o candidato de 2022, o que abre espaço para uma alternativa à “extrema esquerda e a direita fundamentalista”, segundo ele. 

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Partidos como PSDB e MDB também devem lançar candidaturas de terceira via no final de novembro. “Podem ficar otimistas”, garante Bivar. 

Ouça a seguir a íntegra do podcast RadioCash.

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